Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sábado, 27 de novembro de 2010

Cúpula do crime teria escapado e deixado os "gerentes" para se entregarem e serem "anistiados" depois

O Portal R7 disputa com o G1 o noticiárfio sobre a guerra no Rio. Mas o G1 não publica determinados fatos que, para termos conhecimento deles, temos que recorrer aos jornais de São Paulo. O R7 fica no meio termo e ainda noticia alguma coisa que não seja apenas a favor do que deseja o governo do Rio. Na nota abaixo, algo que pode ser verdadeiro, porque, até o presente momento, ninguém que seja importante do mundo do crime foi preso. Vamos à nota:

Informações extraoficiais da polícia indicam que os integrantes da cúpula da facção criminosa que permaneciam no complexo do Alemão decidiram não se entregar e já teriam deixado a favela, que está cercada pela polícia em meio à operação contra a onda de violência no Rio de Janeiro.


Segundo as fontes, os grandes chefes deixaram os demais integrantes da facção à vontade para concordar ou não em se render. Alguns conseguiram sair já durante a noite de sexta-feira (26) ou na madrugada de hoje, e outros escaparam esta tarde disfarçados de lixeiros, carteiros e até entregadores.


De acordo com um agente, caso os bandidos resolvam se entregar, ganharão uma "anistia" na facção mesmo que percam o fuzil que carregam.


Alguns criminosos já se entregaram à polícia durante o cerco desta tarde. Pela manhã, o comandante-geral da PM, Mário Sérgio Duarte, pediu a rendição dos traficantes do Complexo do Alemão. Segundo ele, não há a menor chance de os criminosos enfrentarem a polícia, que conta ainda com o apoio do Exército e da Marinha.


O cerco ao complexo de favelas aconteceu após a fuga de centenas de criminosos da Vila Cruzeiro, ocupada pela PM com ajuda de forças da Marinha na quinta-feira (25), em meio à operação contra a onda de violência que atinge a cidade há uma semana. Ao menos 35 pessoas morreram nos últimos dias, quando a campanha de ataques dos criminosos espalhou medo entre a população, com queima de carros e ônibus no Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense e em Niterói.

Guerra no Rio leva PMs de Miracema e Pádua

Do site do Jornal Dois Estados, de Miracema (http://www.doisestados.com.br/) retirei a seguinte nota:

PMs da 3ª Cia de Miracema vão para capital na luta contra os traficantes
Com a onda de violência no Rio de Janeiro, vários policiais militares de diversos batalhões do interior, estão sendo deslocados para capital. Todos estão de plantão 24 horas. A 3ª Cia de Miracema, já enviou 20 PMs hoje (25). Já o 36º BPM de Santo Antônio de Pádua, mandou mais de 100 homens.

A notícia no site tem fotos dos soldados embarcando numa Kombi e num gol, com destino à guerra no Rio.

Professora quer em dobro auxílio alimentação

Uma professora da rede municipal enviou comentário acusando o atual governo municipal de prejudicá-la e a todos que têm duas matrículas e só receberem um auxílio alimentação, em vez de dois. Coisa de professores. O auxílio alimentação é para a pessoa e não para a matrícula. Claro que, para recebê-lo, a pessoa deve ser funcionária. Mas é apenas uma pessoa. Caso tivesse razão, ao ter um filho, deveria também, na sua opinião, receber em dobro o período de aleitamento.

Quando estou insatisfeito com o patrão, deixo o emprego. Assim agi por minha vida inteira e já estou chegando aos 60. Ou luto por melhorias, quando justificadas, participando do sindicato da categoria. Caso a direção do sindicato não abrace a causa, luto para mudar a direção do sindicato. O caso é que os professores acusam o sindicato da categoria mas não são, com raras exceções, sindicalizados. E os que são, não se articulam para mudar a situação. Preferem reclamar.

Sugiro a professora (e todos que pensam como ela) que faça concurso para o Estado. Ganhará mais e terá um vale alimentação em dobro, porque tem duas matrículas. Se achar que não é o suficiente (óbvio que estou ironizando), deixe o emprego e procure um melhor, que pague mais e, se possível, trabalhe menos. Pode ser jornalista, que ganha por cinco horas, trabalha dez e recebe R$ 700,00 mensais.

