Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sábado, 25 de junho de 2011

Visita ao sítio arqueológico em Santo Eduardo

Suledil e Adriano na estrada da Vila dos Pescadores, quando de nossa visita ao sítio arqueológico da vila fundada na foz do Itabapoana por Gil de Góis na, então, Capitania de São Thomé
Asfalto novo em Vila Nova
 Quadra coberta em Vila Nova

 Suledil visita a casa de Genilson, descendente de José Casinha e Rildo (de camisa azul, quarto descendente do patriarca).
 Suledil colhendo laranjas do pomar de Genilson, na foto, com seu sobrinho, Álefe, da quinta geração de José Casinha.

 Suledil visitando o cemitério da fazenda de José Casinha, antes de ser dividida e o local ficar abandonado.
Suledil, entre Adriano Santana e Leo Werneck

Aproveitando o feriado, eu e Suledil visitamos algumas localidades na região norte do município. Passamos por Vila Nova e registramos as obras que a Prefeitura está realizando no distrito: quadra coberta, asfalto em várias ruas, entre outras melhorias. Conversamos com diversas pessoas e seguimos para Santo Eduardo. Encontramo-nos com o líder comunitário Adriano Santana, que desejava nos mostrar a hidrelétrica recém construída no rio Itabapoana. Passamos pelo Espírito Santo, município de Mimoso do Sul.

Mas era feriado e não havia ninguém que pudesse nos mostrar a usina. Fotografei as comportas, a casa das máquinas e o lago que se formou com a represa. Seguimos até a Vila dos Pescadores, do lado do Espírito Santo. Em frente à Vila, na parte de Campos, situa-se o sítio arqueológico que, em breve, receberá um Museu a céu aberto. Mas as arqueólogas que stiveram no local, Dulce Gaspar e Thereza Baumann, acreditam que ali situava-se a Vila da Rainha, construída por Pero de Goís entre os anos 1538/1544. Todavia, nossos estudos revelam que ali situou-se a segunda vila, construída pelo herdeiro de Pero, seu filho, Gil de Góis e que a denominou Santa Catarina das Mós. Para nossos historiadores, a Vila da Rainha foi implantada na foz do Itabapoana (ex-Managé) em terras que pertencem ao hoje munícípio de São Francisco do Itabapoana.

Ficamos de retornar ao local. Conversamos com moradores da Vila dos Pescadores e retornamos. Emn Santo Eduardo, contactamos o blogueiro Leo Werneck, que tem informações sobre o sítio arqueológico e é um interessado no desenvolvimento de Santo Eduardo e na preservação da cultura regional. Depois, passamos por Santa Maria e decidimos visitar a "Serra dos Casinhos" que, na verdade, era uma fazenda de plantio e produção de café de um nordestino migrante chamado José Casinha. Hoje o local chama-se Califórnia, depois de se chamar Sossego. Mas todos conhecem como "Serra dos Casinhos". 

Passamos por alambiques, casarões do final do século XIX bem conservados, lembrando a era de ouro do café, por serras cujo clima lembra o Imbé e uma bela paisagem, a despeito de estarmos em época de seca, e chegamos ao Sossego. Visitamos o cemitério, que era da fazenda de José Casinha, mas, após a divisão da fazenda entre os muitos herdeiros, vários corpos de pessoas que não eram parentes do patriarca foram sepultados ali. Visitamos a residência de um dos descendentes de José Casinha, o Genilson Casinha Oliveira, que, muito hospitaleiro, recebeu-nos e contou parte da história de sua família, com mais de 200 membros, hoje. 

No pomar da casa, colhemos laranjas, chupamos algumas e nos despedimos. Nas histórias que contou, Genilson narrou a luta, liderada por ele, contra a empresa que abriu estradas e explodiu pedreiras para passar a tubulação do mineroduto, que levará o ferro de Minas Gerais até o Porto do Açu, quando este estiver em atividade. A empresa, segundo ele, acabou com as estradas, ao ponto das crianças ficarem impedidas de frequentarem a escola por mais de mês. As máquinas, ao alargar a estrada para a passagem dos caminhões e carretas, retiraram o saibro, que permite o tráfego de motos, carros pequenos e ônibus. Só após duas paralizações é que a empreiteira resolveu a situação, colocando pedras e saibro na estrada, agora larga e bem sinalizada.

