Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Peça sobre Nilo Peçanha leva centenas de pessoas à Câmara

A rainha (acima), o dragão da ignorância, o menestrel e o coro

Nilo Peçanha luta contra o dragão da ignorância 
e o coro (o povo), ora de um lado, ora do outro

A ignorância se desespera com a derrota

A pedido do Dr. Edson Batista, o dramaturgo Winston Churchill escreveu uma peça sobre Nilo Peçanha e sua luta contra a ignorância. A apresentação foi na quarta-feira, nas escadarias do Palácio Nilo Peçanha. Excelente espetáculo com grande elenco. Um musical com Átila Carvalho e figurinos de Roney Brandão. Direção do próprio Churchill. Centenas de alunos,professores, intelectuais e artistas na plateia. Vereadores, além de Edson: Rafael Diniz e Auxiliadora Freitas. O canal 152 da Câmara (VerTV) transmitiu ao vivo. A apresentação foi de Avelino e, ao final, artistas e público posaram para fotos. Foi um sucesso. Fotos|: Oguianne Sardinha.

O narrador não se envolve

Já o menestrel assume o lado de Nilo e sofre com a rainha

Nilo, afinal, convence o povo que a ignorância não é coisa boa

O coro feminino

O coro masculino

Avelino Ferreira apresentou o espetáculo

Elenco e parte do público, além de Edson Batista 
e Auxiliadora Freitas posaram para fotos. 
Estavam presentes Beth Araújo, Hélio Coelho e Welligton Paes

Edson Batista, Auxiliadora Freitas, Winston Churchill, 
Nana Rangel, Welligton Paes, Hélio Coelho, vereador Miguelito, 
Humberto Rangel, diretores de escolas, alunos...

Centenas de pessoas, maioria de alunos e professores, 
assistiram e aplaudiram o espetáculo

Um novo ângulo do elenco, autoridades e público

O elenco principal

Satisfeito, Edson Batista (ao lado de Churchill) fala à TV Câmara sobre o espetáculo 
e o compromisso do Legislativo com o resgate e 
preservação da nossa memória histórica e cultural

A "peleja do Dr. Nilo Peçanha contra o dragão da ignorância" é uma adaptação do livro homônimo de Winston Churchill. O texto e direção é de Churchill, o figurino, de Roney Brandão, a música é de Átila Carvalho (que também atua como menestrel) e a produção é de Nana Rangel. 
No elenco, Samyla Jabor (rainha), Jô Maciel (dragão), Winston Sebastian (narrador), Átila Carvalho (menestrel) e Rafael Lamparão (Nilo).
Coro Masculino: Edu Bichler, Luiz de Matos, Murilo D'Lima, Yan Freitas e Yuri Silva. Coro Feminino: Ana Luiza Corrêa, Jovana da Hora, Luiza Ambrósio, Marisângela Lage, Noêmia Morais, Nicolle Danza e Priscila Costa.

Todos receberam o livro da peça, ofertado pela Câmara

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Livro sobre prisão de Avelino na Ao Livro Verde

O livro "Opinião e crime – A história da prisão do jornalista Avelino Ferreira" narra os acontecimentos que resultaram na condenação e consequente prisão de um jornalista do município de Campos dos Goytacazes, em 2003. 
O caso de Avelino figura como o primeiro na história da imprensa tendo conduzido à cadeia um profissional do jornalismo com base na Lei de Imprensa, 18 anos após o fim da ditadura militar e seis anos antes da mesma lei ser extinta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 
A prisão do jornalista ganhou repercussão internacional, mobilizando diferentes setores da sociedade que foram às ruas de Campos pedir a libertação de Avelino. Organizações internacionais de Direitos Humanos compraram providências das autoridades brasileiras e o cumprimento do artigo 5º da Constituição Federal.

