Antes do lançamento, que se transformou em uma tarde de autógrafos, Zeca Baleiro e o compositor Mauro Santa Cecília, parceiro de Frejat, do Barão Vermelho, deram uma aula sobre a forma de letrar melodias, cada um falando de suas experiências pessoais e respondendo perguntas de uma platéia que lotou a Arena Cultural da Bienal. O debate foi moderado por Aloysio Balbi.
Tanto Zeca Baleiro quanto Mauro Santa Cecília concordaram que a música é um importante vetor para tornar a poesia mais popular, inclusive, as poesias acadêmicas de poetas consagrados. Foi citado como exemplo, os casos de Cecília Meireles que teve um poema nacionalmente conhecido depois de musicado por Fagner e o de outro grande nome da poesia brasileira, João Cabral de Mello Neto, que teve “Morte e Vida Severina” musicado por Chico Buarque de Hollanda.
Segundo a curadora da Bienal, Suzana Vargas, o objetivo da mesa foi justamente debater esta questão que começa a ganhar corpo nos eventos culturais, até porque, grandes letristas acabam derivando para a literatura, como o caso mais representativo o de Chico Buarque de Hollanda, cujo livro “Leite derramado”, acaba de receber o prêmio Jabuti como de melhor livro do ano. Zeca Baleiro acaba de entrar para este time de compositores- escritores, o mesmo acontecendo com o outro convidado Mauro Santa Cecília, que já escreveu um livro intitulado “Cão com Cabelo”.
Extraído do sítio eletrônico da Prefeitura de Campos
(Fotos: César Ferreira/secretaria de Cultura)
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