Alguns médicos de Campos têm reclamado muito do "caos na saúde" e usam os blogs para uma denúncia aqui, outra ali. Não vi ainda uma cópia de documento com as denúncias enviado à prefeita Rosinha Garotinho. Li no blog do Bastos mais uma denúncia contra os gestores da saúde a contra a prefeita, mas também não consta a cópia de algum documento que tenha sido encaminhado à prefeita.
Confesso que também erro, pois vou às unidades básicas de saúde (não tenho plano de saúde) e aos postos de urgência e constato que os médicos não trabalham quatro horas. Nas UBSs atendem uma quantidade pré-estabelecida de pessoas, geralmente em menos de duas horas e vão embora; nos PUs, num plantão com três médicos, só um fica atendendo (às vezes, dois) enquanto os demais descansam ou vão para suas casas.
Os médicos erram porque reclamam nos blogs mas não se dirigem ao Executivo. E eu, porque não comunico o fato dos médicos não cumprirem seus horários. Só que não uso o recurso dos blogs para acusá-los, pois antes, eu deveria documentar o fato na Secretaria de Saúde e, dependendo do caso, no Gabinete da prefeita.
Os que reclamam tanto dos problemas da saúde no município o fazem (pela maneira como reclamam) demagogicamente, politiqueiramente, pois fingem não ver os avanços obtidos nos últimos anos. Quando falam em caos na área de saúde devem estar no passado recente, que era um caos realmente. Hoje há problemas (sempre haverá) mas são infinitamente menores que os que existiam.
Quanto aos salários diferenciados para os médicos da cidade e do interior, creio que isso é inconstitucional. Minha irmã é professora do Estado em São Fidélis, onde vai três vezes na semana. São R$ 11,00 de passagem que, a cada semana, somam R$ 66,00. Em um mês, R$ 264,00. E seu salário é de R$ 850,00. Como professor é mais importante que médico, pois este é cria daquele, o salário é baixo demais. Eu disse a ela: minha irmã, deixe o Estado. Ela não deixa. Todavia, não faz do seu emprego um "bico".
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