No livro, diversos personagens que atuaram nesta campanha podem reviver aqueles episódios que marcaram os meses de agosto e setembro daquele ano, entrando para história da cidade e do país. A obra traz entrevistas de Aluysio Abreu Barbosa, Aloisio Di Donato, Sofia Vecce, Viviane Terra e Maurício Monteiro, além de depoimentos de Vitor Menezes, Fernando da Silveira, Diomarcelo Pessanha, Leninha Gomes, José Cunha Filho, Andral Nunes Tavares Filho, Neuzinha da Hora, Chico de Aguiar, Ricardo Avelino, Kalinka Avelino, Zuenir Ventura, Helio De Freitas Coelho, Beth Araújo, Edson Batista, Luiz Maria Costa, Aloysio Balbi, Fernando Leite, dentre outros. 
Constam também nomes de outros personagens que participaram das manifestações e assinaram um abaixo-assinado prol da libertação de Avelino, como Rodrigo Silveira, Genilson Pessanha Nunes, Roberto Joia, Eduardo Pregal, Rosana Vinhosa, Michelle Mayrink, Paola Bittencourt, Enockes Cavalar, Anna Luíza Paixão, Ricardo André Vasconcelos, Mariangela Honorato, Suzy Monteiro, Dora Paula Paes, Silésio Corrêa de Souza, Priscila Tardin, Joseli Matias, Rodrigo Gonçalves, Silvana Rust Fotógrafa, Dibs Hauaji, Carlos Grevi, Thiago Gomes, Antunis Clayton, Paulo Pinheiro, Paulo Damasceno, Antonio Cruz, Viviane Siqueira, Cilênio Tavares, Euline Alves, Artur Gomes, Gustavo Landim Soffiati, dentre outros.

O livro encontra-se à venda na Livraria Ao Livro Verde, localizada na Rua Governador Theotônio Ferreira de Araújo, 66/68 - Centro - CEP: 28010-190
Campos dos Goytacazes - RJ - Brasil
Telefone: (22) 2726-1080

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Câmara apresenta peça sobre Nilo Peçanha nesta quarta

Na quarta-feira (27), às 19h, a Câmara de Vereadores de Campos abre as portas mais uma vez para a cultura. Será encenada nas escadarias da Casa de Leis, a peça “A peleja do Doutor Nilo Peçanha contra o Dragão da Ignorância”. De autoria do dramaturgo e jornalista Winston Churchill e música de Átila Carvalho, a peça  contará artisticamente a vida de Nilo Peçanha, único campista e primeiro negro  a assumir a Presidência da República.

O espetáculo terá duração de 45 minutos e a participação de 20 atores. Atriz de teatro desde os 9 anos de idade, Samila Jabor, 27 anos, integra o elenco.  No papel da ‘rainha ignorância’, ela representa a alta sociedade da época, que jamais aceitaria um negro no poder. “Será o dragão que vai pelejar com Nilo em nome da rainha. Está tudo lindo, inclusive o cenário e figurino, que são de Roney Brandão”.

Assessora cultural da Câmara, Nana Rangel disse que os ensaios têm acontecido todos os dias. “Há um mês que estamos ensaiando, mesmo em dias chuvosos”, afirmou. Informou ainda que todos que assistirem, o espetáculo ganharão um livro com o texto da peça. "Será uma maneira agradável de conhecer a vida e trajetória de Nilo Peçanha", concluiu.  

Churchill considera Nilo um injustiçado pela história. “A obra dele é subdimensionada. Numa época em que no Brasil só se falava em formar “doutores”, já que só os filhos das classes abastadas tinham acesso aos estudos, Nilo percebeu que a industrialização era um caminho sem volta para o país, o que veio acontecer anos depois com Vargas. Foi então um visionário. Ele então criou os cursos técnicos, as escolas profissionalizantes, inclusive a Escola Técnica Federal de Campos (hoje Instituto Federal Fluminense), a época Escola de Aprendizes e Artífices, aonde Wilson Batista chegou a estudar”, disse.

Segundo Churchill, Nilo tem uma historia interessante porque foi o primeiro negro e homem de origem simples a ser presidente da República. “Era inclusive menosprezado pelas elites de Campos que o tratavam como ‘o mestiço de Morro do Coco’, numa alusão às suas origens”.

