Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Garotinho faz a cidade debater política

Garotinho forjou na luta sua liderança





O que os ingênuos politicamente não sabem, é que liderança não é algo que se obtém apenas por querer, ou porque alguém se diz líder ou, ainda, por estar à frente de um movimento num determinado momento. A liderança é forjada na atuação. Não basta discursar, pois, por melhor que seja o orador não quer dizer que, por isso, ele é líder.

Garotinho forjou sua liderança na luta diária contra os que exerciam o poder, em diversas instâncias. Podem até dizer que ele tem espírito de liderança. Mas isso não basta. Teve a humildade de aceitar a liderança do Brizola, quando ingressou no PDT. Chegou a imitá-lo, durante um tempo. E Brizola era um grande líder. Liderança forjada na luta e que havia aceitado ser liderado por outro grande líder: Getúlio Vargas. Também chegou a imitar o Presidente quando iniciou sua carreira. 1

Assim, com essa "escola", Garotinho não discursa, conversa. Tenha na plateia uma dúzia de pessoas ou milhares de pessoas. Ele conversa. Assim como o Brizola. Forjando na luta sua liderança, sem dinheiro, sem apoio de empresários (na sua campanha teve um Passat e um motorista, cedido pelo irmão do saudoso Adão Pereira Nunes, Paulo Pereira Nunes), elegeu-se deputado. O mais votado em Campos. Foram 33 mil votos em 1986, contra 30 mil de Sérgio Diniz, candidato do todo poderoso Zezé Barbosa. Sim, teve o apoio do Brizola, reconheçamos. Mas não foi o único.

Em 1988 elegeu-se prefeito. Embora deputado, não tinha recursos para a campanha. Perdeu o programa de rádio e, com tenacidade e perseverança, oi às ruas com seu programa de rádio em cima de um caminhão. O caminhão era meu. Parei com meu comércio para, diariamente (toda noite na verdade) ele e Rosinha continuarem com seu Fala Garotinho. A Justiça Eleitoral proibiu. Focamos na campanha. E ele venceu as grandes forças políticas de Campos. O prefeito era Zezé e o governador do Estado era Moreira Franco.

Fez uma administração que colocou seu nome na história. Elegeu seu sucessor e foi conquistar a Guanabara. Missão quase impossível. Um ex-prefeito do interior, conquistar a Guanabara. Mas obteve uma votação extraordinária, que o credenciou a uma nova tentativa quatro anos depois. Retornou a Campos e numa situação adversa, sem recursos nem mesmo para comprar fita K-7 para enviar os programas de rádio e fitas de vídeo para os programas de televisão. Venceu a eleição.

Em 1998, deixou a Prefeitura com o vice-prefeito e novamente percorreu o Estado na campanha vitoriosa que o levou ao Palácio Guanabara, onde entrara pela primeira vez em 1983, quando o apresentei ao Brizola. Ele ainda era do PT. Antes de terminar o mandato, saiu para se candidatar à Presidência da República. Sem tempo na TV, com um partido minúsculo, o PSB, obteve uma votação que surpreendeu a muitos analistas políticos. Foram 16 milhões de votos. 

Na oposição, elege Rosinha, sua esposa, governadora em 2002. Sua administração foi considerada pela crítica como a melhor do país (entre os governadores) e uma das melhores  da história do Estado. No PMDB, em 2006, foi impedido de ser candidato, mesmo ganhando as prévias do Partido, conforme o estatuto. Foi dado como "morto" politicamente. Voltou a Campos e conseguiu, com a candidatura de Rosinha, vencer a força da corrupção que estava instalada no município e se tornava endêmica. Ao mesmo tempo, elegeu sua filha vereadora no Rio.

Dois anos depois, elege-se com a maior votação nominal da história do Estado: 700 mil votos. Ao mesmo tempo, sua filha se elege deputada estadual e Paulo Feijó, deputado federal, além de Roberto Henriques, deputado estadual que deixou sua liderança para ficar ao lado do poder do Estado. Na Câmara, projetou Campos, conseguindo recursos para diversas áreas da administração. Ajudou Dilma que estava para ser derrotada pelos abutres do Congresso na questão dos portos, recebendo dela muitos elogios. 

