Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A ilusão de vida luxuosa no futebol

Ronaldinho e Renato Abreu

O Jornal do Brasil  publicou matéria sobre a realidade dos jogadores de futebol no Brasil. Os dados são reveladores de uma situação pouco animadora para aqueles que desejam ser atletas da bola e, atraás desse desejo, fazem qualquer sacrifício, na esperança de serem reconhecidos e tornarem-se famosos e, consequentemente, ricos.


"Em uma nação onde 16,27 milhões de pessoas vivem em situação de extrema pobreza, as cifras astronômicas do chamado "mercado da bola" seduzem jovens que vislumbram no esporte uma das poucas chances de desfrutar de uma vida cercada de luxos. Pura ilusão. A crença popular de que jogador de futebol ganha uma fortuna está longe de corresponder à realidade da maioria dos que atuam profissionalmente no país. Ao contrário, a estes está reservada uma dura luta pela sobrevivência.


De acordo com levantamento realizado pelo Departamento de Registros e Transferências da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), aproximadamente 3% dos filiados à entidade ganham mais de 20 salários mínimos. A maior parte, cerca de 80%, recebe até dois salários mínimos, e destes, pouco mais da metade recebe apenas um salário mínimo.


Mas todos querem chegar ao topo, embora qualquer um saiba que é dificílimo passar no funil, e mais raro ainda, chegar ao degrau onde estão alguns poucos (pouco mais de uma centena), grupo no qual estão Ronaldinho Gaúcho que já chegou a receber mais de R$ 2 milhões/mês e hoje, já em final de carreira, contenta-se com "apenas" R$ 1 milhão; Deivid, do Flamengo, que recebe apenas R$ 500 mil/mês, Neymar, do Santos, que não chega a R$ 1 milhão ou Renato Abreu, também do Fla, que "só" ganha R$ 300 mil.    

Se as estatísticas a respeito da remuneração não fossem o bastante, fatores como o desemprego e a não oficial, embora conhecida, interferência de dirigentes e empresários na escalação dos times tornam as perspectivas para os atletas ainda mais assustadoras. Dentro deste cenário, em que pouquíssimos conseguem alcançar o sucesso desejado, muitas são as histórias de frustração e arrependimento."

(Com base em matéria do JB)



Nenhum comentário: