Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







quinta-feira, 8 de setembro de 2011

As invasões, massacres e fogo amigo - EUA, sempre eles

No Iraque, os americanos e aliados fizeram questão que as TVs do mundo inteiro cobrissem o bombardeio sobre aquele país. Foi um espetáculo nunca antes visto pelas bilhões de pessoas que têm aparelhos de televisão. Os EUA chamaram aquilo de "guerra", quando na verdade, era um massacre. Sem reação. Nem os iraquianos poderiam revidar o fenomenal bombardeio.

Tudo porque desejavam o petróleo do país e o controle político. Inventaram as tais "armas químicas" para justificarem o ataque, os assassinatos (inclusive de Saddam Hussein), e as tropas que lá ficaram para "manter a paz". Passa-se o tempo, as pessoas esquecem e, quando são lembradas, dizem para si mesmas que o problema não lhes diz respeito.

Quando os "irmãos do norte" influenciaram diretamente, inclusive com dinheiro e armas para o golpe no Brasil, na Argentina, no Uruguai, no Chile, só foi diferente porque aqui eles não queriam o petróleo (que sequer produzíamos), mas sim o controle cultural, político e econômico (principalmente o cultural). E conseguiram. E houve quem dissesse que seria melhor que o Brasil se americanizasse de vez, para que nossa moeda fosse o valorizado dólar. Quanta submissão revelada!...

Agora, com a Líbia, não houve propaganda para que o massacre fosse filmado e transmitido. O bombardeio não foi visto por bilhões. O que se viu foram "os rebeldes" lutando contra as forças do governo. E continuam com a mentira de que os rebeldes assumiram o poder. Claro que os EUA e aliados não querem aparecer como invasores nem detentores do poder. Usaram e usam os testas de ferro. Agora, é só fazer como fizeram com Saddam: matam Kadhafi e sua família em nome do bem e pronto. O mundo fica aliviado.

Quanto aos assassinatos de aliados, sentirão muito e dirão que numa "guerra", essas coisas acontecem. O "fogo amigo" é previsto.

Foi assim que o repórter da BBC Ahmed Omed Khpulwak, de 25 anos, foi assassinado em julho na cidade Tarin Kowt, na província Uruzgan, por um soldado americano que disse que confundiu o jornalista com um membro do Talibã, no Afeganistão.

Quem confirmou o assassinato foi a missão militar da ONU, após investigação. A explicação: o repórter parecia estar segurando um dispositivo detonador e foi  morto pelas tropas da Otan". A Otan, no relatório, expressou os pêsames e classificou o episódio como trágico, mas que as tropas agiram de acordo com as "leis do conflito armado".
Então, tá!

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