Foi um feriado de trabalho administrativo, político e (por que não ?) de lazer.        

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Artigo em forma de homenagem ao Brizola

Exiba 210620110...jpg na apresentação de slides
Brizola falando ao vivo para a Rádio Cidade, numa entrevista feita com Garotinho no Palácio Guanabara em junho de 1983. Como membro do Partido e companheiro, levei Garotinho (Walace Oliveira foi junto) para falar com o Brizola, que foi muito receptivo. Foi a primeira vez que Garotinho entrava no Palácio Guanabara e o primeiro encontro com o Brizola. Ninguém imaginava, então,  que Garotinho retornaria ao Palácio Guanabara como governador, em 1999. Na foto oficial (da esquerda para a direita) eu, Brizola, Garotinho e Walace

Abaixo, reproduzo um artigo que publiquei há cinco anos,

Dois anos sem Brizola


A gente não pensa na morte com naturalidade. Por isso, mesmo quando uma pessoa está com idade avançada, não a imaginamos morta. Quando ele morreu, me surpreendi com minha própria reação. Eu, que não sou dado a sentimentalismos, fiquei parado, olhando sem ver, pensando que existem pessoas que não deveriam morrer. E sem sentir, me peguei derramando lágrimas. Foi assim com tantas figuras que arriscaram a vida na defesa do povo brasileiro. Adão Pereira Nunes, Luis Carlos Prestes, Ivan Senra Pessanha, João de Souza, Irineu Marins, coincidentemente, todos ligados ao socialismo, vinculados ao PDT de Leonel Brizola e com os quais convivi.

Naquele momento, chorei pela morte de um dos maiores e mais importantes brasileiros. Sua morte me fez refletir sobre as três últimas décadas, quando uns poucos lutavam contra a ditadura, que havia calado os que estavam contra ela, com torturas e assassinatos. Entre esses poucos lá estava eu, ainda acreditando numa revolução cada vez mais distante. Pelo menos, pensava, a democracia seria uma realidade.

Brizola estava no Uruguai, mas temendo sua influência no Brasil, os nossos militares, que já haviam pedido ao Governo Uruguaio que não permitisse que Brizola ficasse próximo à fronteira (no que foram atendidos), solicitaram que ele fosse expulso. Novamente o Uruguai atendeu. Porém, por ironia, o presidente da América do Norte, Jimmy Carter, que tanto falava em direitos humanos, ofereceu asilo político ao Brizola, considerado pelos americanos um inimigo perigoso desde quando, ao governar o Rio Grande do Sul, encampou as empresas Bond and Share e a ITT.

Leonel Brizola foi morar em Nova Iorque em 1977. Em 1978, já considerado como o principal líder político latino americano pela Social Democracia européia, promove o encontro dos trabalhistas e socialistas que estavam no exílio, na cidade de Lisboa, Portugal. Estávamos num processo de “abertura lenta e gradual” e Leonel Brizola preparava seu retorno ao Brasil, em grande estilo. A esse encontro estiveram vários brasileiros que ainda viviam aqui, entre os quais o deputado federal campista José Maurício Linhares. Ao final, foi elaborada e editada a Carta da Lisboa, na qual constavam os principais ítens de uma agenda que previa o retorno, a união em torno de uma legenda e a retomada da luta, pela via democrática, contra a ditadura. Mesmo antes da anistia política, em 1979, Brizola volta ao Brasil, iniciando sua peregrinação ao país por São Borja, onde estão os túmulos de Getúlio Vargas e João Goulart.

