Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







domingo, 15 de abril de 2012

Baixaria demais

Não acompanhei o concurso que está sendo realizado pela CEPEUERJ para diversos cargos na Prefeitura de Campos. Meu filho fez a prova pela manhã e, agora à tarde, será a vez da minha filha e alguns amigos. Soube, via alguns blogs, que ocorreram problemas na Universo e alguns candidatos e seus parentes estão indignados e querem a anulação da prova.

Não entendo é o porque da carga midiática sobre a prefeita Rosinha Garotinho. Pela "choradeira" de alguns candidatos e seus parentes, segundo postagens que li, constato que há muita gente reclamando que não sabe escrever. Ou seja, dificilmente terão chance num concurso dessa magnitude, que gerou tanto interesse.

Para saber se alguém sabe alguma coisa, peça para ela escrever "na bucha", 30 linhas sobre um tema - qualquer um - ou para falar 15 minutos sobre um tema - qualquer um. Quem não sabe, começa a falar "né", "tá" e por aí vai. Ao final, os erros gritantes mostrarão que a pessoa não tem base alguma. Ou, ao contrário, a pessoa saberá falar e escrever bem e voce saberá que ela sabe. Simples assim.

Para além da incompetência, neste caso do concurso, constato a raivinha que sentem da Rosinha e do Garotinho. Buscam qualquer coisa para atingi-los politicamente. Em geral, usam o anonimato. E os blogueiros de viseira de burro publicam os anônimos e se alicerçam neles para os comentários com os quais tentam atingir a prefeita e o deputado Garotinho.

É baixaria demais.

5 comentários:

Provisano disse...

Caro Alvanir

Fale por você e não pelas milhares de pessoas que, pela incompetência de quem organizou o concurso (e antes que venhas com o discurso vazio e babaovista de que a prefeitura não tem responsabilidade com o que aconteceu de errado na Universo e coisa e tal), devo dizer que ninguém cai na esparrela de acreditar, nem mesmo você, nos argumentos que pifiamente tentas colocar, para justificar o injustificável, para defender o indefensável. O que aconteceu na Universo foi sério, muito sério. Portões abertos faltando cerca de vinte minutos para o início das provas, quando a recomendação era a de se chegasse com uma hora de antecedência, Clélia Fernandes Provisano, a quem conheces bem, foi para lá fazer a prova e testemunhou todas as cagadas que a organização do concurso lá fez. Ela, assim como milhares de candidatos, não conseguiu fazer a prova, houve de tudo, até ameaça de cárcere privado para impedir a manifestação justa e legítima daqueles que estavam indignados com a situação. Eu, comecei a minha prova no Eucarístico com meia hora de atraso, apesar de ter chegado com uma hora de antecedência e em todos os outro locais de prova, isso foi a regra, sem nenhuma exceção. São fatos inquestionáveis e contra eles não existem argumentos, a não ser um discurso vazio como o seu, onde para defender o indefensável, como eu falei acima, utilizas argumentos preconceituosos e elitistas (o que deveras me surpreende, vindos de alguém que sempre lutou contra esses tipos de coisas), tentando diminuir as pessoas que livremente se manifestam, procurando erros de gramática e sintaxe naquilo que eles escrevem, como forma de lançar uma cortina de fumaça para desviar do verdadeiro debate que é a incompetência e irresponsabilidade de uma estrutura de organização de um concurso do porte desse, envolvendo mais de 58.000 pessoas inscritas. A incompetência e a irresponsabilidade não fica apenas na esfera da UERJ, estendo-a à Prefeitura de Campos que é co-responsável pelas cagadas acontecidas na Universo e, coloco na sua conta também, uma vez que fazes parte da estrutura administrativa municipal e estás fazendo uma defesa, volto a repetir, tendenciosa, preconceituosa e elitista, logo tu, caro Alvanir, que conheci na mesma luta minha contra a opressão, contra os preconceitos e contra as elites. Eu continuo pelas mesmas veredas, já você... Fica aqui, apesar das decepções, um fraterno abraço.

