Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







quarta-feira, 16 de junho de 2010

O TRE quer a instabilidade que favorece os corruptos

O pedido de cassação da prefeita de Campos pelo TRE é um abuso de magistrados que obedecem às ordens emanadas por mafiosos. Não há como interpretar diferente, porque não se cassa o mandato de alguém com base na denúncia de que esse alguém usou um programa de rádio para lançar sua pré-candidatura. Muito menos tornar inelegível o radialista que entrevistou essa pessoa. Quando conclamo as pessoas de bem a uma reflexão, o faço justamente pelo fato inédito protagonizado pelo TRE, numa votação de 3 a 3 e na qual o voto de minerva foi dado contra o acusado, sem levar em conta o voto do relator. Não se trata de gostar ou não da prefeita Rosinha e/ou do Garotinho, mas é uma questão de justiça. O julgamento não se sustenta juridicamente. Colocar no mesmo balaio os cassados por improbidade administrativa é baixaria. Isso para não dizer a verdade: perseguição a Garotinho, porque ele deseja ser candidato ao Governo do Estado. Ao mesmo tempo, dizem que ele está desgastado. Alguns dizem até que ele está morto. Se é assim, então, por que não deixam ele ser candidato e o derrotam no voto? A verdade é que temem uma possível vitória de Garotinho. Impediram que ele fosse candidato a Presidente da República negociando com o PMDB, que decidiu não lançar candidato, quando as bases do Partido queriam candidatura própria. A cúpula fez uma eleição partidária para saber quem seria o indicado. Rigotto e Garotinho foram para a disputa e GArotinho ganhou. Usaram a Globo para macular a imagem de Garotinho com o caso das ONGs. Não adiantou. Então, o PMDB entrou em acordo com Lula e decidiu não lançar candidato. Decidiram anular Garotinho não publicando matérias sobre ele. Vencedor na eleição de Campos, quando sua esposa foi eleita prefeita contra um esquema nunca visto de corrupção, as organizações Globo resolveram falar mal dele novamente. Não colou. A Justiça o inocentou de todas as acusações. Resolveram usar o processo de Arnaldo Vianna, de 2008, que acusava Garotinho de usar a rádio Diário (ele, como radialista, tinha lá um programa) para entrevistar sua mulher que aceitara voltar para Campos e ser candidata. Com isso, os mafiosos pensam derrotar "de vez" a família Garotinho: ele inelegível, Rosinha cassada e Clarissa, sua filha, uma das mais votadas para a Câmara do Rio, também cassada (é o que pretende o PMDB do Rio). Se isso não é perseguição, então é o que? Os pseudo-intelectuais raivosos (por inveja e despeito) insistem em macular a imagem de Garotinho e da prefeita, mas o povo não se deixa enganar. E outras esferas da Justiça que não o TRE com certeza não julgarão politicamente. E, juridicamente, a ação não se sustenta e ela não será cassada. Se for, voltará ao cargo nos braços do povo. Campos viveu anos de instabilidade política por conta da corrupção, da falta de ordem, da falta de autoridade. Há um ano e meio isso não ocorre mais. Saímos das páginas policiais para as páginas de política. O município torna-se um canteiro de obras e a prefeita e os secretários estão nas ruas, atendendo o povo, prestando contas, debatendo. O quadro é outro, muito diverso do passado recente. O TRE pretende fazer a imundice voltar. Porém, o povo não quer o estado de coisas anterior. A não ser os corruptos.

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