Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







terça-feira, 20 de novembro de 2012

Livro sobre os 100 anos do Campos Atlético Associação na Bienal


(Foto: Oguianne Sardinha)
Wesley, na noite de autógrafos na sede do CAA na solenidade de seu centenário

O jornalista Wesley Machado lança na terça-feira (27), às 19 horas a 2ª edição revisada e ampliada do livro “Saudosas Pelejas – A História Centenária do Campos Athletic Association”, no Centro de Eventos Populares Osório Peixoto (Cepop) na 7ª Bienal do Livro de Campos. O livro, que foi pré-lançado nas comemorações do centenário do clube no dia 21 de outubro, ganhou mais 32 páginas – agora são 192 - de fichas técnicas, fotos e histórias.
Publicado pela Grafimar, o livro tem apresentação de Afonsinho, articulista da “Revista Carta Capital” e prefácio de Péris Ribeiro. A capa foi feita pelo artista plástico Fernando Luiz e a diagramação coube ao designer Enockes Cavalar. “Saudosas Pelejas” teve colaboração de Eduardo Ribeiro e Wilson Carlos, respectivamente, na escrita e na complementação da pesquisa.
Abaixo, um trecho do livro:
O Futebol chega a Campos dos Goytacazes
O uruguaio Eduardo Galeano, um intelectual de esquerda, com a primeira citação acima, considera que o futebol aliena os trabalhadores. Seria o ópio do povo, numa referência ao princípio marxista que critica a religião no século XVIII. Em contrapartida, Guy Debord na citação seguinte, afirma que o esporte das massas possibilita aos operários participarem da história como atores principais. Análogo ao que pensa George Orwell, autor de 1984, que disse: “O futebol é a continuação da guerra por outros meios. É uma mímica da guerra."
                No final do século XIX, o século da história, mais exatamente em 1894, o jogador Charles Miller, de volta de seus estudos na Europa, traz as primeiras três bolas para o Brasil, exatamente para Santos (SP). Segundo Mario Filho, “bolas de pneu número cinco”. Ainda segundo o jornalista, no Rio de Janeiro, o futebol iniciaria em 1896, com o padre Manuel Gonzáles, que “teve de fabricar uma bola de couro cru, mal curtido" e com pêlos de boi. A bola rolou no Colégio São Vicente de Paulo e ficou conhecida pelo nome de ‘peluda’.
Em Campos, o esporte bretão demoraria alguns anos para se desenvolver. A primeira bola teria chegado a gramados goitacás por volta de 1907 e teria sido trazida por artistas de um circo de cavalinhos. Os primeiros passos da arte da pelota foram capitaneados pelo palhaço-músico Alcebíades Pereira, junto a seu cunhado Adolfo Ozon, Piolim e Mesquitinha, entre outros jogadores.

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