Multidões iam ao seu encontro, pois ele representava a ligação com o passado. Era o elo que faltava para que o Brasil retomasse a sua história. Ao chegar ao Rio de Janeiro (de onde saiu para o exílio como deputado federal mais votado na história do país, depois de ter sido deputado estadual e governador do Rio Grande do Sul, quando resistiu ao golpe e permitiu, com a Cadeia da Legalidade, a posse de João Goulart) uma multidão o aguardava no aeroporto. De Campos, lá estavam eu e o então vereador Hélio Coelho. Helinho voltou e eu fiquei. Na saída do aeroporto, um incidente. O carro que conduzia Brizola teve os pneus furados, derrapou e quase capota. Outros carros tiveram os pneus furados. Fomos verificar e vimos vários artefatos no asfalto, daqueles usados em guerra, do Exército, colocados para furar pneus de caminhões. Getúlio Dias, deputado federal pelo Rio Grande do Sul, pegou vários e a imprensa internacional registrou o atentado contra o líder trabalhista.

Ao percorrer, de carro, vários bairros do Rio, notadamente da Zona Oeste, sempre seguido de cinco ou seis outros com os “companheiros de primeira hora” (nem tanto, porque lá estava eu, que só soube de sua existência em 1972 e só o conheci quando retornou ao país). Triste com a quantidade de favelas ao lado de edifícios luxuosos, Brizola fez questão de andar pelas ruas dos bairros, conversar com as pessoas. Visitamos grande parte dos bairros das Zonas Norte e Oeste. No salão nobre do hotel onde estava hospedado, promoveu reuniões quase que diárias. Queria ouvir (e ouviu) os relatos das lideranças de todo o país. Teve um dia que a reunião durou 14 horas e Brizola fumou seis ou sete maços de cigarros. Cerca de três semanas depois, pediu que todos nós retornássemos às nossas cidades de origem e fundássemos o PTB.

Brizola me chamava de garruchão. Em 1973, em Ipanema, o médico e deputado federal cassado Adão Pereira Nunes me apelidou de garruchão - fino, comprido, cabeludo e barbudo. Nunca percebi que o Brizola desse intimidade a alguém. Olhava nos olhos das pessoas, apertava a mão com força e sempre com um sorriso. Era respeitado, mesmo pelos mais velhos, como se fosse um profeta. Na verdade, era um líder político que gozava de respeito e prestígio no Brasil e na Europa. Mas era apenas uma meia dúzia de três ou quatro que gozava de sua intimidade (mas não em público).

De retorno a Campos, tratei de ajudar Zé Maurício, deputado federal, a fundar o PTB. Mas a sigla lhe foi tirada numa manobra do general Golbery, que cedeu o PTB para Ivete Vargas. E, para dividir as forças de esquerda (trabalhistas e socialistas) Golbery atua nos bastidores para a fundação de um Partido com raízes sindicais. Nasce o PT. Brizola chora e, em frente às câmeras de TV, rasga uma bandeira do PTB. Num encontro de vários dias em Brasília, cria o PDT. Porém, era uma sigla nova e não conseguiu ser criada na maioria dos estados e municípios. Em Campos, sentimos a dificuldade. Os que desejavam a democracia e que resistiam ao regime dividiram-se em petebistas, petistas e pedetistas.

Em 1982 Brizola ganha a eleição no Estado. Eleição que tentaram tirar dele com a empresa Proconsult computando os votos nulos e em branco para o candidato do PMDB, Moreira Franco. A descoberta da fraude gerou um escândalo, no qual a Rede Globo estava envolvida. E ficou impune. Os militares, que haviam dito que Brizola não seria candidato, que se fosse candidato não ganharia. Agora diziam que ele não assumiria o cargo. Mas Brizola assumiu e os mesmos militares disseram que ele seria expelido, como coisa ruim, na hora certa.

