A defesa que faço de Garotinho tem uma justificativa incontestável: na história recente do município não há liderança com mais coragem de enfrentar as elites dominantes e que, enquanto gestor, fez a opção pelos mais pobres. Nenhum outro político de Campos teve a vida pesquisada, devassada até, com ações violentas da Polícia Federal e raivosa, por parte do Ministério Público.
Garotinho forjou sua liderança na luta, com apoio irrestrito de um pequeno grupo que nunca usou o poder em benefício próprio. Quem desejava fazer isso, saiu. Muitos desse grupo sequer fizeram parte de suas administrações no município e no Estado. Garotinho é uma liderança jamais afeita a espaços restritos, a palácios; ao contrário, um líder político que está nas ruas, atendendo as pessoas em sua casa, nos estúdios de rádios, nas manifestações públicas, no partido, nas visitas permanentes que faz às comunidades.
Uma liderança política não afeita a cargos, destemida e que, na maior parte das vezes em que conquistou o poder, estava na oposição.
Assim foi em 1988 quando, afora nós, de seu grupo político, ninguém "da pedra", acreditava na sua eleição;
Assim foi em 1988 quando, afora nós, de seu grupo político, ninguém "da pedra", acreditava na sua eleição;
o mesmo ocorreu em 1996, quando seus opositores fizeram de tudo para cassá-lo, tendo ele concorrido sub-judice (após o pleito foi provada a perseguição que sofreu e o processo, anulado);
em 1998, conseguiu o impensável para articulistas e analistas políticos: ganhou a Guanabara e chegou ao Governo do Estado;
em 2002, deixou o cargo para Benedita da Silva e, candidato à Presidência com 16 milhões de votos num minúsculo Partido, elegeu sua mulher, Rosinha, no primeiro turno à sucessão da favorita Benedita;
em 2008, coordena a campanha e elege Rosinha prefeita, contra o maior esquema de corrupção já montado em Campos e que supostamante estava com a eleição "na mão"; contra as previsões obtusas de um grupo de despeitados que fazia coro com os que afirmavam: "Garotinho está morto", conseguiu eleger, além de Rosinha, sua filha Clarissa pela primeira vez a quarta ou quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro;
e, em 2010, com o peso do Governo do Estado contra ele, elegeu-se deputado federal com quase 700 mil votos e possibilitou ao ex-deputado Paulo Feijó retornar à Câmara Federal, além de eleger sua filha Clarissa e Roberto Henriques deputados estaduais. Roberto que, após o pleito, preferiu chafurdar-se na lama de Cabral.
Alguns despeitados dizem que Garotinho vence porque oferece vantagens e, dessa maneira, Rosinha vencerá o pleiro de 2012. Cinismo ou sandice. Em todas as eleições citadas acima qual a "vantagem" que tinha para oferecer? Aliás, em 2008 o Ministério Público acusou as vantagens que Mocaiber oferecia para a eleição de Arnaldo. Todo mundo sabe disso. E a maioria votou em Rosinha. Prova de que o chamado povão não vota por causa da bolsa de compra ou do dinheirinho dado para fazer campanha ou boca de urna. Fosse assim, não teríamos votos em 1996 e muito menos em 2008, para não falar nas eleições para o Governo do Estado.
Perdendo ou ganhando estamos de um mesmo lado. O lado do povo. No mesmo grupo. Somos poucos a conservarmo-nos na mesma linha, nos mesmos trilhos. Poucos que não aceitam favores para mudar de lado. Estamos juntos porque acreditamos nas propostas de nossa liderança. Não vou citar nomes porque, certamente, esqueceria alguns e isso seria inadmissível. Mas a sociedade sabe quem somos. Se acham que nossa maneira de conduzir o processo político está errado, que busquem outros caminhos, nos critiquem, até, mas não mintam, não acusem sem provas, não façam apenas o jogo das galerias.
Aos que me chamam hoje de puxa-saco, porque fui nomeado para um cargo na Prefeitura, lembro que sigo a liderança de Garotinho desde quando entrou no PDT, elegeu-se deputado e liderou a chapa vencedora para o Diretório em 1988, sem nunca ter empregos ou cargos em seus governos. Nunca agi por interesse próprio. Discordei dele sobre coisas pontuais em alguns momentos, mas até minhas discussões com Garotinho no passado foram por causa de terceiros, muitos dos quais, constatei depois, não mereciam o embate que travei por eles.