Denúncia anônima eu não publico

Tenho recebido denúncias de desvio de verba de um programa do Governo Federal em parceria com o Governo Estadual, em Campos. Mas as denúncias são anônimas, citando nomes de figuras bastante conhecidas. Não aceito denúncia anônima. Aliás, sou radicalmente contra. Então, não vou publicá-las.

Mas sugiro aos anônimos que procurem o Ministério Público. Denunciar à Secretaria do Estado não adianta. Mesmo que tenha exonerado alguém do suposto esquema, não vai adiantar nada. Creio mais no Mínistério Público que, pelo menos, vai arguir sobre o assunto e, se as respostas não forem convincentes, pode ser que haja abertura de processo para apurar os fatos, que são graves, caso se comprove a veracidade das denúncias. Aliás, esse mesmo pessoal (em parte) estava na administração Mocaiber.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Festa do Reencontro reúne milhares de pessoas no show de Cassiane


Cassiane cantou para um grande público
e seu marido, Jairinho, fez uma oração "ao povo de Deus".

A cantora gospel (protestante) Cassiane, uma das maiores vozes do Brasil, fez um grande evangelizashow nesta quinta-feira (25), na abertura da 21ª Festa do Reencontro, em Morro do Coco. Na oportunidade, Cassiane cantou sucessos dos quase 30 anos de carreira, que serão comemorados em 2011, e as músicas “De uma forma diferente” e “Primeiro Amor”, de seu CD mais recente “Viva”, lançado em julho deste ano e que é o 19º de sua gloriosa carreira.

 
Cassiane se mostrou feliz por estar em Campos mais uma vez. “Campos deve gostar muito de mim. A prefeitura sempre lembra de mim. Estive aqui no Dia dos Namorados. É uma benção todas as vezes que eu venho aqui. O público canta muito. É muito importante esse trabalho de evangelhismo que a prefeitura promove para atingir todo mundo. Que Deus abençoe a toda organização e a cada um que veio aqui hoje louvar o nome do Senhor”, falou Cassiane.

 
Além dos louvores que cantou, Cassiane, que também é pastora da Assembléia de Deus de Nova Iguaçu, fez muitas orações ao lado de seu marido Jairinho. “O único objetivo meu e da Cassiane de estar aqui hoje é de abençoar. Quando nós adentramos em uma cidade é para ser benção. Eu declaro a prosperidade dessa cidade, em nome de Deus”, disse Jairinho.

O prefeito Nelson Nahim, que deu todo apoio à festa, esteve presente, juntamente com sua esposa, Nélia, que recebeu uma linda homenagem, com vários secretários e assessores e, ao discursar, disse que tem um grande apreço pelo povo de Morro do Coco e por suas tradições culturais e religiosas.

 
A tradicional Festa do Reencontro de Morro do Coco, onde filhos da terra do ex-presidente Nilo Peçanha voltam para reencontrar parentes e amigos, prossegue no final de semana com vasta programação religiosa, cultural e esportiva.

 
Na sexta-feira, às 22h, os shows regionais da Banda Brilho do Forró e Gil Paixão e Banda animaram o público até de madrugada. Hoje, às 22h, show com a banda Impacto e, às 24h, se apresenta a banda “A Massa”. Amanhã haverá mais um show nacional com “Falamansa”, às 21h, seguido de show pirotécnico. Da programação consta, ainda, jogos de futebol, apresentação de bandas marciais e corridas de bicicleta.
(sobre matéria da SECOM/PMCG)

Convidada de honra do encontro, a ex-governadora Rosinha Garotinho compareceu a festa, abraçou o prefeito em exercício Nelson Nahim, com quem conversou um pouco e dirigiu algumas palavras ao público. Foi homenageada com um buquê de flores, juntamente com Cassiane.

Cassiane posou ao lado da prefeita e de sua filha mais nova, Clara. A cantora disse que admira muito o casal Garotinho e Rosinha e tem orado para que ela retorne à Prefeira, da qual saiu injustamente. Mas acredita na Justiça Divina e pediu Rosinha que continue acreditando em Deus e nas pessoas de boa fé e que, por ser justo, ela voltará ao cargo para o qual foi eleita.

