Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







terça-feira, 13 de julho de 2010

Em briga de marido e mulher, se mete a colher

Recebi da leitora Conceição Lemes a postagem abaixo, como comentário, mas achei oportuno publicá-la com mais visibilidade e aí está:

"Em briga de marido e mulher se mete a colher, sim!
Janeiro. O ex-marido de Maria Islaine de Morais, 31 anos, a executa diante das câmeras de vídeo do seu salão de beleza em Belo Horizonte (MG).
Abril.
Orestina Soares, 53 anos, de Duque de Caxias (RJ), é assassinada a pedradas pelo namorado.
Engenho de Dentro (RJ): Dayana Alves da Silva, 24 anos, morre devido a queimaduras dois meses de o ex-marido atear-lhe fogo no corpo.
Mônica Peixinho, 28 anos, é morta com um tiro na nuca em Lauro de Freitas (BA); seu companheiro é o principal suspeito é seu companheiro.
Maio. Mércia Nakashima, 28 anos, é assassinada em Nazaré Paulista (SP); seu ex-namorado está entre os suspeitos.
Junho. Eliza Samudio, 25 anos, é assassinada em Vespasiano (MG) porque tentava provar que Bruno, ex-goleiro do Flamengo, era pai do seu filho.
A imensa maioria, porém, dessas estúpidas tragédias femininas não sai nos jornais. No Brasil, agressões contra as mulheres ocorrem a cada 15 segundos. Quanto mais machista a cultura local, maior a violência contra a mulher.
Os responsáveis por seus assassinatos são principalmente os atuais ou antigos maridos, namorados ou companheiros.
O Mapa da Violência no Brasil 2010 revela: entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio, o que significa dez mulheres assassinadas por dia no país.
Enquanto aqui ocorrem 4,2 assassinatos femininos por 100 mil habitantes, na maioria dos países europeus, os índices não ultrapassam 0,5 caso por 100 mil.”
CRESCE PROCURA PELO DISQUE 180; MAIORIA MORA COM AGRESSORES
Essa semana a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SEPM), divulgou o número de atendimentos de janeiro a maio de 2010. Somaram 271.719, um aumento de 95,5% em relação aos primeiros cinco meses de 2009 (138.985).
E VOCÊ, JÁ FOI VÍTIMA DE VIOLÊNCIA MASCULINA?
Pense um pouco na convivência com seu marido, companheiro, noivo, namorado. Alguma vez ele:
1) Xingou-a ou fez com que você se sentisse mal a respeito de si mesma?
2) Depreciou ou humilhou você diante de outras pessoas?
3) Ameaçou machucá-la ou alguém de que você gosta, como pessoas queridas ou animais de estimação?
4) Deu-lhe um tapa ou jogou algo em você que poderia machucá-la?
5) Empurrou-a ou deu-lhe um tranco/chacoalhão?
6) Deu-lhe um chute, arrastou ou surrou você?
7) Ameaçou usar ou realmente usou arma de fogo, faca ou outro tipo de arma contra você?
8) Forçou-a fisicamente a manter relações sexuais quando você não queria?
9) Você teve relação sexual porque estava com medo do que ele pudesse fazer?
10) Forçou-a a uma prática sexual degradante ou humilhante?
“Se respondeu afirmativamente a pelo menos uma dessas perguntas, você já foi ou está sendo submetida à violência por parte do parceiro”, alerta a médica Lilia Blima Schraiber, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, no capítulo Relacionamento do livro Saúde – A hora é agora. As questões 1, 2 e 3 indicam violência psicológica; 4, 5, 6 e 7, violência física; e 8, 9 e 10, violência sexual. Freqüentemente, os três tipos estão sobrepostos.
COMO SE PROTEGER MAIS: USE ESTAS ARMAS A SEU FAVOR
Conheça a Lei Maria da Penha na íntegra – Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
Central Disque 180 – É o disque-denúncia para violência contra a mulher. Vale para todo o território nacional, e a ligação é gratuita. Atende todos os dias, inclusive finais de semana e feriados, durante as 24 horas.
por Conceição Lemes".

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