Uma notícia que deve fazer muitos vereadores de todo o país colocarem as barbas de molho: um vereador paranaense ficava com dois terços dos salários de seus assessores. Ou seja, uma prática comum que só pode ser constatada pelo judiciário ou as forças policiais se os assessores denunciarem, o que não ocorre, porque, em geral, os vereadores nomeiam os assessores após o "combinado".
Assim, os assessores sabem e aceitam. Só que, no caso apurado e que gerou a prisão do ereador, os assessores traíram a confiança do "patrão" e denunciaram. O que pode acontecer em qualquer Câmara, inclusive a de Campos (claro, se tal crime estiver ocorrendo). Mas vamos à notícia, divulgada há pouco pelo JB:
O vereador de Colombo (PR) Joaquim Gonçalves de Oliveira (PTB), o "Oliveira da Ambulância", voltou a ser preso nesta segunda-feira. Ele havia sido detido em 25 de agosto por se apropriar de parte dos vencimentos de seus acessores. Desta vez, no entanto, Oliveira acabou preso, em ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP-PR), a pedido da Promotoria de Justiça da cidade, segundo a qual o vereador estava procurando os assessores para que mudassem os depoimentos prestados.
Ele foi encaminhado para o Centro de Triagem II, em Piraquara. Segundo o Gaeco, cada assessor deveria receber cerca de R$ 3,9 mil por mês, mas o vereador exigia que eles retirassem o pagamento do banco, entregassem o valor integral a ele, que, por sua vez, retornava menos de um terço da soma aos funcionários. Oliveira foi flagrado na Câmara da cidade quanto os funcionários entregavam a ele o dinheiro.
"O vereador estaria se apropriando de cerca de R$ 9 mil. Esse é um método comum, utilizado por agentes corruptos para desviar dinheiro público", afirma Leonir Batisti, procurador de Justiça e coordenador do Gaeco.
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