Em seu governo, Nilo Peçanha restaurou o Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio e incentivou a policultura, com o objetivo de diminuir a dependência econômica do país. Criou em 1910 o serviço de proteção ao índio, sob a direção de Cândido Rondon.

Administrou a questão sucessória com o lema Paz e Amor e concluiu o mandato em 1910, substituído por Hermes da Fonseca. Voltou a disputar as eleições para a presidência em 1921, como candidato da chapa Reação Republicana, de oposição às oligarquias estaduais, mas foi derrotado. Morreu em 1924, no Rio de Janeiro.

Parlamento Regional reúne-se em São Francisco

 Edson Batista, presidente do Parlamento Regional 
com a vereadora Kitielly, de Quissamã

 Vereadores das Câmaras que fazem parte do Parlamento Regional
 Debatem a Segurança Pública em

 São Francisco de Itabapoana

Com a cobertura da TV Câmara, canal 152 da NET
(Fotos: Check)

sábado, 23 de novembro de 2013

Câmara de Vereadores abre as portas para o Canto Coral

O maestro venezuelano foi homenageado pela Câmara
(na foto, Jony Willian, Juan Gorrín e Edson Batista)

Antes da apresentação, uma visita ao presidente da Câmara
(Edson Batista, em seu gabinete: Edson, Juan Gorrin e Jony Willian)

O maestro regendo orquestra e coro

O coral (infantil e adulto) deu um show no foyer

Coro e dança da Orquestrando a Vida

O maestro venezuelano encerra o Seminário Internacional de 
Canto Coral na Câmara Municipal de Campos
 (Fotos; Check)

 Após o sucesso do lançamento do livro de Thiago Freitas sobre a prisão, em 2003, do jornalista Avelino Ferreira (Opinião e Crime), na quinta-feira, este sábado o Legislativo abriu as portas para a Orquestrando a Vida encerrar o Seminário Internacional de Canto Coral. Com o foyer lotado, o maestro venezuelano Juan Gorrin regeu o canto coral com parte da orquestra da Orquestrando a Vida. 

Na próxima quarta-feira, dia 27, a Câmara promove sua penúltima ação cultural, com a peça de Winston Churchill Nilo Peçanha contra o Dragão da Ignorância. Um teatro musicado com letras de Churchill e música de Átila Carvalho. Será nas escadarias do Legislativo e contará artisticamente a vida de Nilo Peçanha, único campista a assumir a Presidência da República (também o primeiro negro das Américas a assumir legalmente tal posto). 

O encerramento das atividades culturais será no dia 06, com o musical de Natal, também nas escadarias da Câmara. Neste curto espaço de tempo que Dr. Edson está à frente do Legislativo, para além da participação da sociedade nos debates, nas audiências públicas e sessões especiais (além das sessões ordinárias) e da total transparência de suas atividades, a parte cultural marcou seu início de gestão.

Foi implantada a TV Câmara (Canal 152 da NET), modernizado o site (camaracampos.rj.gov.br), criada a Biblioteca Virtual com a digitalização e disponibilização de livros de autores campistas ou textos sobre Campos) e das leis. Está sendo elaborada,  após intensos debates e reuniões com a sociedade, a nova Constituição Municipal (Lei Orgânica). E, na área cultural, a Câmara promoveu:

Peça de teatro sobre a formação da Villa de Sam Salvador dos Campos, em 29 de maio; Espetáculo sobre a Evangelização da Planície Goytacá; Sessão especial sobre Astronomia e Astronáutica, com a participação de representantes de diversos países e universidades do país; Sessão solene com apresentação de jongo, da Orquestra Municipal, da Banda da Lyra Guarany; lançamento dos livros de Avelino Ferreira, Tonico Pereira e Thiago Freitas; Homenagem a Wilson Batista no seu centenário, com show musical com Zezé Motta, Aluizio Machado, Alex Ribeiro, Julio Mota, Gilson da Mangueira, Jardel do Cavaco e Helena Rangel; Exposições de fotos antigas e telas com o tema Wilson Batista, do artista Maycon Eliodato;