Agora, retorna a Campos e, não aceitando cargos importantes no Governo Dilma, em vez de discutir com ministros, governadores e a própria Presidente, discute com vereadores... Bom para o exercício político, mas o nível é outro. Está cá embaixo. De qualquer maneira, revela mais uma vez seu amor por Campos. Os interioranos que se elegem governadores, não saem mais das capitais. Garotinho, não. Vota na sua cidade, retorna à sua cidade e debate na sua cidade. 

A despeito das divergências políticas, saudáveis numa democracia, até os adversários devem reconhecer: Garotinho ama sua cidade, enfrenta as situações de peito aberto, e faz a cidade debater, polemizar. Ele é o centro dos debates: seja contra ou a favor. É uma liderança que tem que ser reverenciada. Só os despeitados não reconhecem isso.

Prefeito de Italva elogia Carnaval de Cardoso mas não apoia o de Italva

Prefeito de Italva (de boné) no Carnaval de Cardoso Moreira

O prefeito de Italva, Leonardo Guimarães, após exonerar Cristina Rios, a única secretária que atuava, com seu trabalho sendo repercutido no Estado e, até, no sul do Espírito Santo, revelou sua inabilidade política e seu menosprezo pelos italvenses ao participar do Carnaval de Cardoso Moreira, tecendo elogios à festa momesca do município vizinho, quando não deu importância nem apoio aos carnavalescos e ao Carnaval de italva.

Sem justificativa, negou qualquer apoio à festa popular. Se a causa foi a falta de recursos, poderia explicar aos carnavalescos. Mas o que se sabe é que não foi o caso. Se foi porque ele misturou religião com política, menosprezando o Carnaval (o que seria ilegal e imoral, porque ele foi eleito para ser prefeito de todos os italvenses), não participaria nem elogiaria o Carnaval de Cardoso Moreira. E mais: se elogiou o Carnaval de Cardoso e foi lá participar, é sinal de que assume que Carnaval, festa do povo,é importante culturalmente. E aí cabe a pergunta: se assim é, por que tratou com desprezo o Carnaval de Italva?

De qualquer maneira, as incoerências de de Leonardo Guimarães fizeram-no perder o crédito entre grande parte dos italvenses, que ele enganou, porque foi eleito para ser o novo, para dinamizar a cidade que estava precisando de uma sacudida. Até agora, não disse a que veio. Quando digo que ele exonerou a titular da única Secretaria que estava atualmente de verdade, a de Assistência Social, o faço por ser verdade e os fatos comprovam. Agora, a cidade voltou aos tempos de Darli, enterrando-se cada vez mais na sua estagnação econômica e cultural.

Leonardo Guimarães também traiu o povo de Italva, pois foi eleito por um grupo político liderado pelo Garotinho e apoiou a reeleição de Luiz Fernando Pezão ao Governo do Estado.  O vice-prefeito seguiu seus passos. Tanto é que os candidatos do PSDB, Partido de Glycério Rocha, não obtiveram votos nem da sua família. Creio que o fim de Leonardo Guimarães será melancólico. A n
ao ser que os italvenses estejam anestesiados e satisfeitos com sua administração.

Câmara de Italva não cassa vereador e MP é acionado

 Antonio Elias com sua esposa, Pâmela
 
Como noticiei aqui no dia 18 de dezembro, o vereador de Italva Anonio Elias Ancelmé, por ter faltado a 31 sessões (o máximo permitido são 26) da Câmara de Vereadores em 2014, pode ter seu mandato cassado. O vereador também mudou de partido, pois foi eleito pela coligação PRP/DEM/PSDB e ingressou no Partido da Solidariedade. Constatado o fato, a suplente da coligação, Marinete da Silva Barcelos Teixeira, a Marinete de Morro Grande, reivindica a cadeira do seu ex-colega de partido. 

Todavia, o presidente da Câmara de Italva, Wilson Nogueira, não tomou providências, como determina a lei e o regimento interno. Foi protocolado (protocolo 3083 de 06/01/2015) ofício junto à Câmara de Vereadores pedindo o afastamento do vereador por ele ter descumprido o regimento interno. Também foi comunicado ao Ministério Público para que seja instaurado inquérito para averiguação e constatação do fato, requerendo as medidas punitivas.

