A forma como o advogado blogueiro Cláudio Andrade trata alguns fatos, referindo-se com humor de péssimo gosto a pessoas públicas, usando de analogia, ferindo a ética, a decência e os costumes civilizados, é uma atitude que deve ser repudiada por seus leitores com senso crítico. Eu sou um deles.
No episódio em que postei um comentário sobre Graciete Santana, uma ilustre maria-ninguém, enquanto ente público, Cláudio saiu em defesa da ética, acusando minha conduta de feri-la ao atingir, com certa ironia, a nobre professora. Muitos comentários favoráveis à sua postagem, postados por figurinhas carimbadas. Nenhuma, todavia, contra Graciete, que havia sido desleal quando baixou o nível nas acusações que fez a Rosinha Garotinho. Ou seja, contra Rosinha podem baixar o nível, mas contra Graciete não se pode escrever sequer uma frase irônica.
Agora, Cláudio tem usado, ferinamente, de analogias para tentar macular a imagem de pessoas que, até prova em contrário, nada devem à sociedade em termos de postura. Na postagem sobre o que ele considerou exoneração de Linda Mara, secretária particular da prefeita Rosinha, usou termos chulos, de mau gosto, sem referir-se nominalmente à ela e à sua irmã, Dinalva. Não é postura que se espera de um crítico que usa a mídia para expressar suas opiniões. Nem de um advogado que deseja ser respeitado.
Linda Mara não passou recibo (nem deveria) e esclareceu que foi ao prefeito interino, Nelson Nahim, pedir seu desligamento do cargo porque entende que é uma função de extrema confiança de quem exerce a chefia do executivo. E Nahim, obviamente, deve ter um nome para ocupar a pasta, o que é normal. Até aí, nada demais, justamente porque está dentro da normalidade político/administrativa.
O motivo desta postagem diz respeito à forma como Cláudio Andrade tratou a questão e o linguajar chulo que usou para ferir, com sua tentativa de fazer graça na base do humor de Faustão antes da Globo (se na Globo ele é horrível, indecente, imaginem quando era mais escrachado!), uma profissional, uma cidadã, uma secretária que merece respeito.
Cláudio, quando quiser escrever sobre a minha pessoa, enquanto profissional, cidadão ou na função pública, espero que não use as tangentes, mas seja direto (como tem sido, aliás). Espero que deixe essa linguagem de lado e escreva como sabe, tratando as pessoas com o respeito que elas merecem.
12 comentários:
Se não me engano o Claudio é cunhado do vereador Albertinho. Imagina se não fosse.
Taí, vou monitorar esse tópico com toda a atenção e ficar na esperança de que haja uma réplica de Cláudio Andrade à você Alvanir.
Às vezes, ver o circo pegar fogo é interessante, mas, mais interessante é ler você Alvanir criticar a linguagem de Cláudio, taxando-a de chula, é como ouvir o roto falando do esfarrapado, é só leres com isenção seus tópicos postados onde atiras para todos os lados, transformando aqueles que divergem de ti ou dos seus líderes, em pastiches, personas que representam o que há de pior na natureza humana, se divergem ou são covardes, ou são obtusos, ou são espúrios ou são corruptos, não podem ser apenas, opositores.
Vou ficar aqui, esperando o resultado desse debate que espero, extrapole o campo da infantilidade e seja de alto nível, afinal, num canto ringue temos um causídico, professor e escritos e no outro, um jornalista, escritor e filósofo, vai sair faísca, das melhores, espero.
Ele está deslumbrado com mídia eletrônica e se acha o comunicador. Tá virando comédia no meio. O imparcial. O exclusivo.
Rsrsrsrsrsr
Provisano,
Posso até ser irônico. Posso generalizar algumas vezes. Mas não uso o linguajar que estou acusando o Cláudio de utilizar para ferir as pessoas. Nem você. Minhas palavras ferinas (poucas vezes uso-as) não são chulas. E o Cláudio Andrade não tinha esse costume. Sempre escreveu sem usar tais artifícios. Não se trata, portanto, do roto falando do esfarrapado.
Com meu abraço,
Avelino
Para os que lêem o blog dele, Alvanir, há algum tempo, ele tem um alter-ego que vive numa cidade fictícia, se não me engano, Pindorândia, onde ele relata episódios muito similares aos que ocorrem na nossa cidade real, inclusive os nomes são parecidos com os dos personagens que vivem aqui. Isso é um recurso que podemos, com um certo esforço - muito diga-se de passagem - classificar de literário, mas daí a considerar como uma linguagem chula vai uma distância muito grande.