Vitor Menezes sobre Opinião e Crime, de Thiago Freitas


Devorei nesta madrugada o livro do bravo colega Thiago Freitas, que nos transportou para aquele agosto de 2003, quando um juiz de Miracema (RJ) conseguiu colocar na prisão o jornalista Avelino Ferreira, por “crime de opinião”. Lançado na noite de ontem, “Opinião e Crime – A história da prisão do jornalista Avelino Ferreira” (Marka) organiza um alentado dossiê sobre o caso, tornando-se imediatamente indispensável a qualquer estudo que se faça sobre a imprensa local ou sobre a relação entre jornalismo e judiciário.

Os dias que Ferreira dormiu no cárcere, as manifestações pela sua liberdade, a saga de um jornalista contra a arbitrariedade de um juiz, tudo isso forneceria material suficiente para uma narrativa envolvente, possivelmente escrita como nos bons exemplos do Jornalismo Literário, com um autor assumindo o comando da história do início ao fim – como fez Capote em “A Sangue Frio”.

Mas não foi este o caminho escolhido por Thiago Freitas. E isso não se diz aqui em demérito da obra. Pelo contrário: sua escolha foi a de um repórter que não quis ser maior do que a notícia e seus atores, o que possibilitou o acesso à reprodução de dezenas de textos e documentos produzidos no próprio calor dos acontecimentos, moderados por ponderadas inserções do organizador da obra.

Isso permitiu, por exemplo, que o leitor tivesse a oportunidade de ter acesso, sem mediadores, ao diário produzido por Avelino Ferreira no período da sua prisão, em um dos trechos mais emocionantes do livro. O jornalista registra a surpresa com a repercussão do caso, a amargura com a falta de envolvimento de alguns personagens, e a devoção aos seus heróis locais do teatro, da música, do jornalismo.

“Mais que nunca entendi que, a despeito da grandeza e importância de um Dylan, um Sinatra, de um Chico ou Caetano, não há músico que supere Dom Américo, Luiz Ribeiro, Reubes Pess, Nelsinho Meméia, Edmar, Lula, Daltinho Freire... pois estes são os artistas da minha aldeia”, afirma.

E é pelo mesmo motivo que sou fã de batalhadores da notícia como Thiago Freitas, que com este livro se torna mais importante para mim do que qualquer Gay Talese, qualquer Tom Wolfe, qualquer Hunter Thompson.

(Texto de Vitor Menezes extraído do blog Urgente. Vitor foi uma das peças fundamentais para o sucesso da campanha pela minha libertação)

Canto Coral na Câmara, hoje, às 19:30h

A programação cultural da Câmara de Vereadores de Campos abre espaço para o encerramento do Seminário Internacional de Canto Coral, neste sábado (23), no foyer do Palácio Nilo Peçanha, às 19h30, com a presença do maestro venezuelano Juan Gorrín.

A realização é resultado de uma parceria entre a Câmara, Prefeitura de Campos, através da Fundação Jornalista Oswaldo Lima, Centro de Cultura Musical de Campos e a ONG Orquestrando a Vida. A ideia é ampliar o numero de orquestras no município.

O seminário está acontecendo desde o dia 19 de novembro na sede da Ong Orquestrando a Vida.  Ele é destinado ao Coro Infantil, Juvenil e Infanto Juvenil, reunindo vozes de 07 a 17 anos. São 170 participantes.

Segundo o diretor presidente da ONG Orquestrando a Vida, maestro Jony William Vianna, o maestro Juan Gorrín está trazendo para Campos toda sua experiência e conhecimento mundial  em Canto Coral. “O mesmo sistema que acontece na Venezuela será implementado aqui por ele. Temos uma lacuna em nossa cidade em relação ao Canto Coral, principalmente na área Infanto Juvenil, que é a base de todo canto”.