A suplente Marinete Teixeira acredita que Antônio Elias Ancelmé ainda não foi afastado definitivamente porque é filho do ex-prefeito de Italva, Darli Ancelmé e primo do atual prefeito, Leonardo Guimarães. Como o presidente da Câmara, Wilson Nogueira, tem interesses na Prefeitura (seu filho, inclusive, é amigo e motorista do prefeito), não vai cumprir a lei se não for obrigado pelo Judiciário, os partidários de Marinete e pessoas de bem da comunidade devem pressionar politicamente para que a Câmara faça o que preceitua o seu regimento interno.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Câmara de Vereadores reabre com sessão nesta terça-feira

Edson Batista: sessões às 17 horas

A Câmara Municipal de Campos inicia seus trabalhos este ano com a volta das sessões plenárias no dia 24 deste mês. A sessão ordinária volta para seu horário habitual, de 17 horas . Para começar o ano legislativo, os vereadores receberão um representante do Governo Municipal que irá falar sobre os planos de gestão para 2015, bem como as medidas adotadas na administração para o enfrentamento da crise econômica.
“Os vereadores terão a oportunidade de se inteirar mais sobre as mudanças realizadas pelo município, como a redução de gastos e a diminuição do número de secretarias e possivelmente, a fusão de outras, medidas de ajustes que tem sido anunciadas pelo Executivo. Na mesma oportunidade também vamos expor também aos demais vereadores a questão dos ajustes que podemos fazer na Câmara para nos adaptar a este período crítico”, explicou o presidente do Legislativo, vereador Edson Batista.
Além de anunciar o retorno das sessões do Legislativo após o recesso parlamentar, Batista, marcou o início dos trabalhos do Parlamento Mirim. “Teremos quatro sessões ao longo do ano com os nossos jovens vereadores. A primeira delas será no mês de março”, afirmou.
O presidente também ressaltou a importância da primeira reunião do Parlamento Regional que será realizada no dia seguinte (25), às 15 horas, que terá como assunto o enfrentamento da crise.
“Temos um cenário de dois anos de crise daqui pra frente. Precisamos organizar uma agenda positiva para lidar com este momento e nos preparar para o crescimento que virá a seguir. Por isso, é de extrema importância estarmos unidos para enfrentamento deste ciclo de dificuldades, sem perder o foco nos projetos e investimentos estaduais e federais em torno das demandas regionais e ainda debater o futuro”, disse.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Aos carnavalescos de Santa Maria, Santo Eduardo, Morro do Coco etc.


Escrevi o texto abaixo para um comentário postado no Blog do Bastos. Com algumas modificações, enviei-o ao Blog do Werneck e, agora, publico aqui, pois achei pertinente, já que as comunidades insistem em culpar a Prefeitura pelo não patrocínio de suas festas. As mesmas comunidades que acusam o poder público de gastar com festas...

Carnaval é festa do povo. Sempre foi organizado pelo povo. Seus ranchos, cordões, blocos, seus bailes nos clubes… enfim, é uma festa popular. No chamado desfile oficial das escolas e blocos (depois, também, os bois pintadinhos, que viraram “bois de samba”) a Prefeitura auxiliava com a estrutura e alguma ajuda financeira. Mais tarde essa ajuda passou a ser uma subvenção, como é hoje.

No caso de Santa Maria, o Carnaval era uma grande festa quando a agricultura rendia frutos e o comércio, surgido para dar suporte ao movimento na estação de trem, fervilhava. A partir da década de 1970, a agricultura foi abandonada porque a necessidade de consumo aumentou e atividade não rendia o suficiente para sustentar essa exigência da atualidade. A Usina Santa Maria faleceu, assim como, antes, os trens. O Carnaval perdeu seu brilho.

Com a resistência do comércio e o encurtamento das distâncias entre as cidades, os moradores passaram a trabalhar em Campos e outros lugares próximos e na década de 1990, o movimento central e o Carnaval tiveram um apelo maior. No final daquela década, a Prefeitura passou a dar toda infra-estrutura, incluindo shows nacionais, tanto na festa da padroeira como no Carnaval. A comunidade acostumou-se a depender do poder público e cada vez exige mais nas festas.

