Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Celidônio vai preparar um prato especial na Bienal


O gourmet paulista (radicado no Rio, onde foi morar em 1964) José Hugo Celidônio vai estar às 20 horas no Botequim Literário para, juntamente com o escritor campista Winston Churchill, abordar o tema Artes e manhas da Culinária. Mais ainda: Celidônio vai brincar os presentes com um arroz e um filé de peixe feitos na hora.

José Hugo Celidonio desembarcou no Rio com a mulher, Marialice, e os filhos Geraldo e Mário Sérgio em 1964 e foi morar na Avenida Delfim Moreira, de frente para o mar. "Tinha dinheiro para um ano e nenhuma idéia sobre o que ia fazer", conta.

Foi dono de dois restaurantes de frutos do mar e depois comandou, até 1973, o Flag, bar em Copacabana que virou parada obrigatória da boemia local. "Tivemos até Chico Buarque dando canja", recorda-se. Para a vida familiar, a rotina era um desastre. "A gente se desencontrava. Ele chegava de madrugada e quando acordava eu já tinha saído de casa", lembra Marialice, sua esposa há quarenta anos.

Quando deixou o Flag, começou a escrever sobre gastronomia e restaurantes em jornais e revistas. A vida entre caçarolas, para valer, começou só no fim dos anos 70. A convite da revista Gourmet, organizou cursos com chefs famosos, como Alan Chapel e Pierre Troisgros, na casa de Botafogo onde funcionava a publicação. Um belo dia, abriu o local ao público para apresentar um pouco do que os professores haviam ensinado. "Daquele dia em diante, não me deixaram mais fechar as portas", conta Celidonio.

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