Jony disse que a proposta para 2014 é  fundar uma Academia de Coros em Campos. “O maestro Juan Gorrín será o coordenador do movimento Coral em Campos. Mesmo morando em Caracas, ele dará todo suporte necessário, estando na cidade bimestralmente”, afirmou ele.

A partir de fevereiro, outros dois grandes profissionais do Rio de Janeiro, o baixo-barítono, Daniel Soren e a soprano Danielle Bragazzi, passarão a residir definitivamente em Campos para ministrar as aulas semanalmente.

A Academia de Coros será formada inicialmente por três coros: Infantil (7 a 9 anos), Infanto Juvenil (10 a 16 anos) e Juvenil (13 a 17 anos). As aulas serão ministradas na sede da Orquestrando a Vida em três turnos.

“Nosso objetivo é dar a Campos um futuro expressivo em Canto Coral de extrema qualidade. Todo esse trabalho culminará na formação do Coro Municipal de Campos dos Goitacazes e na capacitação de todos os coristas que representarão o município através do Canto Coral. Com a visão voltada para o  futuro, a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, na pessoa da presidente Patrícia Cordeiro, almeja  que  as crianças e jovens sejam capacitados para fomentar essa lacuna em nossa cidade. Com esse importante apoio, iniciaremos a implantação da Academia de Coros”, finalizou Jony.


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Câmara de Italva rejeita contas do ex-prefeito por 8 votos a 1


Com o plenário cheio, algo não muito comum em suas sessões, a Câmara Municipal de Italva votou na noite de terça-feira (19), as contas do ex-prefeito Joelson  Gomes Soares referentes ao ano de 2012. Com oito votos contrários e apenas um favorável, as mesmas foram reprovadas. Somente o vereador Herivelto Cordeiro (PMN) aprovou e justificou seu voto declarando que estava acompanhando o parecer do TCE (Tribunal de Contas do Estado).

O ex-prefeito Joelson Soares não compareceu para explanar sua defesa e disse que não sabia da votação: “Assim como aconteceu com a votação das contas de 2011 eu não fui notificado oficialmente e isso é lamentável. Mais uma vez não tive direito a defesa. Todas as minhas contas obtiveram parecer favorável do TCE e por isso não entendo a reprovação da Câmara.”  disse Joelson. O convite para a sessão foi feito a toda população através das rádios da cidade. Mas não houve convite oficial e o ex-prefeito ele irá recorrer da decisão.
(Nota extraída do Blog de Luiz Carlos)

Flashs do lançamento do livro de Thiago Freitas

O presidente da Câmara. Edson Batista, prestigia o lançamento
 
O prefeito de Italva, Leonardo Guimarães, o ex-prefeito 
e atual vice de Cardoso Moreira, Renato Jacinto e a
 secretária de Assistência Social de Italva, Cristina Rios, 
prestigiaram o lançamento do livro de Thiago, na Câmara

O jornalista e articulista da Folha, Alexandre Bastos e Thiago Freitas
 
O mestre Fernando da Silveira, partícipe 
da história do livro, com Thiago Freitas
O médico e vereador Paulo Hirano, prestigiou o lançamento

Aloisio Di Donato, um dos artífices da campanha que 
culminou com a libertação de Avelino, com Thiago Freitas 
A educadora e intelectual Maria Elisabeth Vieira de Araújo, 
que também participou da campanha Liberdade para Avelino, 
com Thiago Freitas
Delso Gomes, velho comunista que estava à frente das 
lutas em prol da liberdade de Avelino, com Thiago Freitas

Avelino e Thiago 

(Fotos de Oguianne Sardinha)

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Como resposta às insinuações de Cláudio Andrade

Depois que o advogado e blogueiro e, há pouco, também apresentador de TV, Cláudio Andrade, resolveu assumir a defesa da Prefeitura de São da Barra e do deputado estadual Roberto Henriques, sua credibilidade, como articulista e blogueiro, foi ao chão. Não que tivesse crédito político, mas sim, leitores ávidos de um noticiário contra o governo Rosinha e os partidários de Garotinho. 