Critica o poder público pela realização de shows e pede (exige) cada vez mais… shows. E a Prefeitura deu tudo até o ano passado, mesmo com a reclamação dos moradores que desejam sempre mais… shows. Agora, a Prefeitura, pelo que vejo, não cedeu estrutura nem shows. A comunidade mostrou que é possível realizar uma festa popular sem ajuda de terceiros. Nada mais justo, porque o Carnaval, por exemplo, é uma festa eminentemente popular. Parabéns ao povo de Santa Maria! Só não entendo as críticas ao poder público por não dar dinheiro para o Carnaval.

Lembro o que todos sabem, todas as comunidades (muitas centenas delas, incluindo distritos, localidades, bairros) pedem shows e estrutura para suas festas. Santo Eduardo, por exemplo, vizinho a Santa Maria, tem uma história similar, de exigências e, mesmo atendidas, reclamações. O correto é uma festa popular ser promovida e organizada pela população. O poder público deve incentivar, fomentar, e apoiar. Não patrocinar, como desejam os moradores das localidades.

Reconheço que o show e a festa, unem a comunidade, de tal maneira que ela é capaz de fazer protestos pelo pouco apoio ou nenhum apoio financeiro. Não despendem o mesmo esforço para uma creche, uma escola, um posto de saúde (sei que em Santa Maria tem tudo isso, mas é apenas para registrar que as comunidades se unem para exigir o que criticam, quando é dado).

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

São Paulo recebe indenizações de bancos estrangeiros por desvios de Maluf

Maluf é acusado, julgado, punido, mas sempre está livre, leve e solto
A prefeitura de São Paulo receberá US$ 10 milhões do banco suíço UBS Zurique e US$ 15 milhões do Citibank, de Nova York, a título de indenização, e ficam livres de ação judicial envolvendo o ex-prefeito da capital Paulo Maluf, uma vez que os dois bancos foram usados nas movimentações de recursos desviados naquela gestão (1993-1996).
Segundo o promotor Silvio Marques, “trata-se de uma compensação pelo dano moral coletivo sofrido pela população paulistana. Os dois bancos não reconheceram culpa, mas foram extremamente corretos quando apresentamos as provas dos desvios realizados por Paulo Maluf e outras pessoas, entre 1993 e 1998”.
A prefeitura e o Ministério Público (MP) assinaram nesta sexta-feira (13) termos de ajustamento de conduta com os dois bancos. O acordo será homologado pelo Conselho Superior do Ministério Público e pela Justiça de São Paulo, e a partir do acordo, os bancos terão prazo de 30 dias para os depósitos.
A administração municipal receberá 90% dos recursos. O restante ficará nos cofres do estado, para cobrir gastos que o MP teve com a investigação, e também para o Fundo Estadual de Interesses Difusos de São Paulo.
Fernando Haddad, prefeito da capital paulista, disse em nota que “nossa política de combate à corrupção teve mais uma vitória. Estamos conseguindo mais um acordo com bancos que foram, inadvertidamente ou não, utilizados para a remessa de recursos para o exterior”. Segundo ele, a prefeitura concorda em usar os recursos para o Parque Augusta ou para cheches, dependendo da viabilidade jurídica do primeiro empreendimento.
Em dezembro de 2014, a prefeitura recebeu do banco alemão Deutsche Bank o montante de R$ 46,8 milhões, também como indenização por movimentação de dinheiro desviado na gestão Maluf. O valor, segundo a prefeitura, será destinado à construção de creches na capital paulista.
Além disso, a prefeitura venceu uma ação na Ilha de Jersey contra Paulo Maluf, que resultou em condenação no valor de cerca de US$ 33 milhões. Do total, já foram depositados US$ 10 milhões, os outros US$ 23 milhões dependem apenas da conversão em dinheiro das ações bloqueadas da empresa Eucatex (de propriedade da família Maluf) na Ilha de Jersey, para que a prefeitura receba.
A impressão que se tem é que Maluf ri do nosso povo

A assessoria de imprensa de Maluf informou que o dinheiro movimentado não é do ex-prefeito, e assegura que ele nunca teve conta no exterior.
(Matéria do Jornal do Brasil com fotos da rede virtual)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Em defesa do Estado de Direito e contra os golpistas

Há um grupo de pessoas que revela sua tendência golpista ao deixar de lado o discurso político para atacar frontalmente o governo da presidente Dilma Roussef, buscando o caos para forçar seu impedimento. Tem aqueles, nesse grupo, que defendem uma intervenção militar. 

