Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Garotinho é o político campista mais importante até hoje

Após a fusão Guanabara/Estado do Rio, Campos perdeu força política e, sem o dinheiro do povo, via governo federal, as usinas faliram; economicamente, Campos perdeu para o até então insignificante Estado do Espírito Santo (beneficiado sobremaneira pelos incentivos fiscais que permitiram até a construção de uma rodoviária na capital (Vitória tinha um ponto de ônibus da Itapemirim até 1974).

O petróleo colocou Campos no cenário nacional, mas até 1998, muito pouco (ou quase nada) recebia pela extração do "ouro negro". Ou seja, a "cidade do já teve" era uma frase comum entre o povo da terrinha até o Garotinho ganhar a eleição de prefeito e começar a mudar o cenário econômico e político, valorizando áreas até então esquecidas pelo poder e projetando o município em nível nacional.

Campos ganha projeção política e volta ao cenárfio nacional com força, com a eleição de Garotinho para o Governo do Estado, conquistando a Guanabara, fato inimaginável até então por qualquer analista político. Valorizando o interior, Garotinho transferiu renda para os mais pobres e o PIB do Estado mostrou que o interior dividiu com a Guanabara o poder econômico.

Rosinha ampliou a política de valorização de todo o Estado e Campos passou a ser referência no debate político nacional, quando Garotinho conquistou 16 milhões de votos para Presidente.

Sem dúvida alguma, o político de Campos mais importante até hoje é Garotinho que, inclusive, nunca mudou seu endereço eleitoral.

Todavia, uma parte da população, notadamente aqueles que acham que para ser importante tem que ser "doutor" e para fazer sucesso na política tem que ter padrinhos ligados ao conservadorismo retrógrado (aqueles mesmos que sempre ironizaram de Lula por ser "analfabeto", de Brizola por ser "populista"), teceram loas aos "doutores" Arnaldo Vianna e Alexandre Mocaiber e ajudaram a colocar Campos no cenário nacional como exemplo de corrupção. Têm ódio (muito mais despeito e inveja) de Garotinho e Rosinha.

O município deveria se orgulhar de ter dois políticos de expressão que ganharam das elites da antiga capital, Mais ainda: por serem oriundos das classes mais sacrificadas e por não abandonarem suas raízes e seu modo de vida. Mas, infelizmente, os raivosos e deespeitados, que sentem falta da chibata, continuam torcendo para um retorno ao passado recente para que Campos continue a terra do "já teve". Sentem saudades dos tempos do lamento. Felizmente, porém, a realidade é mais forte que seus desejos.   

5 comentários:

Anônimo disse...

Mas que Nilo Peçanha, mas que Barcelos Martins, mais que José do Patrocínio...

Realmente, e você deve ser o segundo, né?

BRINCADEIRA!

SEU FANFARRÃO

Anônimo disse...

Blog de CLAUDIO ANDRADE

NOSSO REPÚDIO A TAMANHA DESELEGANCIA DE UMA PESSOA CULTA, DR EM DIREITO, QUE NÃO SABE RESPEITAR, OS DIREITOS DOS OUTROS.

Ele diz:
A regra seria a seguinte: título de eleitor, exame ginecológico que comprove a virgindade e um documento com foto (do rosto é claro)
Participe dessa campanha
Vote virgem......

Imbeloni disse...

Excelente análise Avelino!

Avelino Ferreira disse...

Ao anônimo que me chamou de fanfarrão, respondo que ele (ou ela) precisa conhecer a história e traduzir suas verdades com a coerência necessária para não mitologizar pessoas e tomar lendas como fatos.

José do Patrocínio foi um dos grandes heróis deste país, mas pela defesa de uma causa específica. Seus feitos como vereador são menores que como jornalista. Foi para o Rio ainda criança e tornou-se "carioca".

Nilo Peçanha teve seus feitos de relevância histórica como presidente da República. Como governador não teve essa relevância toda e Niterói era a capital. Inclusive, tornou-se um niteroiense. Sua atuação política, reconhecida por todos, foi maior que a de Patrocínio, sem falar que ele era republicano e o "tigre da abolição" era monarquista.

Barcelos Martins era um socialista que marcou época, assim como José Alves de Azevedo, por defender o povo mais pobre. E ficou na história devido ao golpe militar que exerceu sobre ele uma pressão imensa que causou a sua morte (na manhã seguinte à invasão da sua casa pela polícia), quando foi à capital encontrar-se com os líderes de seu partido para saber que rumo tomar. Não foi, porém, um político com expressão estadual ou nacional.

Garotinho foi governador do Estado do Rio, que já incluía a Guanabara. Ganhou projeção nacional como prefeito e como governador e, depois, como candidato a presidente. Sem governo e, portanto, sem máquina pública, elegeu sua esposa governadora (um feito inédito no Estado) e elegeu o sucessor de sua esposa. E, agora, consegue a façanha de transferir 10% dos votos do Estado para um candidato totalmente desconhecido e tem quase 700 mil votos para deputado sem conchavos, sem poder e sofrendo uma campanha violenta da mídia. Mesmo como governador, sua cidade sempre foi Campos. Vota em Campos. Tem sua residência fixa em Campos.

Antes de me chamar de fanfarrão, reflita sobre fatos, não sobre lendas. Senão, vai acreditar que Benta Pereira invadiu a Câmara montada em seu cavalo, com revólver na cintura e espada em punho.

carlinhos-j.carioca disse...

Avelino,tenho o maior respeito por vc,como cidadao,como uma pessoa culta e inteligente,a ponto de estar no momento ocupando um cargo no gov. municipal com muita dedicaçao,seriedade e competencia.Acho que as pessoas que participam,como eu nessa interaçao,deveria,por maior que fosse a sua discordancia,ter um pouco de respeito e nao usar palavras torpes de ofensa morais,como esse covarde denominado "anonimo".Apesar de discordar totalmente desse seu comentario e embora nao me sinto como nenhum "raivoso muito menos despeitado",haja visto que de uns anos para ca,campos nao consegue ser governada,ja que todos,sem excessao,tem alguma parcela de culpa(maior ou menor),ja que carregam processos com irregularidades cometidas.Portanto,todos esses nomes citados,como tambem Garotinho e a Rosinha,nao tem mais capacidade(nao posso dizer moral)para comandar Campos,devido ao passado,que nao sou eu que estou julgando e sim o que a "justiça" tem apresentado,é so ver a nossa situaçao atual,uma prefeita cassada e a quantidade de "baixa" que ocorreram nso ultimos anos.O que Campos precisa é de renovaçao,quem ja teve oportunidade e se deu mal,tem que dar lugar para outros,é a minha forma de ver,sem nenhum despeito ou raiva.Esses sao os fatos e a realidade da nossa cidade.