A Câmara de Vereadores de Campos se ressentia, há muito, de uma direção competente e séria. A eleição de Edson Batista foi o início de uma virada necessária para mudar os rumos do debate político. Edson Batista qualificou o debate, colocou ordem no Legislativo, acabou com o pagamento em cheque (algo abstruso na era em que vivemos), modernizou o seu site, criou a TV Câmara e disponibilizou ao público todas as informações que a sociedade deve saber e nunca teve conhecimento, com total transparência.

No caso das licitações, a mudança foi radical, promovendo pregões. Economizou ao máximo, adequando-se à legislação. Funcionários que mal conheciam a Câmara passaram a trabalhar diariamente e o ponto eletrônico foi instalado para evitar privilégios. O lema de Edson Batista sempre foi Honestidade e Competência e não há nenhum deslize em toda sua vida pública que possa macular, mesmo que minimamente, sua história.

Comprometido com o resgate e a preservação da nossa cultura, o presidente tem promovido naquela Casa de Leis um trabalho que torna a Câmara mais participativa (nunca antes a sociedade participou tanto dos debates quanto neste curto período em que Edson Batista está à frente do Legislativo), transparente e aberta para exposições, lançamento de livros, valorização dos nossos artistas e a preservação da nossa memória. A biblioteca virtual propicia a todos conhecerem nossos autores e nossas obras literárias. Todas as leis estão sendo digitalizadas e disponibilizadas ao grande público. 

Enfim, é uma Câmara que recebe o menor orçamento (per capta) da região do petróleo e a que mais realiza. O mesmo orçamento era consumido com 17 gabinetes e, agora, são 25 gabinetes, um aumento considerável na despesa, sendo que a receita é a mesma. Quem duvidar, é só fazer uma comparação com Quissamã, São João da Barra, Macaé, Cabo Frio, entre outras cidades da região do petróleo. 

Mas Cláudio Andrade insiste em fazer de conta que não vê o que ocorre. Enxerga o que deseja enxergar, para servir aos seus senhores. Quando faz insinuações (já disse isso aqui) maldosas, na tentativa de macular a imagem do Legislativo, revela-se mesquinho, covarde, pois não tem coragem de fazer acusações frontais. No que tange às licitações, elas são claras, abertas, públicas. Coloca jornalistas inexperientes para entrevistar pessoas como se estivessem acusando-as. 

Tente fazer isso comigo, Cláudio Andrade. Eu sou o principal responsável pelas aquisições de produtos e serviços da Câmara. Você tem intimidade comigo, que sempre o tratei com respeito, para me arguir sobre qualquer coisa. Insinuar que estou fazendo algo errado ou, como diria a Presidente da República, "malfeitos", é como se eu dissesse que sua moral não resiste a um vento nordeste, o que não vou fazer, porque nada tenho, ainda, que macule sua imagem quanto a honestidade. Não direi jamais que você deseja ser comprado, porque sei que não é verdade. Porém, não faça insinuações maldosas quanto a honestidade dos outros, se não tiver base sólida para tanto. 

Respondo por mim, pois nem conversei com Edson sobre suas postagens. Aliás, creio que ele nem lhe dá importância como articulista. Todavia, tomo essa iniciativa porque eu sou o responsável direto pelos pregões, pelas licitações. Você sabe disso. Aproveito para convidá-lo a assistir a peça de Winston Churchill sobre Nilo Peçanha, um presidente negro, campista, republicano, um dos construtores do Brasil Moderno e que em Campos não está a merecer a reverência que lhe devemos. Será no dia 27, às 19 horas. 

Adianto que,no ano de 2014, vamos repetir o 29 de Maio, data também esquecida; vamos reeditar a peça sobre Nilo; vamos elaborar outra sobre a própria Câmara, que tem 361 anos de história; vamos comemorar o 15 de Novembro, outra data esquecida; vamos inaugurar uma estátua de Nilo Peçanha, que dá nome à sede do Legislativo; vamos comemorar a altura os 100 anos de nascimento de José Cândido de Carvalho, como fizemos este ano com Wilson Batista. 

