Anistia para bombeiros e policiais é aprovada
Matéria do jornal O Diário
Finalmente, os bombeiros militares do Estado do Rio de Janeiro poderão ficar livres das severas penalidades aplicadas pelo governador Sérgio Cabral (PMDB), que inclusive custou a prisão ilegal de alguns profissionais em razão de participação no movimento de greve do início do ano. Nesta quinta-feira, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei nº 3.424/12, do deputado Anthony Garotinho (PR), que concede anistia a policiais e bombeiros do Rio.
“Eles foram covardemente e arbitrariamente perseguidos pelo governador Sérgio Cabral. Todos devem lembrar que eles foram levados para Bangu 1, um presídio de segurança máxima, e alguns expulsos das corporações apenas porque participaram de movimentos reivindicatórios para ter direito a um salário digno. Eles tinham direito a uma prisão especial, mas foram humilhados de forma covarde pelo governador. Agora, a Câmara começa a fazer justiça a esses homens que passaram anos arriscando a própria vida para defender e salvar a população”, ressaltou o parlamentar.
Deputado: justiça aos militares
Segundo Garotinho, a Câmara fará justiça aos militares. “Muita gente já esqueceu a covardia feita com homens que passaram muitos anos arriscando a própria vida para defender, proteger e salvar a população. Cabral agiu como um ditador quando decidiu se vingar de pais de família, apenas porque exerceram o seu direito de reivindicar melhores condições de trabalho. Isso não pode ficar assim. Tem que ser feita justiça”, cobrou o parlamentar.
A categoria, cujo piso salarial era de R$ 950,00, reivindicava salário de R$ 2 mil, além de melhorias das condições de trabalho e benefícios, como vale-transporte.
Em julho do ano passado, devido à intransigência e a falta de diálogo praticada pelo governador, cerca de 400 bombeiros e dois policiais militares do Rio de Janeiro foram presos durante manifestação por aumento de salários, ameaçados de serem expulsos da corporação e condenados pela Justiça.
O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) chegou a invadir o quartel central do Corpo de Bombeiros, ocupado por militares da corporação por melhores salários.
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