Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.
terça-feira, 26 de julho de 2016
segunda-feira, 11 de julho de 2016
A Idade Média em debate na UFF
A Idade Média no Cinema
Curso de Extensão – NEHMAAT
Professor: Eduardo Daflon
Datas: 8, 15, 22, 29 de
julho de 2016.
Horário: 14:00 às
18:00
Local: sala C 202 do Instituto de Ciências da
Sociedade e Desenvolvimento Regional da Universidade Federal Fluminense – Rua
José do Patrocínio, 71 – Centro – Campos dos Goytacazes – RJ.
Contato para
Inscrição: Waltair – secretaria de curso de História, a
partir das 15h.
Certificado digital
– 16h – 50 vagas
Resumo
da Proposta:
O período medieval
tem sido crescentemente representado em obras cinematográficas, que o mostram a
partir de perspectivas bastante diversas. O objetivo central do curso é debater
as relações entre o discurso fílmico e o discurso historiográfico, mostrando-os
como duas maneiras diversas de tentativa da apreensão da realidade histórica. A
visão contemporânea sobre o passado imprime a este sua marca, independentemente
do meio pelo qual esta se expressa. Assim, a exibição de películas será
articulada à leitura da historiografia relativa aos temas abordados. Buscaremos
também tratar das possibilidades de utilização de filmes como instrumento
didático.
Objetivos:
- Discutir as
relações entre discurso fílmico e discurso historiográfico;
- Refletir a
respeito das funções da História como discurso científico;
- Debater as formas
de apropriação da Idade Média pela cultura contemporânea;
- Pensar o cinema
como um instrumento didático;
Metodologia e
Avaliação:
A metodologia
aplicada constará de aulas expositivas-dialogadas, exibição de filmes, leitura
e discussão de textos relativos aos temas principais dos filmes escolhidos, bem
como de textos de caráter teórico-metodológico sobre a apropriação do período
medieval pelo cinema e sobre a utilização de filmes para o ensino de História. A
avaliação dos discentes será realizada com base na frequência (de, no mínimo,
75%).
Conteúdo
Programático:
Módulo 1: Cruzada
(2005)
Módulo 2: O Nome da
Rosa (1986)
Módulo 3: Em Busca
do Cálice Sagrado (1975)
Módulo 4: O Sétimo
Selo (1957)
Referências Bibliográficas
BASCHET, Jérôme. A Civilização
Feudal. Do Ano Mil à Colonização da América. São Paulo: Globo, 2006.
FRANCO JR., Hilário. Idade Média:
Nascimento do Ocidente. São Paulo: Ática, 2002.
LE GOFF, Jacques;
SCHMITT, Jean-Claude. (orgs.) Dicionário
Temático do Ocidente Medieval. Bauru - São Paulo: EDUSC - Imprensa
Oficial do Estado, 2002.
MACEDO, José
Rivair; MONGELLI, Lênia Márcia. A Idade Média no Cinema. São Paulo: Ateliê Editorial,
2009.
SILVA, Andréia
Frazão da; SILVA, Leila Rodrigues da. Catálogo de Filmes: a Idade Média no discurso
fílmico. Rio de Janeiro: PEM, 2013.
domingo, 10 de julho de 2016
O Brasil compromete seu futuro
O senador Cristóvam Buarque
publicou artigo no qual faz uma analogia entre a saída do Reino Unido da União
Europeia e a falta de investimento na educação no Brasil. Para ele, a
Inglaterra prefere o passado, assim como o Brasil, que gasta mais da metade de
seu PIB com o passado (pagamento de juros da dívida, isenções fiscais para
empresas, previdência etc.) do que com o futuro que, para ele, seria na
educação.
Com efeito, a maioria que
preferiu a saída da Inglaterra da União Europeia é constituída de idosos,
enquanto a grande maioria da juventude preferiu a continuação no plebiscito
realizado há pouco. E, no Brasil, desde sempre, preferimos gastar nosso
dinheiro no passado. Somos um país emergente que não fizemos as reformas de
base em 1964, evitando o desenvolvimento e a participação de todos na riqueza
gerada (PIB). Na mesma época a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
disse não às reformas e desintegrou-se. Preferiu o passado.
Ao fim da ditadura militar no
Brasil, Brizola e Darcy Ribeiro reiniciaram a campanha pelas reformas de base,
sendo a primeira delas a Educação. Deram exemplos, mostrando que não só era
possível, como por demais necessário, a escola boa e de dia inteiro. Foram
criticados veementemente por todos, inclusive pelo Partido dos Trabalhadores e,
pasmem, pelo professorado.
Nosso PIB cresceu, mas a
mentalidade das nossas lideranças continuaram a mesma, retrógrada, voltada
sempre ao passado. Muitas querem, mesmo hoje, mais violência, mais mortes, um
retorno aos tempos da ditadura militar e a ampliação do abismo entre ricos e
pobres.
Há muitos anos defendo a
federalização da Educação. Não há que se responsabilizar estados e municípios
pela educação. A maioria dos municípios mantém-se devido ao Fundo de Participação
dos Municípios, pois não arrecadam sequer para manter a estrutura administrativa,
quando mais para investir em educação e pagar o professorado.
Há pouco tempo, Cristóvam Buarque
apresentou projeto de lei propondo a federalização da Educação. Sequer é
apreciado. O nosso professorado, mal formado e constituído de ingênuos
politicamente, nem sabe o que é isso. Está preso ao passado.
E é o senador que nos informa
aquilo que já sabemos e não nos cansamos de denunciar, embora não sejamos
ouvidos: em 2015, pagamos R$ 502 bilhões de juros por dívidas financeiras
contraídas no passado e investimos apenas R$ 68,5 bilhões na construção de
infraestrutura econômica no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC). Gastamos mais com o passado do que com o futuro. E, no futuro, ou seja,
na Educação, pouco mais da metade do que pagamos de juros da dívida.
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