"A herança de Nahim". Esta frase foi ouvida nos corredores e gabinetes da Câmara de Vereadores nos últimos dias, ditas por assessores e vereadores dos eleitos que assumiram suas respectivas salas no Palácio Nilo Peçanha. E o motivo era um só: o ex-presidente da Casa, Nelson Nahim, devolveu R$ 1,2 milhões à Prefeitura, deixando o Legislativo sem um centavo em caixa, com todos os contratos findados em 31 de dezembro e sem material em estoque.
Os vereadores reclamam que seus gabinetes não estão equipados com telefone, computadores, alguns estão sem pintura e sem mesas e cadeiras. Os aparelhos de ar condicionado apresentando defeito pois não tinham manutenção. Fios descobertos, vidros quebrados, luminárias queimadas, persianas quebradas, algumas amarradas, tacos soltos. A todo momento, um aviso dos funcionários: não há gás, acabou o papel higiênico, não tem água. Na parte externa, as plantas mortas e a grama morrendo por falta de cuidado com o jardim.
Como diretor da Câmara, fui pressionado a "dar um jeito", mas tivemos que contar com a boa vontade da Prefeitura que cedeu guardas municipais e está colaborando para que o Legislativo não feche as portas até que seja aberto o orçamento e a direção tenha recursos para manter o prédio funcionando normalmente, assim como os gabinetes dos vereadores sejam equipados.
Alguns vereadores comentaram que Nelson Nahim "jogou para a galera" ao propagar que devolveu dinheiro para a Prefeitura, deixando uma herança maldita para seu sucessor. No caso, Dr. Edson Batista e, claro, a nova Mesa Diretora.
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