 

                                     Cassiane, entre a assessora da SECOM, Seleana, e Rosinha

Clara, Cassiane e Rosinha

(Fotos: César Ferreira/secretaria de Cultura)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ferreira Gullar- O encantador de pessoas

Recebi o email abaixo da amiga jornalista Denise Ferreira e, por considerá-lo interessante, publico aqui:

"Ferreira Gullar falou. Eu ouvi. E ouvi uma voz firme e mansa. Voz da experiência, de magnitude estelar. Momento de deslumbramento perante aquele mito de homem, senhorzinho franzino, que entrou na Arena Cultural, acenando alegre, animado e gentil, mas também imponente, como um domador que já tivesse domado todos os touros e recebesse naquele momento seus merecidos louros, em forma de aplausos calorosos, que seu sorriso humilde, agradeceu.

Uma palestra absolutamente cheia de vida. Relato de amores, poesias, dores, alegrias, sonhos vividos ou intencionados. Bebemos todos, ávidos daquela fonte de sabedoria presencial.

_O maior poeta vivo do Brasil? Eu?. (um espanto medido?) Mas como alguém pode dimensionar isso? Pelos que já estão mortos?, questionou, provocando o riso da platéia e contando , a seguir, que em sua fuga do Brasil, durante a ditadura,por onde ia matava um presidente. Outra brincadeira do mestre das palavras. A platéia ri, contente, conectada ao poeta.

_Fui para o Chile matei Allende. Fui para a Argentina, matei Perón....Brincadeira! Vem daí a estória de pé frio, de matador de presidentes que ganhei! E tome risos, provocados por um homem de poesia grave, profunda. Um contraponto.

O assunto recorrente sobre política pede seus comentários. Fala sobre o comunismo, o regime que um dia defendeu como ideal. Sobre a situação do Brasil – leves pinceladas. Não deseja comprometer-se. Não mais! Ao citar Che Guevara, o reconhece como grande líder revolucionário, que “morria por nós, enquanto eu estava em um Festival de Música, ouvindo, deliciado, lindas canções, num momento aprazível. Que coisa prosaica e sem sentido!”, deduz.

A emoção aprofunda-se à medida em que os assuntos pessoais vem à baila.Tom sério mas desvendado por um Gullar, totalmente desnudo das máscaras sociais. Conta.

_Tenho dois filhos esquizofrênicos. Não tenho vergonha de dizer isso. É como qualquer outra doença, que tivesse dado no braço, na perna. Só que a deles é na cabeça. Não há vergonha nisso, explica com firmeza ímpar, para em seguida contar um fato que explica de onde vem tanta poesia, tanta beleza, tanto tema sobre a vida.

_Um dia, ao levar meu filho ao médico, de carro, ele de repente soltou essa: “Sinto vento no rosto. Sonho....”. Foi um momento especial. Ele me dizia, do fundo do seu ser, preso, envolvido em outro ponto, dentro de si, absorto, que aquele vento, que sentia, era um sonho de liberdade, de vida, ele estava ali mas não estava ali,revela. A frase que o emocionou foi enfeitar outra linda poesia.

A citação de amigos, escritores, músicos, artistas da tinta, de todos os matizes e artes percorreu toda a conversa, mediada pela professora Arlete Sendra, professora e escritora campista, acadêmica, com doutorados, que, perante o saber nada didático, nada pedagógico, nada formatado de Gullar, mas inquestionavelmente um saber avultado, um saber enorme e inquestionável de uma alma livre, rara, não conseguia esconder o estado de fã ardorosa. Extasiada, a cada leitura que fazia de pequenos trechos de poemas, lia-se escrito em sua testa: “Meu Deus! Estou lendo a poesia dele, para ele!” Estava transportada a uma menina contente.

Confesso a inveja! Frente a frente com aquela pessoa incrível, poder beber naquela fonte de mistérios, significados e significantes, poder ouvir respostas para minhas próprias perguntas, todas ali, enrustidas, com medo de ser verbalizadas, tímidas. Mas deixemos as digressões pra lá. Costumo me perder nos pensamentos. Vamos voltar ao que interessa. E o que interessava a todos, também a mim, naquela arena, lotada, era aquele homem. Aquele velhinho-vovô-sábio, também um pai falando a seus filhos, de lindos cabelos brancos esvoaçantes e que charme! A cada vez, que expulsava a longa franja do rosto!E ria um riso límpido, sentia vontade de rir junto. Quanta vida, quanta energia havia naquele ser de aparência frágil! Peter Pan...