Mas Brizola governou. E bem. Ao implantar os Cieps, escola de turno único, como viu na Europa, foi acusado pelo PT e os demais partidos de reduzir o número de matrículas (as escolas tinham três turnos). Quando ofereceu alimentação de qualidade nos restaurantes dos Cieps, o PT foi às ruas para dizer que “escola não é restaurante” e acusou o governador de populista. Quando acabou com a montagem e desmontagem de arquibancadas no Carnaval, com a Passarela do Samba, foi acusado de megalomaníaco e a Globo insistiu com inúmeras matérias nas quais engenheiros e arquitetos diziam que a passarela do samba iria cair e matar milhares de pessoas. Recusou-se, inclusive, a transmitir o Carnaval.

Quando Brizola colocou um elevador para os moradores das favelas de Pavão e Pavãozinho, foi chamado de demagogo. Quando acabou com a bica dágua e eliminou a imagem clássica do favelado com uma lata dágua na cabeça, colocando água encanada nos morros, via imensos bujões em locais estratégicos e que eram levados por helicópteros, a classe média só faltou fazer passeata contra ele. Quando proibiu a polícia de invadir casas de pobres sem mandado judicial, foi acusado de proteger os marginais. Quando ergueu uma estátua em homenagem a Zumbi dos Palmares na Praça Onze e criou a Secretaria do Negro, foi acusado de provocador, racista às avessas.

Resistindo a tudo, Brizola ganhou notoriedade. Um dos jornais mais populares do Rio, Última Hora, fez coro com a Globo e o acusou de promover a reforma agrária ao impedir que a polícia expulsasse invasores de terra em Nova Iguaçu e de impedir que a mesma polícia expulsasse as famílias que invadiram edifícios em construção que estavam abandonados. Uma das manchetes dizia “Invadam, Brizola garante”. Foi o fim do tradicional jornal. Brizola foi à TV, exibiu a manchete e fez um discurso acusando os donos de irresponsáveis.

Em 1984, seria realizada a eleição para a Presidência da República. A emenda que estabelecia as diretas estava para ser aprovada no Congresso, porque era o fim da ditadura e não cabia mais eleições indiretas. Mas as pesquisas mostravam que Brizola ganharia a eleição. Assim, a emenda foi rejeitada e o Congresso elege Tancredo Neves e José Sarney. Quando instituíram as diretas, sabiam que o Brizola tinha pouca chance de vencer o pleito. E fabricaram Collor de Mello. Brizola faz 16% dos votos, contra pouco mais de 17% de Lula, que vai para o segundo turno e perde para Collor.

Brizola volta ao Governo do Estado, vencendo a eleição em primeiro turno e termina o programa dos Cieps, que estava abandonado, constrói a Linha Vermelha (projetada 40 anos antes), implanta a Universidade do Norte Fluminense e reconstrói o Solar do Colégio, primeira construção sólida de Campos e que estava em ruínas. Nova eleição presidencial, em 1994. Brizola perde até para Enéas, um alucinado do Prona. Respeitado, continuou resistindo, acreditando que o povo brasileiro ainda daria um basta nas elites dominantes e nos demagogos. Mas parecia um Dom Quixote lutando contra os moinhos de vento. Fisicamente forte, morreu sem doença, sem sofrimentos em leito de hospital.

Há dois anos o Brasil perdeu sua liderança mais apaixonada pelo povo brasileiro (junto com seu amigo e companheiro Darcy Ribeiro) e a partir de então, estamos órfãos de lideres com sua força, sua determinação. Foi, depois de Getúlio Vargas, a maior liderança popular da história brasileira. Sinto-me orgulhoso de ter estado ao seu lado, seguindo sua liderança, por 25 anos.

Hoje, sete anos de sua morte, portanto, cinco anos após escrever o artigo acima, temos uma liderança que segue os passos do velho Briza, até mesmo como deputado federal, que Brizola, como o mais votado, exerceu em 1963/64, após ter sido governador. Trata-se de Garotinho, que defende os mesmos princípios e luta pelas mesmas causas.


terça-feira, 21 de junho de 2011

Paulo Feijó é deputado de direito e de fato

Parabéns, Feijó! Sua luta por um direito foi reconhecida. Lembre-se que nós sempre o tratamos como deputado e o Garotinho sempre falou com convicção que você assumiria o mandato que é seu. Agora, Campostem dois políticos experientes na Câmara Federal, após muitos anos. Já chegamos a ter três: Walter Silva, José Maurício e Alair Ferreira. Depois, Alair e José Maurício. Depois, só José Maurício. Depois, só Feijó. Depois, só Geraldo Pudim. Agora, Garotinho e Feijó e,  desta feita, os dois do mesmo lado.