Para terminar, lembro um artigo de 2007 no qual, ao final, quando discorria sobre a corrupção no município, escrevi:
em 2008, coordena a campanha e elege Rosinha prefeita, contra o maior esquema de corrupção já montado em Campos e que supostamante estava com a eleição "na mão"; contra as previsões obtusas de um grupo de despeitados que fazia coro com os que afirmavam: "Garotinho está morto", conseguiu eleger, além de Rosinha, sua filha Clarissa pela primeira vez a quarta ou quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro;
e, em 2010, com o peso do Governo do Estado contra ele, elegeu-se deputado federal com quase 700 mil votos e possibilitou ao ex-deputado Paulo Feijó retornar à Câmara Federal, além de eleger sua filha Clarissa e Roberto Henriques deputados estaduais. Roberto que, após o pleito, preferiu chafurdar-se na lama de Cabral.
Alguns despeitados dizem que Garotinho vence porque oferece vantagens e, dessa maneira, Rosinha vencerá o pleiro de 2012. Cinismo ou sandice. Em todas as eleições citadas acima qual a "vantagem" que tinha para oferecer? Aliás, em 2008 o Ministério Público acusou as vantagens que Mocaiber oferecia para a eleição de Arnaldo. Todo mundo sabe disso. E a maioria votou em Rosinha. Prova de que o chamado povão não vota por causa da bolsa de compra ou do dinheirinho dado para fazer campanha ou boca de urna. Fosse assim, não teríamos votos em 1996 e muito menos em 2008, para não falar nas eleições para o Governo do Estado.
Perdendo ou ganhando estamos de um mesmo lado. O lado do povo. No mesmo grupo. Somos poucos a conservarmo-nos na mesma linha, nos mesmos trilhos. Poucos que não aceitam favores para mudar de lado. Estamos juntos porque acreditamos nas propostas de nossa liderança. Não vou citar nomes porque, certamente, esqueceria alguns e isso seria inadmissível. Mas a sociedade sabe quem somos. Se acham que nossa maneira de conduzir o processo político está errado, que busquem outros caminhos, nos critiquem, até, mas não mintam, não acusem sem provas, não façam apenas o jogo das galerias.
Aos que me chamam hoje de puxa-saco, porque fui nomeado para um cargo na Prefeitura, lembro que sigo a liderança de Garotinho desde quando entrou no PDT, elegeu-se deputado e liderou a chapa vencedora para o Diretório em 1988, sem nunca ter empregos ou cargos em seus governos. Nunca agi por interesse próprio. Discordei dele sobre coisas pontuais em alguns momentos, mas até minhas discussões com Garotinho no passado foram por causa de terceiros, muitos dos quais, constatei depois, não mereciam o embate que travei por eles.
Para terminar, lembro um artigo de 2007 no qual, ao final, quando discorria sobre a corrupção no município, escrevi:
Tudo isso me envergonha, me causa asco, mas sou impotente para fazer algo. Minha idéia é mobilizar as pessoas contra a Justiça (que não julgava os processos contra Arnaldo e Mocaiber), mas não vejo pessoas de coragem para tanto. Há, por despeito, uma onda anti-Garotinho no município (...) no entanto, os problemas do município, que desmoraliza o campista e causa nojo nas pessoas de bom senso, surgiram em 1998 e justamente com os doutores. Os dados não mentem. E se com Garotinho Campos tinha o Índice de Desenvolvimento Humano na 19ª colocação, hoje ocupa a 48ª . Os intelectuais torcem o nariz para Garotinho, porque ele é a liderança política. Mas não se manifestam contra a corrupção e descompostura de um poder público que fez da bandidagem sua política. Os intelectuais fazem coro com uma burguesia que jamais ficará ao lado deles, até porque, enquanto os nossos intelectuais são, em grande parte, sérios e honestos, a burguesia conivente com o poder em Campos é oportunista, canalha e corrupta.
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