Pisco e volto. Agora ele passeia pela vida pessoal. Outro momento de emoção do poeta. Chora. A voz embarga à lembrança de Clarice Lispector, uma amiga querida, amada. Declara o que eu já suspeitava e muitos outros também. Foi mais que amigo. Apaixonado pela belíssima mulher e controversa escritora, de vida pessoal também bastante marcante. E, ponto em comum, que desconhecia, eu e certamente grande parte do público, “também ela com um filho esquizofrênico, o que promovia intensa culpa e a torturava”. Amor e empatia entre eles.

Citado no início do encontro, um poema remetia à infância do poeta. Comentando sobre o tema ele disse:

_Somos o conjunto de onde nascemos, das pessoas da nossa família, amigos, conhecidos mais próximos, pessoas com as quais convivemos, nossa base, nosso núcleo. Nosso micro-cosmos. Existem milhões de pessoas lá fora mas elas não fazem parte disso.Minha família, meu pai quitandeiro, minha mãe, são a base do que sou.

Preferiu encerrar a conversa com as reminiscências do passado. Falou do pai, com carinho de filho dedicado. Mas o Maranhão era pequeno para Gullar. O mundo também. Depois tornou-se.

_À época em que nasci, a pequena cidade de São Luís, era bem diferente de hoje. Eu via os aviões subindo, descendo, chegando, indo e vindo e eu ali. Preso àquele lugar onde nada acontecia, nada chegava. Sonhava ir mais longe, resume o estado de espírito liberto que tinha.

E foi! Ferreira Gullar. José Ribamar Ferreira. Você já chegou ao céu, ao píncaro, à glória. Ao lugar mais alto que uma mega inteligência pode chegar!Mas o lindo é que isso não te deslumbra, nem te faz um chato! Isso te engrandece de forma quase lúdica e o seu riso é grato.

Ferreira Gullar que não é meu parente. (Eu que também carrego Ferreira, modestamente, no sobrenome). Mas que teria gostado de sonhar que fosse! Se houvesse uma ínfima possibilidade de com isso, ter um micro-centésimo de sua centelha poética e a vida cultural, para mim, inimaginável que vivenciou e vivencia hoje.

Saí da Arena Cultural, meio bêbada. Sorvi demais e muito rápido. Os pensamentos se chocavam e eu queria ter o dom da palavra para descrever o que foi aquele encontro.

Como a professora e as centenas de pessoas presentes, tivemos todos o privilégio enorme, nada usual, de ver e ouvir um Grande Mestre! Também nós, pessoas de uma cidade, em busca de amplidão cultural, desse body jumping para o escuro desejado, desse vôo para a literatura, esse mundo subliminar, intenso e vivo.

Um beijo, Mestre! Desejo que ele permaneça em sua face, até nosso próximo encontro!


Por Denise Ferreira
6ª Bienal do Livro de Campos

Campos dos Goytacazes,13 de novembro de 2010.

Rio de Janeiro/Brasil

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Clube da Leitura encerra atividades de 2010








 
A Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima fez encerrou nesta quarta-feira (24) as atividades do Projeto Clube de Leitura de 2010. Na oportunidade foram entregues os kits de livros para as crianças das escolas municipais Tarcísio Miranda e Rotary I, que participaram do projeto desenvolvido pelo departamento de Literatura durante todo o ano na Biblioteca Infantil do Palácio da cultura e na Casa de Cultura José Cândido de Carvalho, em Goitacazes, respectivamente.
 
Os alunos da E. M. Tarcísio Miranda receberam o livro “O Pequeno Príncipe” (1943), de Antoine de Saint-Exupéry, que foi trabalhado no clube. Os alunos da E. M. Rotary I receberam os livros “A visita do Ogro”, “O Professor Pirata” e “O vizinho Lobisomem”, da Coleção “Os gêmeos descolados”, do escritor infanto-juvenil Sérgio Klein, autor da série “As Poderosas”. Todo o material feito pelos alunos foi entregue durante a 6ª Bienal do Livro de Campos.
 