Carla Andrade disse...

Não usarei de anonimato, mas também não sei se o Sr. terá a decência de publicar meu comentário.
Muito me aborrece sua falta de respeito para com os candidatos do concurso, eu estou dentre eles. Muitos de nós estão pagando cursos preparatórios há meses, cursos caros. Muitos de nós se quer tinham dinheiro disponível para pagar a inscrição, mas deram um jeito, muitos de nós vieram de outras localidades para fazer a prova, pagaram excursões, carros particulares. É um investimento Sr. Avelino, não só de dinheiro, mas de tempo, de expectativa. Estou estudando há 2 meses para essa prova, tenho uma filha de 3 anos, estou grávida de 8 meses e meio, estou desempregada e a maioria dos candidatos estão em situação semelhante ou pior que a minha. Todos buscamos emprego, e um emprego com estabilidade. Depositamos nossos maiores esforços e esperanças naquela prova e ontem vimos tudo isso ir por água abaixo. Então, nos revoltamos, damos a nossa opinião e ainda somos acusados de "sentir raivinha da prefeita", de usarmos o concurso para atacar a prefeita. Se damos nossa opinião verdadeira, somos acusados de fazer parte da oposição.
Pois com todo seu conhecimento como jornalista, professor de filosofia, como intelectual que o Sr. é, então sabe perfeitamente que um prefeito é a autoridade máxima em uma cidade, é a própria imagem da cidade, o líder. Que tipo de liderança sua prefeita exerce quando permite que um absurdo como o de ontem aconteça? Que tipo de liderança é exercido aqui em Campos quando sutilmente é o mesmo que esse governo dissesse "Ame-o ou deixe-o", que tipo de liderança é exercido aqui em que a prefeita surge sorridente na inauguração do Cepop mas não aparece para dar satisfações sobre o ocorrido ontem? E ainda se exime de culpa, culpando unicamente a Cepuerj?
Cadê representantes da prefeitura para acompanhar o concurso e se certificar de seu bom andamento (que não aconteceu)? cadê o edital de licitação para contratar a instituição que realizaria as provas?
Raiva da preita Sr. Avelino, não. Mas principalmente aqueles que votaram nela esperam nada mais, nada menos que ela exerça o papel que lhe cabe, que cumpra com as obrigações de um líder. Estou cansada de ver um governo que se esconde atrás de secretários e puxa sacos o tempo todo e que nunca tem culpa de nada. A Prefeitura de Campos é culpada pelo aconteceu ontem, a Cepuerj é culpada pelo que aconteceu ontem, e nós, candidatos também, pois vimos falhas no edital desde o início, houve reclamação, mas ninguém se manifestou, somos culpados por não não fazer a escolha certa nas urnas.
Um concurso dessa magnitude, como o Sr. mesmo falou, merece mais atenção, critérios mais rigorosos quanto a escolha a instituição que irá organizar todo o concurso, quanto a escolha dos locais para a aplicação das provas. Vou lhe dar mais um exemplo da má organização: moro no Parque Guarus, a poucos metros da E.E Félix Miranda, mas minha prova foi na Universo.
A Prefeitura não pode simplesmente jogar toda a responsabilidade da organização de um concurso nas costas de uma empresa terceirizada, e não acompanhar o seu andamento. Assim fica muito fácil se eximir de culpa quando as coisas saem erradas, além de permitir que pensemos que houve por parte de Prefeitura total descaso com o concurso e com as pessoas que participaram dele.
Como o Sr. pode constatar, sei escrever muito bem, obrigada. Sou formada em Pedagogia, sou técnica em informática, sou cidadã campista, não faço parte de nenhum grupinho político e não preciso disso para ter opinião própria e apenas quero, assim como todos os outros candidatos, que meus direitos sejam respeitados, que minha indignação seja compreendida.
Muito obrigada.

lola peralva disse...