Como, quando leio essas postagens referentes à essa cidade fictícia, entendo ser essas postagens, produto de ficção, algo como o típico e sem graça humor britânico, muitas vezes me surpreendo com a coincidência das coisas do mundo real e me surpreendo com a frequência que elas ocorrem.
Pude ler, no blog do Cláudio, que Lindamara entrou em contato telefônico com o mesmo, dando a versão dela dos fatos, de que partiu dela a iniciativa de pedir para sair do governo e a propósito fiz lá um comentário onde exponho de forma bem clara a minha opinião à respeito desse episódio e que reproduzo em parte aqui:
"Existem duas coisas: O fato e versão do fato. Como a decisão, segundo eu soube, por fontes fidedignas de que o prefeito interino havia pedido anteriormente os cargos, ou seja ele ia exonerar mesmo Lindamara e Dinalva e isso vazou na blogosfera e para não ficar mal na foto, surge essa versão de que foi espontâneo pedido de exoneração. Sabemos todos nós que não foi bem assim, mas tudo bem, vamos fazer de conta que foi da forma que Lindamara narrou.
O que me surpreende é que, o apego aos cargos extrapola o que seria a fidelidade à quem anteriormente nomeou, ficam todos se fingindo de morto, quando manda o bom senso, que todos publicamente entregassem seus cargos, de forma a não criar constrangimento para o novo prefeito, permitindo assim que ele formasse seu gabinete livremente."
Essa é a minha opinião, nua e crua sobre tudo isso, sem ironias, sem linguagem chula, o resto não passa de pura ilação, conversa mole para boi dormir.
E mais uma vez, um forte e fraternal abraço
As palavras de avelino não são chulas. Chulo é ele próprio.
Provisano,
Essa de alter-ego é coisa de... mas vamos lá:
Nelson Nahim reuniu-se com todos os secretários e disse que não faria alteração nenhuma, que gostaria de contar com todos nesse momento, até uma decisão final da Justiça sobre o afastamento de Rosinha. Ele, na condição de interino seguiria os passos de Rosinha, até porque ela estava conduzindo exemplarmente a administração pública. Como disse depois, cobrou atitudes (o que já vinha sendo feito por Rosinha) que agilizasse mais o governo na área da saúde.
Então, até que se prove o contrário (e eu creio em Nahim), ele só fará alteração se Rosinha não retornar. Aí, é claro, todos nós colocaremos os cargos à disposição e ele manterá apenas os que desejar. É correto. Mas até agora, não o fizemos porque ele próprio pediu que assim fosse. Levou pessoas de sua estrita confiança para auxiliá-lo, mas não fez mudanças. Então, por que não acreditar em Linda Mara.
E você parece não me conhecer quando diz que não entregamos os cargos porque temos apego demais a eles. Não é o meu caso. Nunca foi e você deveria saber disso, embora eu não tenha exercido até então, cargo de confiança. (A direção do TB não era um cargo dado a mim, mas à ARTA, lembra-se?)
Abraços,
Avelino
O que Nahim falou, não invalida o que eu disse em relação ao apego aos cargos, ao contrário, reforça o que disse. O bom senso manda que todos deveriam facilitar a vida o prefeito Nahim que não pode governar sob a égide de um possível retorno da prefeita cassada, sob pena de fazer um governo a meia bomba, sob a tutela de terceiros.
E quando postei tal comentário, não poupei ninguém, independentemente de conhecer uns com mais intimidade do que outros, falei doutrinariamente, analisando o quanto as pessoas são apegadas ao poder, por isso toquei na ferida da questão de ninguém, a não ser pelo visto Lindamara (segundo a versão dela) ter tomado tal atitude. Estão todos esperando Godot pelo visto.
Em verdade nem existe essa formalidade de se entregar os cargos, eles são de livre nomeação do mandatário, o que discutimos aqui é o comportamento elegante que todo servidor público que ocupa cargos de confiança deveriam ter, para tornar mais fácil as ações do prefeito Nahim, mas essa decisão, que deveria ser coletiva, acaba por se tornar uma decisão de fôro íntimo, apesar da função ser pública, mas tudo bem, fala do ponto de vista ético.
