Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sábado, 17 de setembro de 2011

O Cepop e os questionamentos de alguns blogueiros

Interessante as comparações que alguns blogueiros fazem entre os preços do CEPOP e os de obras  em outros estados que consideram similares. Chegam a comparar com um pequeno ginásio de esportes (como um em Belo Horizonte) à Passarela do Samba de São Paulo e Vilas Olímpicas. Vou comentar sobre uma obra similar: o "sambodromo de São Paulo".  

Projetado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, o Centro de Eventos paulista foi construído e inaugurado em 1991, durante a gestão de Luiza Erundina. Possui 530 m de comprimento e 14 m de largura, conta com um piso de concreto estrutural anti-alagamento, além de ter capacidade para cerca de 30 mil pessoas nas arquibancadas.

Em 1991, quando foi inaugurado pela então prefeita Luiza Erundina, a passarela do samba tinha capacidade para dez mil pessoas. Mas não havia arquibancadas e ela teve que alugar todo o aparato de arquibancada tubular e tudo o mais necessário para que o público participasse do carnaval.

Em 1992, a prefeita Erundina licitou mais uma parte da obra, aumentando a capacidade para 20 mil pessoas. Mas só na gestão de Paulo Maluf, seu sucessor, é que o sambódromo de São Paulo foi concluído. O então prefeito licitou a obra de arquibancadas de concreto (para 30 mil pessoas) e todos os demais setores, além do entorno, facilitando o acesso e dando comodidade aos carnavalescos e ao público, tendo inaugurado o acréscimo em 12 de fevereiro de 1996.
   
Este ano, em agosto, participando das comemorações dos 20 anos do sambódromo e 25 anos da Liga das Escolas de Samba de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab anunciou a Fábrica dos Sonhos, projeto de 2008 que prevê a construção de 14 barracões para as 14 escolas do Grupo Especial. Custo da obra: R$ 124 milhões.

Não tenho ainda o custo do sambódromo, mas não ficou por menos que R$ 100 milhões, divididos em três etapas (1991, 1992 e 1996). A primeira, que foi só a pista de desfile, foi orçada em 9 milhões de dólares. Mas foi a parte mais barata da obra.

O custo do CEPOP, tão questionado pelos blogueiros de viseira de burro (alguns até posam de intelectuais, tendo a tal de Giana me desafiado para um debate, podendo até ser sobre Metafísica - que chique, hein?!), está dentro da normalidade. Os órgãos fiscalizadores analisam ítem por ítem dos custos apresentados durante o processo licitatório.

O que  havia, antes do nosso governo, era a venda de gato por lebre. Mesmo assim os tribunais acusaram o superfaturamento. Agora, não. A prefeita exige que se cumpra o que foi estabelecido no processo licitatório, acompanha o passo-a-passo da obra e os tribunais têm reconhecido a lisura nas licitações e a normalidade dos preços praticados. Às vezes até abaixo da tabela (existe uma tabela referência).

Muitos blogueiros sentem saudades dos governos Arnaldo/Mocaiber. Até os que eram contra eles, porque acusavam e tinham o prazer de ter razão. Hoje, suas acusações não têm base e não ecoam. Entram em desespero e dizem para si mesmos: "é impossível que não tenha nada de errado" e continuam atirando para todo lado de maneira torpe, mesquinha, caluniando e difamando. Tentam atingir Garotinho e Rosinha (e sua família) com palavras chulas, insinuações maldosas.

Baixaram o nível em demasia, o que serviu para demonstrar que não têm credibilidade. Falam entre eles para eles. E como a Internet registra tudo, pensam que fazem história. Eu ainda me refiro a eles porque, idiotamente, sinto pena dos animais que tentam chegar à etapa seguinte e poderem se tornar humanos. Valorizo o esforço. Afinal, cada mudança gera a morte do que se é.

E os que conseguem ser pessoas têm a minha admiração, pois eliminaram a imbecilidade. Por isso sou bonzinho e, idiotamente, tenho pena daqueles que estão na etapa intermediária. Não evoluíram na época devida, passaram do tempo, o que torna a mudança difícil, penosa. Os que não conseguem ficam recalcados, magoados, necessitando de um afago sempre. É o caso de muitos blogueiros de viseira de burro.  

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