Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







quinta-feira, 17 de abril de 2014

América Latina perde um de seus maiores escritores

Os imortais também morrem, é claro. E Garcia Marquez deu adeus a todos nós, aos 87 anos. É colombiano, mas estava no México, onde pediu asilo político na década de 1980. Prêmio Nobel em 1982, suas obras fizeram e fazem sucesso em boa parte do mundo, desde o fim dos anos 1960. Só no início da década de 1970 é que tive acesso a elas e li e reli "Ninguém escreve ao coronel". 

Quis produzir um texto teatral do romance, mas não tive competência. Aliás, nem tentei.Só pensei. Como ele dizia, também não sei inventar. Sua obra, tida e havida como "realismo fantástico", na verdade, era só "realismo",  sua concepção, porque, "confessava", não era competente para criar. Pode?

Mas o fato é que o autor de Cem Anos de Solidão morreu e nós, latinos, sentimos muito. Mas assim é a vida: finita. Fica sua obra, que é maior que o autor.  Jornalista, Garcia Marquez confessou que era um bom escritor por ser jornalista. Homem de esquerda, foi premiado pela Academia Sueca por sua obra e destaque na luta em favor dos pobres e humilhados e ofendidos. 

Aliás, ele e Mário Vargas Llosa brigaram e pararam de se falar, creio eu, justamente por isso, tendo Vargas Llosa dito que ele era escudeiro de Fidel. Águas passadas, mas Garcia Marquez é maior que Vargas Llosa. Enfim, uma grande perda. Mesmo sabendo que ele já estava senil e não conseguiu terminar suas memórias.  

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