Engana-se, quando dizes que pareço não te conhecer bem, sabes que conheço e muito, caminhamos juntos há bastante tempo para saber de qual barro fostes moldado e não costumo misturar a amizade com política, afinal amigos, quando os temos, é para a toda a vida e quanto às ideologias, ainda "quero uma para viver".
Um fraternalíssimo abraço.
Avelino...
Vc é um puxa-saco de Rosinha e da falsa Mara. Abra o seu olho, pois a amiguinha delas, Patrícia Cordeiro está fazendo a sua caveira com o atual prefeito. Admiro muito você defendê-las e sendo criticado pelas costas. A vida não é sempre um show! Acordaaaa!!!
Senhor Avelino, estranha o fato de que o blog do Cáudio Andrade, tenha se tornado o blog oficial do Governo. Será que tem algúem da assessoria de Nahim dando bola nas costas. Abre o olho Nahim!
Porém, mais estranho mesmo, é a postagem do dia 26/07 do blog do Cláudio apontando a possível vaga de subsecretário adjunto da Procuradoria. Como diria Galvão Bueno: " Taí o que Cláudio queria!"
Prof. José Carlos
Não tenho tempo de responder a todos os comentários. Registro que há uma centena deles que não publiquei, porque têm uma linguagem impublicável e, também, porque ofende pessoas outras que não eu. Quando me criticam, não temo publicar absolutamente nada, pois nada tenho a temer. Mas quando usam uma linguagem de baixo nível para atingir outras pessoas, reservo-me o direito de recusar os comentários.
Quanto ao último comentário de Provisano, escrito às 3 da madrugada, reafirmo que não erramos nem revelamos nossos apegos aos cargos ao mantermo-nos no poder. Nahim não é apenas o prefeito interino. Ele também é do mesmo time da prefeita e pediu que todos ficássemos. No caso específico de Linda Mara, ela pediu a exoneração porque trata-se de um cargo que deve ser ocupado por uma pessoa que goza da intimidade da chefia do executivo. Linda Mara não me parece ter esse apego referido por você.
Quanto ao anônimo que disse que Patrícia Cordeiro está fazendo minha caveira com Nahim, asseguro que é intriga. Patrícia é minha amiga e colabora com a Fundação em alguns eventos e no contato com artistas nacionais. Rosinha pediu que eu indicasse alguém e não consegui um nome capaz de cumprir a missão pelo salário que a Prefeitura paga. Patrícia foi me ajudar, porque conhece bem o setor de eventos e tem desemnpenhado seu papel muito bem. Quanto a "fazer minha caveira" com Nahim, é fofoca. Nem ela faria isso nem Nahim daria ouvidos. Patrícia não precisa falar sobre mim ou de mim "pelas costas" pois nos falamos diariamente e estamos juntos, mesmo quando discordamos.
Quanto ao professor José Carlos, posso dizer que Cláudio cumpre sua função, neste caso, de observador e tem todo direito de levantar hipóteses. Não creio que ele queira ser subsecretário adjunto da procuradoria.
Fale por você, caro amigo, quanto a essa questão de apego à cargos. Te conheço o suficiente para saber que não és apegado à cargo nenhum, quanto ao resto, tenho cá minhas dúvidas, mas deixa para lá, isso agora passou a ser assunto de fôro íntimo, discussão velha, que já não desperta interesse algum e cada um acredita na versão que lhe convém.
Também conheço Patrícia já há algum tempo e tenho-a como uma pessoa ética e concordo com sua análise do caráter dela, intrigas palacianas existem desde tempos imemoriais e continuarão existindo sempre, pois faz parte da natureza humana, dar ouvidos à elas é que constitue o grande problema.
Especulações também são naturais nessa altrua do campeonato, podem ou não se concretizarem e, fazendo uma correção em seu comentário à respeito do meu comentário, devo refrescar sua memória que, ponderei que nessa questão de quem fica apegado à cargo ou não, publicamente, só Lindamara é quem tomou a atitude de declarar que entregou o seu, portanto, fiz questão de excluí-la desse time, para tanto, extraí esse trecho do meu comentário mais acima, como forma de dirrimar esse seu equívoco:
"...analisando o quanto as pessoas são apegadas ao poder, por isso toquei na ferida da questão de ninguém, a não ser pelo visto Lindamara (segundo a versão dela) ter tomado tal atitude. Estão todos esperando Godot pelo visto."
O assunto, no que tange à essa questão, para mim está encerrado.
Forte, apertado e fraternalíssimo abraço.
Postar um comentário