Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ex- "Barão do Pó" e hoje, produtor musical, João Estrella estará na VI Bienal de Campos


Juntamente com Guilherme Fiuza, estará em Campos na VI Bienal do Livro João Guilherme Estrella, ex-traficante, considerado o "barão do pó" no Rio de Janeiro e hoje, após a prisão e o fim da dependência das drogas e, obviamente, de seu sucesso com o filme "Meu nome não é Johnny", com Selton Melo fazendo seu papel, é produtor musical com seu primeiro CD, com músicas produzidas nos tempos do cárcere.  

O garoto que estudou nos melhores colégios da cidade, conheceu a cocaína aos 23 anos e se tornou o maior traficante de drogas da Zona Sul do Rio de Janeiro.


O carioca João Guilherme Estrella tem uma história como poucas. Entre 1989 e 1995, chegou a ser o principal distribuidor de drogas para a elite do Rio de Janeiro, credencial que lhe franqueou acesso às melhores festas da cidade e a transações milionárias.

No auge de sua carreira, recebeu 150 000 dólares em uma única partida de cocaína para a Europa. Em seguida, foi preso e condenado a dois anos de reclusão. Primeiro, na carceragem da Polícia Federal, espremido numa cela com integrantes da facção criminosa Comando Vermelho. Depois, num manicômio judiciário.

Aos 46 anos, está casado com uma advogada, pretende ter um filho, trabalha como produtor musical, prepara-se para lançar um CD e é o protagonista do livro que virou filme de sucesso "Meu Nome Não É Johnny (Ed. Record)", escrito pelo jornalista Guilherme Fiuza. O filme homônimo, com Selton Mello no papel principal, já foi visto por quase 1 milhão de pessoas.


Numa entrevista à Veja, ele conta sua história e este blog extraiu um trecho, que segue abaixo:
Veja – Como se sente com essa exposição toda que o senhor ganhou em decorrência do filme e do livro?


Estrella – Eu só recebo parabéns. Não contei a minha história para passar mensagens do tipo faça isso, não faça aquilo. Mas é muito bacana que as pessoas tenham entendido que isso é uma volta por cima. Eu me sinto como se estivesse encerrando um ciclo, com o disco que vou lançar agora. A principal coisa que o consumo de drogas fez comigo foi me dispersar, desviar-me dos objetivos principais da minha vida. A última lembrança que tenho de algo que eu queria muito na minha adolescência era ser músico. Por isso, esse disco é um ciclo que se fecha. Agora posso me considerar uma pessoa pronta para seguir adiante.

Um comentário:

Anônimo disse...

A sua falta de respeito ao tratar hoje, no programa de rádio do Paulo André, o João Estrela como "aquele bandido", "rei do pó", em tom jocoso e desrespeitoso, deveria lhe valer outro processo e outra cadeia. Você, cara, é um boçal que vive julgando todo mundo e não se olha no espelho. Sinceramente, é digno de todo o desprezo que dedico a qualquer inseto