Assim como os nazistas infiltrados em instituições diversas na Europa e em outras partes do mundo, os golpistas brasileiros aproveitam momentos como este, de crise, para insuflar os ingênuos a reagirem emocionalmente. Conseguem adeptos, porque usar a razão é muito difícil para a maioria das pessoas, mesmo aquelas educadas. 

Um bando de inconsequentes que só desejam o caos, sem nenhuma proposta revolucionária concreta. E pior: um bando de direita, que tenta macular a imagem da esquerda brasileira e latina. Qualquer liderança em favor do povo é logo estigmatizada como "populista". Um bando que só está satisfeito quando seus membros são beneficiados (honesta ou desonestamente). 

Tentar a derrubada, inclusive com o uso dos militares, é fazer o jogo do imperialismo americano (é o que fazem os EUA no norte da África). Tentar a derrubada de um governo que foi reeleito recentemente, em meio a uma crise econômica que já era esperada e que atingiu a Europa em cheio há alguns anos, é mostrar que o Brasil pouco importa para esse bando. O povo brasileiro, muito menos.

Mesmo os que não viveram (e sofreram) com a ditadura militar -brasileira, argentina, chilena, uruguaia, entre tantas outras - sabem que seria um retrocesso, um retorno ao passado sombrio que tivemos. Aqueles que não sabem, antes de replicar as postagens desse bando neo-fascista, deveriam conhecer a história do nosso país de 1954 para cá. O Brasil seria uma grande nação não fosse o golpe de 64. As reformas de base de Goulart tornariam o país uma grande potência. Tudo acabou com o golpe e o domínio americano, com a Vênus Platinada, criada nessa época, servindo de porta voz dos golpistas (americanos e brasileiros).

O próprio Carlos Lacerda arrependeu-se de ter sido um golpista. O mesmo ocorreu com Ulisses Guimarães, a Igreja Católica fez a mea culpa e foi a primeira a denunciar publicamente as torturas nos porões da ditadura. Ou seja, a quem serve o golpe? Quem se serve do golpe? Certamente não é a grande maioria da população. Certamente não é o Brasil.

Criticar o governo (qualquer governo) é papel das oposições, de qualquer pessoa. Mas motivar um golpe de Estado, um impeachment, quando as instituições estão funcionando normalmente, os crimes contra a economia sendo denunciados e apurados e os envolvidos sendo presos e julgados, enfim, é querer o caos. Não há nenhum projeto para a nação, não há o aspecto ideológico colocado às claras para o debate público. 

Há necessidade de reformas? Sim. Mas isso é decidido no diálogo, na negociação. Não sou petista, mas os erros do PT estão sendo divulgados, seus "malfeitos" sendo apurados e os responsáveis, julgados e condenados. Isso é democracia, mesmo que formal. Quem hoje prega e torce pelo caos é anti-brasileiro, é golpista. E mais: é um bando sem coragem para pregar a revolução com uma proposta clara de governo. Até porque, se esse bando tivesse uma proposta, esta não seria a favor da maioria do nosso povo, mas de uma elite que, mesmo na democracia, só ganha. 

PTB regional apoia Edson Batista

(Foto: Check)
Edson Batista e Marcus Vinícius: acordo reafirmado

O presidente da Câmara de Vereadores de Campos, Edson Batista, que também é o presidente municipal do PTB, esteve reunido, no Rio, com o deputado estadual e presidente regional do PTB, Marcus Vinícius. Ficou acordado que o PTB regional continuará apoiando a direção municipal no que tange à aliança com o grupo liderado pelo ex-governador Garotinho e a prefeita Rosinha Garotinho.

Com isso, Edson Batista, que deverá fazer uma reformulação do PTB campista com vistas ao pleito de 2016, poderá continuar apoiando o governo Rosinha sem problema. E vai, obviamente, participar das eleições de 2016 apoiando Garotinho e, na política de alianças, em termos municipais, o grupo liderado pelo ex-governador. 