Segundo a coordenadora do Clube de Leitura, Márcia Terra, a expectativa é bem positiva para 2011: “Na próxima semana vamos escolher os livros que serão trabalhados nas escolas. O projeto é aberto ao público e à comunidade. Toda criança que quiser participar deve procurar o Departamento de Literatura no Palácio da Cultura acompanhado dos responsáveis. Quem estuda de manhã pode participar do clube à tarde e vice versa”, informou Márcia.

sábado, 20 de novembro de 2010

Os motivos dos acidentes nas estradas

O problema maior dos acidentes nas estradas, a despeito dos dados "comprovarem" que, em sua maioria, têm como causa a imprudência dos motoristas - a mídia prefere culpar o péssimo estado das rodovias, que não deixa de ser, em muitos casos, um motivo forte - é, sem dúvida, aquilo que não é colocado em discussão por motivo óbvio, qual seja, a proteção da indústria automobilística.

Venho, há anos - muitos e muitos anos - forçando o raciocínio das pessoas para um fato: a potência dos motores, que fazem os veículos desenvolverem velocidades muito acima do permitido por lei - entre 140 e 220 quilômetros por hora, em geral - quando o máximo permitido é 110 Km/h e, na maioria das vezes, 80 Km/h. E mais: a 80 quilômetros por hora, é possível, com facilidade, controlar o veículo, evitando colisões e, se estas ocorrerem, é possível reduzir os danos, pois é mais fácil freá-lo.

Todavia, a publicidade para a venda de veículos automotores abusa da capacidade dos motores, sua potência e velocidade. Ninguém discute o paradoxo: induzir alguém a adquirir um veículo porque este desenvolve alta velocidade quando as leis proibem trafegar acima de 80 Km/h na maioria das rodovias e, em casos especiais, 100 Km/h e 110 Km/h.

E, quando a mídia noticia os acidentes, culpam as condições das estradas e, até, as condições climáticas. Às vezes, a imprudência dos motoristas. Raramente - muito raramente, consideram a alta velocidade desenvolvida pelos condutores que sofreram ou causaram os acidentes.    

Dia de Zumbi dos Palmares ou da Consciência Negra

Os feriados, até 2003, eram apenas relacionados aos santos (brancos) do catolicismo, personalidades (brancas) da história brasileira e feitos históricos (dos brancos). Com a lei 10.639 de 9 de janeiro de 2003, o Congresso decide homenagear uma personalidade negra, Zumbi dos Palmares, estabelecendo o dia de sua morte como uma data a ser lembrada: 20 de novembro. Mas ficando no texto: Dia da Consciência Negra.

Em muitos estados o dia 20 de novembro é feriado. E Zumbi é lembrado, assim como a luta dos negros contra a escravidão e as lutas dos negros por uma maior participação na sociedade, o que vem ocorrendo gradativamente, embora ainda com uma lentidão e regras que geram polêmica. Todavia, o reconhecimento das lutas e da cultura dos negros para a formação da identidade do povo brasileiro é cada vez maior.

Campos, tendo sido um dos maiores e mais importantes centro escravista, com uma enorme população periférica que ainda sofre por conta disso, não poderia ficar de fora das comemorações relativas à data. E a cultura negra, como a capoeira e o samba devem ser apresentados hoje em alguns lugares. Espero que a escola tenha cumprido seu papel e, neste mês, tenha trabalhado a história e a cultura negra com as crianças e jovens.

Para registro: Zumbi era escravo, foi entregue aos sete anos à igreja, serviu a um padre, recebeu o nome de Francisco e chegou a ser coroinha. Aos 14/15 anos, fugiu e foi para o Quilombo dos Palmares, tornando-se, em pouco tempo, um grande guerreiro e líder da comunidade. Resistiu a diversos ataques de soldados até 1694, quando o quilombo foi bombardeado e destruído. Ele fugiu, foi traído por um amigo e entregue aos escravocratas. Julgado e condenado, foi decapitado em 20 de novembro de 1695.   

Adeus, Alvinho!

Quando Chico de Aguiar ligou dando a notícia, pensei: deve estar se referindo a alguém que ele acha que eu conheço. Mas não. Era sobre a morte de Alvinho, nosso amigo comum e excelente intérprete e conhecedor da boa música popular brasileira. Cantava pelo prazer de cantar, sempre valorizando o compositor, em geral desconhecido do grande público.

Alvinho morreu na madrugada de ontem e foi velado e sepultado no Campo da Paz. Sua última apresentação, com o conjunto Carinhoso, foi no palco do Trianon, na abertura do evento de premiação aos servidores que se destacaram em cada secretaria da Prefeitura de Campos.

