Li, com certo atraso, a matéria do jornal O Globo sobre os problemas enfrentados pelos municípios que recebem dividendos sobre a extração de petróleo na Bacia de Campos, mais especificamente, Campos, Macaé e Rio das Ostras. A reportagem tem a aparência de séria, tem a aparência de distanciada, tem a aparência de correta, mas é enganosa, tendenciosa, quando se refere a Campos.
Cita o cartão cidadão como sendo algo recente, cujo cadastramento está ocorrendo. Na verdade, todos sabem, o cartão cidadão foi instituído em maio de 2009, permitindo que as pessoas que usam os coletivos (a grande maioria da população) pague apenas R$ 1,00 pela passagem urbana, que hoje, custa R$ 2,75. E integra o município, pois permite que as famílias do interior possam ir e voltar ao centro comercial e cultural da cidade, pagando R$ 1,00 por pessoa e não entre R$ 7,50 e R$ 16,00 (custo normal).
Cita a Cidade da Criança como dinheiro desperdiçado, quando na verdade, independentemente dos royalties (mas uma realidade devido aos royalties), é uma área de lazer para a família, com toda a segurança para as crianças que, além da diversão, têm espaços culturais e educacionais.
Cita o Centro de Eventos Populares Osório Peixoto como outro desperdício, quando na verdade é uma obra importante, reivindicada há muitos anos pelos carnavalescos e necessária para uma cidade de porte médio que não tinha espaço para eventos grandes, como desfiles cívicos, o próprio Carnaval, festa do folclore e shows públicos e particulares. A Passarela do Samba no Rio foi criticada pelas organizações Globo e, todavia, elogiada e copiada por grande parte dos Estados.
Não cita o investimento no centro comercial da cidade, que aumentou o espaço dos pedestres, limpou as calçadas, refazendo-as, assim como as ruas e o projeto é acabar com a posteação aparente, colocando a fiação submersa. Não cita as creches modelo, não cita as quase 7 mil casas de boa qualidade, em bairros com toda infra-estrutura para quem morava em áreas de risco e favelas, constituindo-se no maior programa de moradia de um município que não seja capital.
Não cita os bairros legais, que receberam toda a infraestrutura, jamais antes imaginada, valorizando terrenos e residências em mais de 150% de seu valor original.
Não cita os programas sociais nem os de vacinação, elogiados pelos Ministérios da Saúde e das Cidades. Não cita que é o município brasileiro que mais investe em saúde e que conta com serviço de emergência (caríssimo) que atende a mais de 22 municípios que nem hospitais têm.
Enfim, a matéria parte de uma verdade, de um fato, que é a queda do preço do barril do petróleo e, consequentemente, dos royalties, para tentar macular a imagem do governo Rosinha. E ainda diz do desperdício que, sabidamente, foi "obra" dos governos Arnado/Mocaiber, que preferiram distribuir dinheiro para amigos, parentes e cabos eleitorais do que investir para o bem da população. A reportagem coloca tudo no mesmo balaio, quando não há comparação das administrações Rosinha Garotinho com Arnaldo/Mocaiber.
Quem conhece um pouco dos Marinhos e das suas organizações, sabe que eles mentem e que o verbo é de acordo com a verba.