Por considerar que vivemos numa democracia, a partir do instante que um município disponibiliza para sua população e para demais pessoas do território nacional, um concurso público, a fim de que candidatos paguem a taxa exigida e compareçam no dia e local definidos pelo edital da banca escolhida para a realização do mesmo, o mínimo que possa acontecer é a realização das provas!!!
Se, futuramente, após correção das mesmas, uma imensidão de candidatos sequer se classifiquem por não estarem aptos, é absolutamente uma outra questão.
A indignação, mesmo que fosse exclusiva de um candidato, já valeria ser considerada...Porque dentre tantos milhares de candidatos, muitos se preparam, pagam cursinhos, apostilas e seu precioso tempo a fim de obterem o sucesso merecido... Portanto, fora as "picuinhas políticas", esse fato, a ausência da prova diante da presença dos candidatos para realizá-la, merece sim, um repúdio de todos que cumpriram com a sua parte no edital da mesma.

Avelino Ferreira disse...

Carla Andrade,
Em nenhum momento deixei de reconhecer as falhas gravíssimas na organização do concurso realizado pela CEPUERJ. Para seu governo, minha esposa estaa lá, na Universo, tentando fazer a prova. Minha filha, Maria e meu filho, Ian, estavam em outros locais, eles sim, conseguiram fazer a prova sem problemas. Mas souberam o que havia ocorrida na Universo e duas outras escolas. O que ocorreu foi desastroso. Tanta desorganização é inaceitável. Aliás, parecia até proposital, pois não é admissível tanta desorganzação num certame chancelado pela UERJ. Quanto à participação da Prefeitura, só poderia ser posterior, como foi, determinando a anulação do concurso e punindo os responsáveis por sua organização. Você e algumas outras pessoas queriam a Prefeitura presente, na organização e fiscalização. Todavia, sabemos nós que, se o poder público participasse de alguma maneira, seria acusado de manipulação, favorecimento etc.. Há de convir que o contratante não pode, nem deve, se envolver. Sei que as pessoas, impotentes ante a situação, procuraram um culpado. Ninguém conhece os organizadores. Então, culpar a quem? Quem está próximo, visível. Então, culpa-se a Prefeitura e, no caso, a prefeita. É compreensível num momento de revolta, porém, não é razoável. Os concursos anulados em Macaé, Rio das Ostras, São Francisco e noutros municípios, assim como dois deles (recentemente) realizados pelo Estado, não geraram reclamações senão contra as instituições que os realizaram. Em Campos não deveria ser diferente. Meus filhos e minha esposa, como você, farão a prova novamente. Espero que consigam passar e, óbvio, que não haja mais transtornos.

Provisano disse...

Avelino agora mudou o tom, mas, arrogante que é, não admite que a prefeitura, que tem um contrato com a autarquia, errou e, levou cerca de dois dias para liberar meu comentário feito no dia 14, onde eu registrei minha indignação com o descaso, com a falta de respeito, com a incompetência que cercou todo o concurso. Mente Avelino caras Carla Andrade e Lola Peralva e, quero ver se ele vai liberar esse comentário, ou levar quase três dias para como fez com o primeiro, quando, mais uma vez tenta jogar uma cortina de fumaça, dizendo que a prefeitura só poderia agir posteriormente aos fatos, não é verdade, sua afirmação só pode ser fruto de ignorância uma vez que há mais de três semanas antes do dia do concurso, os problemas que levaram ao desfecho trágico de domingo, vinham sendo denunciados e a prefeitura fez ouvidos de mercador e deu no que deu, não foi falta de aviso. Ele, Avelino, quis sim, numa defesa pífia, desviar o foco da discussão, tentando desqualificar as pessoas que como vocês e eu, manifestaram-se de forma firme e republicana, colocando, ou melhor, querendo generalizar, nos tachando de analfabetos, enfim queria reduzir o debate à um mera discussão sobre o uso ou não da norma culta da língua e agora vem com essa conversinha fiada, respondendo à você Carla, travestido de um manto hipócrita de falsa humildade, quando na verdade Avelino és um grande de um arrogante, pedante elitista e preconceituoso, simples assim.