Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







terça-feira, 12 de maio de 2015

Câmara presta homenagem a José do Patrocínio

José do Patrocínio (09/10/1853 - 29/01/1905)

A Câmara de Vereadores de Campos vai prestar homenagem a um dos heróis campistas, José Carlos do Patrocínio, nesta quarta-feira, a partir das 16 horas, com a inauguração de uma estátua em tamanho natural no corredor cultural que o presidente da Câmara, Edson Batista, vai inaugurar, na oportunidade.

A solenidade vai contar com a Banda da Polícia Militar, que executará o Hino Nacional e o Hino da República. Dois alunos do Colégio Estadual José do Patrocínio participarão da homenagem com uma música e um poema. Em seguida, no plenário, será exibido o documentário da TV Câmara Campos sobre a vida e obra de Patrocínio. 

Depois, a atriz e pedagoga Neusimar da Hora, a professora e ex-diretora do CE José do Patrocínio, Rose Belmont e o pesquisador e escritor Mário Menezes receberão uma comenda por suas atuações contra a discriminação racial.

José Carlos do Patrocínio, abolicionista e republicano, viveu o auge de sua carreira como jornalista, escritor e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, sendo considerado o "Tigre da Abolição", com reconhecimento internacional por sua luta contra a escravidão negra. 

Com a implantação da República, regime pelo qual utou e ansiava, Patrocínio sofreu uma campanha difamatória que lhe causou muitos dissabores. Foi acusado de "monarquista" por ter feito elogios à Princesa Isabel, que assinou a lei "Áurea" e, crítico do sistema militar e ditatorial imposto por Deodoro e, principalmente, por Floriano Peixoto, o "Marechal de Ferro", acabou preso e deportado para Cucuí, no alto rio Negro, no estado do Amazonas.
Retornou ao Rio de Janeiro no ano seguinte, 1893, mas com o estado de sítio ainda em vigor, a publicação do seu jornal  "A Cidade do Rio" continuou suspensa. Sem fonte de renda, Patrocínio foi residir no subúrbio de Inhaúma.
Nos anos seguintes, a sua participação política foi inexpressiva. Numa homenagem a Santos Dumont, realizada no Teatro Lírico, quando discursava saudando o inventor, foi acometido de uma hemoptise, sintoma da tuberculose que o vitimou. Faleceu pouco depois, aos 51 anos de idade, aquele que é considerado por seus biógrafos o maior de todos os jornalistas da abolição. 






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