Quer trair seu parceiro, homem ou mulher, de maneira discreta? É só inscrever-se num dos três sites de traição existentes hoje no Brasil: Ohhotel, lançado em 11 de julho e que já tem quase 250 mil inscritos; o Ashley Madison, lançado no dia 1º de agosto e que tem 107 mil inscritos; e o Second Love, 60 mil.
A maior parte dos inscritos ainda é de homens e a maioria, mulheres e homens, é paulista. Mas o que foi constatado pela rede americana de traição Ohhotel, é que os brasileiros, homens e mulheres, traem mais que o normal se comparado a outros países: "O brasileiro trai muito e mais do que a média mundial. Numa pesquisa que fizemos, 65% dos usuários responderam que tiveram pelo menos cinco casos extraconjugais, quando, nos outros países, 70% afirmam já ter tido entre um e três casos”, afirma Lais Priolli, da Executiva do grupo.
À mesma conclusão chegou a executiva do grupo canadense Ashley Madison, a indiana (solteira) Jas Kaur, mas ela acredita que a tendência é que o percentual de mulheres aumente. “Acreditamos que no Brasil a participação das mulheres chegue a 40%”, afirma Jas. "As mulheres não têm fama porque são mais discretas e têm mais a perder do que os homens, mas a independência econômica está mudando isso".
Sobre os sites "de relacionamento", Jas Kaur reconhece que esse tipo de serviço facilita a prática da infidelidade, mas destaca que a traição existe desde o começo dos tempos e lembra que o adultério saiu do Código Penal em 2005 e desde então deixou de ser motivo de prisão no país.
O serviço, segundo ela, "é a mesma coisa que um motel. Vai quem quer. O que a gente está dizendo é: 'Se vai fazer, faça direito. Seja discreto, não vá tirar a aliança, ir a um bar e pegar uma pessoa inocente para depois ter cobrança e consequências indesejáveis", afirma a diretora do site.
Com mais de 10 milhões de usuários no mundo, o Ashley Madison investiu no Brasil 2,5 milhões de dólares no lançamento de sua página no Brasil e acredita que terá 1 milhão de usuários em um ano. Prevê gastar ainda, com marketing, até dezembro, cerca de 3,5 milhões de dólares. Os outros sites estão investindo quantias similares, porque acreditam ser o Brasil um "grande mercado" para a traição ou casos extraconjugais.
O serviço desses sites é 100% gratuito para mulheres. Já os homens têm que pagar para mandar mensagens para os seus alvos e utilizar outras funcionalidades como sala de bate-papo, acesso a galeria de fotos e envio de presentes. No Second Love, a mensalidade custa a partir de R$ 29,90. No Ashley e no Ohhtel o modelo se baseia na venda de créditos. Os pacotes mínimos custam, respectivamente, R$ 49 e R$ 60.
Quem quiser se habilitar é só buscar um dos sites na rede. E o slogan usado pela Ashley é claro e impositivo: "A vida é curta. Curta um caso". Que coisa, hein?!
(Com base em texto do G1)
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