Que continue sua luta em prol da nossa região, é o que desejamos.

Aos invejosos e detratores


Minha querida esposa Viviane completou 31 anos ontem. Está velhinha, mas prometi ficar ao seu lado até a morte. Estamos completando 14 anos de noivado e, em outubro, 14 anos de casados. Estou construindo minha casa há 15 anos e, creio que vou terminá-la em 2012, quando vamos fazer uma grande comemoração: 15 anos de casados, 60 anos de idade e, finalmente, minha casa pronta.

Aos babacas que me atacam, digo que a inveja está acabando com eles, porque existo, tenho uma mulher maravilhosa, filhos muito bons, netos ótimos e, agora com mais tempo, mais sexo e rockin'roll.

Aos que reconhecem o meu trabalho, como Carlinhos de Jardim Carioca, digo que nunca lutei em causa própria e jamais lutei por cargos ou empregos. Raramente fiz ou faço o que não gosto. Minha carteira de trabalho foi assinada em 1967 e não tenho 15 anos de INSS. Sabem por que? Porque, em geral, não suporto o patronato e procuro ser amador, nunca profissional. Ou seja, se não gosto, não  faço. Nenhum patrão gosta disso, não é mesmo?

Estou evitando escrever, por enquanto, para não ferir suscetibilidade de pessoas que eu gosto; e mesmo que, momentaneamente, estejam ferindo seus princípios, ainda vão se recuperar nos quesitos dignidade, caráter e moral.

sábado, 4 de junho de 2011

O tempo e a história

"O tempo é o senhor da razão". Quantos de nós ouviram este dito popular? O que tem importância, realmente, fica na história. O resto é lixo que a história descarta. Hoje, podemos falar do lixo de 50 anos atrás? Não. Só estudamos o que realmente teve importância. A música do passado que ainda ouvimos e conhecemos hoje não chega a 3% (quando muito) do que foi produzido em cada época. Assim acontece com o cinema, o teatro, as artes em geral; também em relação as obras, as pessoas.

Quais dos nossos governantes do passado que ficaram na história? Em Campos, quais os vereadores cujas ações puseram-nos nos registros históricos? Quais os prefeitos? E os secretrários? Alguém se lembra dos secretários de Barcelos Martins, Rockfeller de Lima, Zezé Barbosa dos mandatos de 1967/70 e 1972/76? E do primeiro prefeito, eleito em 1947? Ferreira Paes está na história? E os vice-prefeitos?

Não são os cargos ou as obras realizadas por um detentor de cargo que ficam na história. O que fica são as idéias defendidas por alguém, detentor de cargo ou não. São as lutas de alguém, em prol de algo que realmente tenha importância, que o faz ficar na história. Os atos maus ou bons são julgamentos morais, mas se eles tiveram importância, colocarão seus autores na história. O que não tem importância real, não fica na história.

Assim, os medíocres, os omissos, os puxa-sacos, estes não farão parte da história. Irão para a lata de lixo da história.

Luis Carlos Prestes não está na história porque fez obras ou porque foi senador ou capitão. Está na história por suas idéias, por suas lutas, que tiveram importância real. Brizola não está na história simplesmente porque foi governador, deputado federal ou porque fez reforma agrária ou porque fez escolas. Está por suas idéias, por suas lutas.

As ações atuais só saberemos se são importantes daqui a algum tempo. Aí então, veremos quem tem importância real na sociedade. O resto é falácia. A mediocridade imperante só é digna de registro em conversa de botequim. E os fofoqueiros de plantão não estarão na história nem mesmo como fofoqueiros.