Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







segunda-feira, 28 de maio de 2012

Lula e sua ética

Quando li na Folha de São Paulo, sábado, que o ex-presidente Lula abordou  o ministro do STF Gilmar Mendes, sugerindo adiar o julgamento do "mensalão" e que controla a CPI do Cachoeira, pensei em escrever algo. Mas outros afazeres não permitiram que eu o fizesse. Tanto que nada postei após a manhã de sábado. Agora, leio o blog do Garotinho e o comentário abaixo diz tudo que penso. Por isso, reproduzo-o aqui:


Reprodução da revista Veja

O ex-presidente Lula pode ter uma popularidade recorde, mas a população esclarecida sabe que é adepto de práticas nada republicanas. Tanto assim que virou "amigo de infância" de Sarney, Renan Calheiros, Jáder Barbalho e outros que ele antes de chegar ao poder chamava de cânceres.

Uma coisa é Lula diante da descoberta do Mensalão dizer "Eu não sabia" ao se referir ao que acontecia do lado do seu gabinete, na sala do então todo-poderoso ministro da Casa Civil, José Dirceu, o comandante de todas as operações. Ou então dizer que o Mensalão é invenção da imprensa e que nunca existiu. No campo da retórica cada um diz o que quer.

Mas é absolutamente absurdo e inconcebível, o ex-presidente Lula pressionar ministros do Supremo Tribunal Federal para adiarem o julgamento do Mensalão, chegando ao disparate de tentar constranger o ministro Gilmar Mendes, conforme poderão ler abaixo no relato da Veja. É gravíssimo esse "lobby" de Lula, mas revela também o tamanho do desespero do PT. Lula não se conformando com a posição neutra do ministro-relator do Mensalão, Joaquim Barbosa o chama de "traidor" e até "complexado". Isso porque foi ele quem o nomeou para o STF, e na sua linha de pensamento, esperava do ministro Joaquim Barbosa uma postura subalterna.

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