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Edson Batista propõe e é criado o Núcleo de Desenvolvimento Regional

(Foto: Ana Chaffin)
Edson Batista (direita) assinando carta sobre documento 
proposto por ele para superar a crise

Neste sábado (07) prefeitos e vereadores do Norte Fluminense e Região dos Lagos voltaram a se reunir para debater a crise na indústria do petróleo. O encontro aconteceu em Búzios no Cine Teatro Rasa – INEFI. Na ocasião foi criado o Núcleo de Desenvolvimento Regional, uma sugestão do presidente da Câmara de Campos, Edson Batista, para unir os municípios neste momento. As autoridades presentes assinaram uma carta pública que aponta uma série de medidas para garantir os compromissos com os investimentos na região.
“Neste momento temos a perspectiva de dois anos de crise. Com desaceleração da economia e diminuição do crescimento. Após este período vamos retomar as espectativas de crescimento. Sabemos que existe meio trilhão de dólares em petróleo para ser extraído na região. Isso trará um crescimento muito grande. Precisamos de uma agenda de pesquisas e investimentos para dar conta de todo esse crescimento que está por vir. Além da pauta econômica, precisamos de uma pauta social, nos preparando para o aumento populacional, por exemplo”, disse Batista.
Fazem parte do núcleo: Campos, Macaé, Cabo Frio, Armação dos Búzios, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Quissamã, Carapebus, Conceição de Macabu e São João da Barra. Também fazem parte do grupo: representantes  da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), da Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Petróleo (Abespetro) e do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) também apoiam o movimento.
A carta aborda as seguintes questões:  a formação do Núcleo de Desenvolvimento Regional; traçar políticas públicas para a diversificação da economia, para estimular as vocações de cada cidade e, assim, reduzir a dependência da indústria petrolífera; criação de agenda com os governos estadual e federal, também com a nova diretoria da Petrobras; buscar, junto às autoridades estaduais e federais, obras e investimentos como aumento da captação e distribuição de água, do fornecimento de energia elétrica.
O Núcleo pretende, ainda, buscar, junto ao Governo Federal, as seguintes medidas: aprimorar a política de Conteúdo Local / Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação junto à ANP; publicação imediata do Plano de Investimento para a Bacia de Campos; reafirmar o compromisso com o pré-sal; rever a postura de operadora única da Petrobras; aprimoramento do marco regulatório do petróleo; calendário de leilões de concessões.
(matéria do site de Edson Batista)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Corte de árvores no Flamengo gera protestos

Recebi por email da amiga Sylvia Paes

No Rio, a escandalosa mutilação do Parque do Flamengo

A derrubada de seu jardim tombado, Paisagem Cultural Mundial

(Foto extraída do blog de Sandra Rabello)

Sob o olhar indiferente e carnavalesco das autoridades federais, estaduais e municipais procedeu-se, nas últimas semanas, ao mais escandaloso corte de árvores no mais significativo jardim histórico tombado da Cidade do Rio – sítio protegido internacionalmente como paisagem cultural da Humanidade. A contabilidade é de cerca de 300 árvores.
A população se pergunta se isso não configuraria um crime ambiental, já que a Lei Federal de Crimes Ambientais tipifica como crime no artigo 49 o seguinte:
“Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade particular”.
E mais, no artigos 62 da referida lei de crime ambiental é dito crime:
“art.62: Destruir, inutilizar ou deteriorar:
I – bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial;” (…)
Ora, o Parque do Flamengo é uma obra de arte, tombada pelo órgão nacional do Patrimônio Cultural – IPHAN – nos termos de seu projeto original paisagístico, aí incluído, obviamente, a sua cobertura vegetal em toda a sua extensão, como elemento essencial de sua composição. Alguém tem alguma dúvida disso?
Então, qualquer alteração em sua cobertura vegetal constitui dano gravíssimo a este patrimônio protegido, e que não poderia nem mesmo ser permitido pela autoridade federal que tutela este patrimônio. Isso porque o artigo 17 do Decreto-lei 25/37 diz explicitamente: “As coisas tombadas não poderão, em caso nenhum, ser destruídas, demolidas ou mutiladas (…)”.
Nem mesmo “Eremildo, o idiota” ousaria afirmar que o corte de 300 árvores não seria uma mutilação à esta obra de arte: um Parque Público tombado e declarado à Unesco como Unidade de Conservação, e sítio especialmente referenciado especialmente no processo internacional que concedeu ao Rio o título de Paisagem Cultural Mundial. Foi uma enganação? Tudo sem ter apresentado à UNESCO, até agora, nenhum o Plano de Gestão do sítio?
Sem referência ao corte - No rápido e imprudente processo de aprovação junto ao IPHAN do novo projeto para a área do Parque do Flamengo, denominado Marina da Glória, não há qualquer permissão ao corte de árvores que constituem, obviamente, parte integrante essencial do tombamento. 
(foto extraída do blog de Sonia Rabello)

