Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







quinta-feira, 21 de março de 2013

Câmara promove sessão especial e discute a síndrome de Dow

Dr. Edson abriu a sessão e, depois, passou a presidência para Gil Viana.

Gil presidiu a sessão ao lado de Suledil e Izaura Freire (foto: Campos 24 horas)

Gil Viana entrega flores para Mariana e sua mãe (Foto: Oguianne Sardinha)

Mãe e filha falaram, agradecendo a Câmara  (Foto: Oguianne Sardinha)

pela homenagem, que emocionou a todos (Foto: Oguianne Sardinha)

que se fizeram presentes na sessão especial (Foto: Oguianne Sardinha)

Além de Edson Batista e Gil Viana, participaram da sessão os vereadores Fred Machado, Alonsimar, Marcão, Rafael Diniz, Paulo Hirano, Magal, Auxiliadora Freitas, Cecília Ribeiro Gomes, Mauro Silva e Kelinho. (Foto: Campos 24 horas) 

Lições de amor e aulas de solidariedade tocaram a alma e os corações dos que compareceram à sessão especial pelo Dia Internacional da Síndrome de Down, nesta quinta-feira(21/03) na Câmara Municipal de Campos. Os trabalhos foram iniciados pelo presidente da Casa, Edson Batista (PTB), antes de passar a presidência da sessão para o vereador Gil Vianna (PR), que convidou à mesa representantes da Apoe, Apae e Apape, além de representantes do Poder Executivo e da sociedade em geral.

O secretário municipal de Governo, Suledil Bernardino, lembrou da existência do Conselho Municipal para a Inclusão Social de Pessoas com Deficiência. “Precisamos tirar o Conselho do papel para torná-lo realidade, o que será possível a partir da reforma administrativa que fará a prefeita Rosinha Garotinho entre a partir do mês de abril quando todos esses conselhos ficarão diretamente ligados ao gabinete da prefeita visando reforçar as nossas políticas para os portadores de deficiência e potencializar o atendimento a essas pessoas”, disse Suledil.
Mãe de um filho autista, a secretária de Família e Assistência, Izaura Freire, chegou a se emocionar ao falar de sua experiência. “Sou formada em Direito, mas as minhas experiência como mãe e gestora me levou a estudar Políticas Sociais e a me sensibilizar com a causa”, afirmou.
Com 43 anos de trabalho na Apoe, a presidente da entidade, Luiza Bastos, disse que a luta pela manutenção da instituição é difícil, mas gratificante. “É uma luta diária, mas que vale a pena porque fazemos com amor. É normal a gente ensinar e a pessoa aprender, mas quando essa pessoa especial aprende é maravilhoso. Muito mais gratificante”, admitiu.
Pela APAE, falou Gerlane de Oliveira, para quem trabalhar com pessoas especiais torna qualquer pessoa mais humana. “A convivência com essas pessoas é uma dádiva de Deus. Trabalhar com elas torna a pessoa mais gente, mais humana, nos faz a gente se sentir também pessoas especiais. Eles nos ensinam a ser mais gente. A cada dia aprendemos mais do que ensinamos. Hoje não sei viver sem a Apae”.
Naira Regina, da Apape, elogiou o trabalho do vereador Gil Vianna, a quem considera “um batalhador da causa das pessoas especiais”, e enalteceu o trabalho da Câmara como responsável pela retomada do trabalho da Apape.
“Ainda bem que esta Casa de leis abriu suas portas para esta causa ao abraçar também a idéia da criação do Conselho Municipal para a Inclusão Social de Pessoas com Deficiência, o que permite um olhar diferenciado na buscar de solução para essas pessoas e suas famílias. Tenho certeza que a partir de agora começamos a escrever uma nova história.
Exemplo de inclusão, a bolsista do IFF (Instituto Federal Fluminense), Mariana da Silva Almeida, de 30 anos, portadora da síndrome, foi homenageada por Gil Vianna com um buquê de flores. Acompanhada dos pais, Mariana, casada com um autista concursado dos Correios, tornou-se uma pessoa independente, ajuda a mãe nas tarefas domésticas e cumpre suas tarefas profissionais.
Gil Vianna deu por encerrada a sessão, não sem antes admitir a mudança em sua vida após a experiência com uma filha já falecida que era portadora da síndrome de down. “Eu me transformei, passei a ter uma outra visão da vida. Agora, não adianta depois de todas essas homenagens ficarmos omissos. A prefeita Rosinha abraçou a causa, tem políticas publicas nesta área, mas precisamos estar coesos e lutar sempre para que essas pessoas tenham sempre nosso carinho e acolhimento”, concluiu.
O vereador Paulo Hirano (PR), líder do governo, pontuou que a expressão “pessoa deficiente” é inadequada, quando a o termo melhor utilizado seria “pessoas especiais”, ao alegar que todo ser humano possui deficiências. “Todos nós somos deficientes em algo”, lembrando o educador francês Jean Piaget, autor da tese segundo a qual “todas as pessoas são capazes de aprender algo de que aplicado de uma forma adequada”.
(Matéria do jornal Campos 24 Horas)

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