Não pude ir ao seu velório nem ao sepultamento. Eu e alguns amigos enviamos uma coroa de flores e sequer tive tempo de divulgar neste blog o seu falecimento. Amigos há mais de 30 anos, deixo aqui este registro: perdemos um bom homem, um amante da música brasileira e um cultivador de amizades sinceras.   

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Aumenta que isso é Rock and Roll

Maria Fernanda solta a voz cantando Rock no projeto da FCJOL
coordenado por Dedé Muylaert, desta feita reverenciando as mulheres que cantam e compõem
o melhor do Rock nacional: e, mesmo com chuva, o público lotou a arena do Palácio da Cultura
e também aplaudiu e pediu bis,  com direito a "canja" de Marcinho com Titãs e Renato Russo

No palco, após a tempestade, dando um banho musical: Maria Fernanda (voz), Marcinho (voz na "canja"), Marcelo Silva (baixo), Marcelo Fortunato (violão e voz), Gilberto Marinho (bateria) e Serginho Trindade (guitarra).   
Maria Fernanda e Dedé Muylaert após o belo espetáculo

Que mulher é essa?

Que mulher é essa que aceitou ser candidata à Prefeitura de Campos, após ser governadora do Estado, eleita no primeiro turno, embora na oposição, sacrificando-se com tal gesto, por amor à população do município?

Que mulher é essa que fez uma campanha limpa, visitando as pessoas em suas casas nos bairros e distritos, assumindo compromissos que tornaram-se públicos via seu programa de governo e que começaram a ser colocados em prática tão logo assumiu o cargo para o qual foi eleita?

Que mulher é essa que venceu a eleição no primeiro e segundo turnos e, na noite da posse, foi visitar uma comunidade que estava alagada e dividiu com as famílias o desespero delas?

Que mulher é essa que acabou com a corrupção na administração pública e investiu maciçamente o dinheiro dos royalties em obras importantes para o município?

Que mulher é essa que suportou uma oposição ferrenha na Câmara mas não negociou na base do toma-lá-dá-cá, costume dos governos Arnaldo/Mocaiber?

Que mulher é essa que atendeu uma reivindicação antiga dos professores, aprovando o Plano de Cargos e Salários da categoria, a despeito da oposição ferrenha das suas lideranças?

Que mulher é essa que respeitou as leis e a Constituição e teve a coragem de dizer que não poderia comprometer o dinheiro dos royalties com despesas permanentes?

Que mulher é essa que ganhou o respeito e a admiração da sociedade pela seriedade com a qual conduzia a Coisa Pública?

Que mulher é essa que foi afastada do cargo sem nenhuma acusação de improbidade, gerando a repulsa da população à Justiça Eleitoral do Estado;

Que mulher é essa que, mesmo tendo a filha candidata a uma vaga na Alerj, fez campanha aberta para outros candidatos, por considerar que o município deveria ter representantes na Assembléia e a filha, embora de Campos, tem base eleitoral na capital?

Na verdade, existe uma série de indagações a serem feitas a respeito de Que mulher é essa, que não caberiam nesta breve postagem. Então, encerro perguntando:

Que mulher é essa que cumpriu a determinação da Justiça e demitiu muitos apadrinhados de Arnaldo/Mocaiber das empresas Facility e José Pelúcio, que, inclusive, serviram para atender os cabos eleitorais dos dois, empregando até mesmo Arthur de Carvalho Aldred Pinto, filho de um dos dirigentes do partido da boquinha, segundo denúncia do vereador Albertinho.

Afinal, que mulher é essa que a maioria da população de Campos quer vê-la novamente no cargo para o qual foi eleita e, injustamente, afastada?

 

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Antonio Roberto e Joel Melo contemplados com o prêmio Alberto Lamego

(Foto: César Ferreira/secretaria de Cultura)

O Conselho Municipal de Cultural aprovou ontem, em reunião no Palácio da Cultura, os nomes de Antônio Roberto Fernandes e Joel Melo para receberem o Prêmio Alberto Lamego 2010. A entrega será no dia 13 de dezembro, em solenidade no Palácio da Cultura.

Embora decidindo que o prêmio será dado a apenas uma personalidade, os membros do Conselho resolveram conceder o Alberto Lamego ao poeta Antonio Roberto, falecido há dois anos. Foram indicados vários outros nomes,  engre os quais os de Werverton Paes da Cunha, Artur Gomes, Gastão Machado, Winston Churchill Rangel.