Pelo contrário; na simplória carta de aprovação da Presidente do IPHAN ao “projeto” é estabelecido como condicionante:
“IV – Elaboração de memorial descritivo, indicando as premissas do projeto de paisagismo da área (manutenção e adição de espécies, adaptações no desenho, fluxos e etc…” (grifo nosso).  Foi apresentado, ao IPHAN, projeto paisagístico que previa o corte das 300 árvores tombadas?
E mais: em vários documentos do projeto apresentado, como no relatório final que formulou os critérios para qualquer intervenção no Parque, consta que seria premissa essencial a recomposição do projeto paisagístico segundo o projeto de 1965 que foi tombado, tendo como primazia a “revitalização dos espaços degradados, tendo como referência o projeto original de 1965” (fls.16 do proc. adm. protocolo 01450.004120/2014-54 de 25.08.2014).
Seria esta a “revitalização de espaços degradados”?
P1060271
Registro feito em 01.02.2015
P1060272
Há alguma dúvida sobre a má-fé que paira sobre o assunto ou querem nos fazer crer que o dano será “ressarcido” com um mísero TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), com compensações em outras áreas?
Será a continuidade da máxima de que no final o “crime compensa”?

O que mais falta para que as pessoas, autoridades investidas no poder-dever de zelar pelo patrimônio público, cumpram seu dever e instaurem novamente a moralidade da lei e do Estado de Direito?

Rosinha empossa Garotinho como secretário de Governo

(Fotos Gerson Gomes/Secom - PMCG)
A prefeita Rosinha dá posse ao ex-deputado e ex-governador 
e ex-prefeito Garotinho como Secretário de Governo

Garotinho discursa na posse, pedindo austeridade e comprometimento  
A prefeita Rosinha Garotinho empossou nesta terça-feira (03) o novo secretário de Governo, Anthony Garotinho, em substituição a Suledil Bernardino, que permanecerá à frente da Secretaria de Controle, Orçamentário e Auditoria.
A cerimônia foi realizada no auditório da Prefeitura. Em seu discurso de posse, Garotinho destacou que para vencer a crise econômica é preciso trabalho, ânimo, esperança e união.
-Vamos trabalhar e só se vence uma crise nacional como essa, trabalhando. Vou fazer o que for possível para que juntos possamos atravessar esse deserto que vem pela frente. Toda crise é muito difícil, mas quando se tem uma direção, você tem esperança. A dificuldade é grande, mas depende do ânimo de cada um de nós – frisou o novo secretário de Governo. Participaram da cerimônia o vice-prefeito Doutor Chicão, o presidente da Câmara, Edson Batista, secretários e vereadores e alguns familiares.
Garotinho disse que "mais maleável", não procedendo o discurso de que ele é "duro", insinuando que na sua casa, a "dura" ou "pedra" é Rosinha, pois ele é mais "água".   O novo secretário exigiu comprometimento por parte dos servidores, dirigindo-se diretamente aos que detém cargos de confiança e que todos devem ter uma visão de futuro, que só podem ter aqueles que conhecem o passado e vive o presente. E avisou: a Prefeitura não pode ser "bico".
Já a prefeita afirmou que o momento é de austeridade e principalmente responsabilidade. “Passaremos esse momento com austeridade, mas, também, com responsabilidade”, falou a prefeita Rosinha Garotinho.
(Sobre matéria do jornal Campos 24 horas)