O projeto de visitação escolar às quintas-feiras é um sucesso, porque os jovens estudantes e professores participam de uma viagem inesquecível e a Câmara cumpre seu papel de auxiliar na formação de cidadãos, integrando a juventude a uma das esferas importantes de poder na cidade. Estamos elaborando um calendário de eventos para 2014 que a sociedade tomará conhecimento. Nada fazemos que nos envergonhe. Talvez Cláudio Andrade não possa dizer o mesmo, pois seus interesses são distintos dos nossos. 

Eu, particularmente, sempre sofri por defender os humilhados e ofendidos. Cláudio Andrade já não pode dizer o mesmo. E se algum dia fez algo em prol do nosso povo, o fez profissionalmente, sendo remunerado para tanto. Nada errado nisso, mas não lhe dá a moral necessária para fazer insinuações tentando macular a minha imagem, a minha história. Mas, é como um amigo meu diz: temos que conviver com o esgoto, até mesmo dentro da nossa casa. Eu aprendi a fazer isso, embora ainda continue não apreciando o mau cheiro.        

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Livro sobre minha prisão será lançado amanhã, na Câmara

Centenas de pessoas, principalmente os repórteres fotográficos, jornalistas, artistas e intelectuais, participaram da intensa movimentação de rua objetivando minha libertação quando fui preso, pelo que ficou caracterizado por crime de opinião (justamente porque foi motivada por artigos de jornal). O caso ganhou repercussão nacional e internacional. 

Entidades nacionais como a OAB estadual, a Associação Brasileira de Imprensa, a Federação Nacional dos Jornalistas e internacionais como Repórteres Sem Fronteiras, Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA), mobilizaram-se pedindo a minha libertação. Matérias sobre o caso foram publicadas em sites de notícias do Brasil, da França, da Alemanha, dos EUA e de diversos outros países.

Aqui em Campos, jornais (principalmente a Folha da Manhã), rádios (principalmente a Difusora), TVs, noticiaram diariamente o caso. As entidades como o Sindicato dos Jornalistas (extinto depois por manobras do sindicato estadual, com sede em Niterói), a OAB (Andral Tavares, presidente e Paulo Rangel de Carvalho, este, Conselheiro Estadual da OAB), a ARTA, a AIC, a Uniflu/Fafic, mobilizaram-se o quanto puderam. Articulistas (muitos) escreveram em jornais e blogs repudiando o ato. 

A Câmara de Vereadores merece destaque, porque mobilizou-se em favor da minha liberdade e a Comissão de Direitos Humanos protestou em frente ao presídio, com discursos dos saudosos Renato Barbosa e Sérgio Diniz. Garotinho usou de sua influência para que eu obtivesse um Habeas corpus (sempre negado). Arnaldo Vianna ajudou com recurso para que uma comissão fosse a Brasília buscar apoio do Congresso. Não dá para citar todos. Por certo vou me esquecer de muitos nomes. Que me perdoem, mas o livro traz muitas fotos e registros da campanha. Inclusive, um pequeno diário (até meio simplório), que escrevi na prisão. 

Enfim, foi algo nunca visto na história recente do município. No caso da defesa de um jornalista e da liberdade de expressão, foi único. E memorável. Thiago Freitas, filho de meu amigo e grande jornalista, Paulo Freitas, me conheceu naqueles momentos. Também ali iniciava no jornalismo, juntamente com seu primo, Alexandre Bastos.

Agora, passados 10 anos (29 de agosto a 10 de setembro de 2003), Thiago resolve escrever sobre o caso, no que ele mesmo classifica como "uma grande reportagem". Para tanto, garimpou o quanto pode, ouviu muita gente e, por certo, deve estar muito bom o livro, que terá 234 páginas e deve custar R$ 30,00 no lançamento. Nas livrarias, creio, será R$ 35,00.