Por sugestão minha, o Conselho de Cultura vai discutir a criação de um prêmio para as correntes estéticas: música, literatura, teatro, dança e cinema. o Alberto Lamego será dado a uma personalidade que tenha contribuído para a cultura do município, não necessariamente um artista. Aliás, como vem sendo feito desde sua criação.

Por sugestão do prtesidente do Conselho, o secretário Orávio de Campos, deverá ser colocado em votação a confecção de um memorial para registrar um naipe de pessoas que contribuíram para a nossa cultura e que não são mais lembrados pelas novas gerações, como Múcio da Paixão, Joaquim D'athayde, o próprio Gastão Machado, Adão Pereira Nunes, entre muitos outros.

Mineiro de "Belzonte" foi a grande surpresa do FestCampos

O FestCampos de Poesia Falada, que este ano ocorreu na Bienal do Livro, passou despercebido para muita gente. A surpresa ficou por conta de um poeta de Minas Gerais que, embora não tenha ganho o primeiro lugar, levou a maioria dos prêmios que, no total, somou R$ 11 mil.

Movimento de Espelhos, de Sérgio Bernardo, de Nova Friburgo, ficou com o primeiro lugar.
Os poemas "Obra de fé sem luto", "Receita paara o teu último jantar" e "Veleiro", de Éder Rodrigues, de Belo Horizonte, ganharam, respectivamente, o segundo, o terceiro e o quarto lugar. O quinto lugar ficou com "O Poema", de Márcia Maia, de Recife.

O mineiro Éder Rodrigues também ganhou o prêmio de melhor intérprete, com "Receita para o teu último jantar". O segundo melhor intérprete foi dado a Sidney Navarro, de Campos, com o poema "Infância" e o prêmio de terceiro melhor intérprete ficou com Joilson Bessa da Silva, também de Campos, com Desculpas pra boi dormir.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

César Ferreira e alguns flagrantes da VI Bienal do Livro

Flagrantes da VI Bienal do Livro - por César Ferreira

O jornalista e letrista Aloysio Balbi com o músico e letrista Mauro Santa Cecília
Avelino entre os acadêmicos da Pedralva
Avelino, André Trigueiro e Suzana Vargas num bate papo sobre as lutas de Soffiati
Zeca Baleiro e Carlos Freitas
Euzi Peixoto, com a neta, posa ao lado da astronauta iraniana Anousheh Ansari
Nana Rangel e Gabriel, o Pensador
Gabriel mostra seus livros a Avelino
Fernando Luiz autografa seu livro para Avelino
e os dois trocam afagos (de amigos)
Laura Müller posa com nossos jornalistas Seleana, Ana Luiza e Telmo, seus admiradores
Lena faz um afago em Ferreira Gullar, ao lado de Arlete Sendra
Elisa Lucinda posa ao lado de Suzana Vargas, Avelino e Maurício Xexéo
Zeca Baleiro autografa seu CD para o engenheiro Marcelo Fernandes
Zeca Baleiro recebe de Márcio Aquino seu livro Chiclete & Prazer
Garotinho, Rosinha e Patrícia na noite de autógrafos da ex-governadora
Nelson Nahim posa ao lado de Weiner e sua filha
Nelson Nahim e Arlete Sendra num abraço amigo
Weiner e duas lindas assessoras
Reubes Pess se rende ao charme e graça de Laura Müller
André Trigueiro e o colega jornalista Rodrigo Florêncio
Ruy Castro e Geraldo Gamboa
Humberto Rangel e Ruy Castro
Nelson Nahim  e a jornalista Alessandra Ribeiro
Ruy Castro recebe livro de Péris Ribeiro
Wesley Machado recebe autógrafo de Ruy Castro
Avelino fala da honra de Campos receber e homenagear Ferreira Gullar, observado por Suzava Vargas
Alegria contagiante da poeta Suzana Vargas e do compositor e cantor Zeca Baleiro
Zuenir Ventura e sua fã Joilza Rangel
Avelino e Luis Fernando Veríssimo
Xexéo para Luis Fernando Veríssimo: "esseé o cara!"
Luis Fernando Veríssimo posa ao lado da colega jornalista Luciana
Moacyr Scliar e a professora Alciene Ferreira
Avelino e o vereador e amigo Edson Batista