A Câmara, em noite memorável, comemora o Dia da Consciência Negra

Uma sessão histórica. Assim o presidente da Academia Campista de Letras (ACL), professor Hélio Coelho, definiu a sessão solene realizada pela Câmara de Vereadores de Campos, na tarde de terça-feira (19), para entrega da Ordem do Mérito José do Patrocínio. Quatro personalidades campistas, que lutaram e lutam pela igualdade racial, foram agraciadas com a comenda. Foi uma antecipação às comemorações pelo Dia da Consciência Negra e data de aniversário da morte de Zumbi dos Palmares, líder do quilombo dos Palmares e respeitado herói da resistência antiescravagista, lembrados no dia 20 de novembro. 

Dr. Edson Batista com os vereadores e todos os agraciados

O presidente da Câmara, vereador Edson Batista, disse que a sessão só foi possível porque teve a parceria da ACL. “É um momento simbólico, onde a Câmara está homenageando pessoas que lutaram por uma sociedade mais igualitária. O sentido dessa sessão é preservar nossa história e nossa cultura”. 

Professor Hélio Coelho, falando pela ACL

Para o professor Hélio Coelho, que exerceu dois mandatos de vereador na década de 70, ocupando inclusive a cadeira de presidente da Casa, foi uma festa bonita. “Essa sessão será um marco inicial de um conjunto de ações que vamos realizar em comemoração aos 160 anos de José do Patrocínio”.

Professor Jorge de Assis na sua palestra
 
O mestre em Direito e autor de artigos e livros sobre a igualdade étnica, Jorge Batista de Assis, ministrou palestra sobre “Direitos Humanos e Ações Afirmativas – A efetivação da igualdade social”. Para ele, a desigualdade na sociedade brasileira entre negros e brancos precisa ser combatida. “Quero crer em outro futuro, onde brancos, negros e indígenas possam ter direito a sonhar e realizar seus sonhos, livres de preconceitos de toda a ordem”.

 Professor Fernando da Silveira sobre José do Patrocínio 

Já o mestre em Direito, jornalista, professor e escritor Fernando da Silveira falou sobre a vida de José do Patrocínio, lamentando que seu nome é pouco citado em livros didáticos. “É uma homenagem muita justa”.

Foram homenageados a pedagoga Lucimara Pereira Muniz, presidente do Instituto de Desenvolvimento Afro Norte e Noroeste Fluminense (Idannf); o professor e historiador Jorge Renato Pereira Pinto (in memoriam); Jorge da Paz Almeida (in memoriam), o Jorge Chinês; e o advogado, cronista e acadêmico Elmar Rodrigues Martins. A primeira comenda foi indicação do vereador Fred Machado e as demais da mesa executiva. 
 Fred Machado entrega comenda à filha de Jorge Chinês
A filha de Jorge da Paz Almeida, Clésia Glória, foi quem recebeu a comenda em homenagem ao pai. Ela propôs que o nome do seu pai virasse nome de rua. “Não é por vaidade, mas para que a cidade não se esqueça de quem ele foi, um incentivador da cultura. Agradeço a cidade de Campos que não o decepcionou em seus 94 anos de vida e nem após a sua morte”.

 Família de Jorge Renato recebe comenda de Auxiliadora Freitas
Já a comenda de Jorge Renato Pereira foi entregue à filha Elvia Pereira Pinto. “Meu pai amava a cidade de Campos. Gostaria até que o monumento em homenagem a José do Patrocínio, na praça Fatia de Queijo, na Rua Barão de Miracema, passe por uma reforma urbanística, recebendo um tratamento adequado”. 
Gil VIana entrega comenda ao mestre Elmar Martins
Em seu discurso, Elmar Rodrigues disse que “Deus me deu a cor de Otelo para que tenha ciúme da minha raça”.
Ao final da sessão houve uma apresentação de jongo, com a Cia. Gente de Teatro, sob o comando da pedagoga, atriz e animadora cultural Neusimar da Hora.

 Neusinha da Hora e o grupo de jongo emocionaram a todos


Dr. Edson Batista posa com o grupo de jongo da Cia. Gente de Teatro 

Matéria extraída do site da Câmara Municipal (www.camaracampos.rj.gov.br)