Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







terça-feira, 11 de outubro de 2011

Fome alarmante e muito alarmante na África e Ásia

Um relatório publicado nesta terça-feira pelo IFPRI (Instituto Internacional de Investigação sobre a Alimentação), em parceria com mais três ONGs, indicou que 26 países, em sua maioria da África-subsaariana e Ásia, apresentam níveis de fome "alarmantes" ou "muito alarmantes".

 
O relatório sobre o Índice de fome no mundo em 2011, assinado também pela Acted (Agência de Ajuda de Cooperação Técnica e Desenvolvimento), a Concern Worldwide e Welthungerhilfe, mostra que "o número de famintos caiu desde 1990, mas não significativamente, pois segue alto o nível o que correspondente a uma situação grave".

 
Baseado em dados coletados entre 2004 e 2009, o IFPRI calculou o número da fome a partir de três critérios: a taxa de desnutrição, a taxa de desnutrição infantil e a taxa de mortalidade infantil. Com isso, o índice dos países eram classificados em 5 categorias: baixo, moderado, grave, alarmante e muito alarmante.

 
Mundialmente o índice de 2011 diminuiu 26% em relação a 1990, e passou de 19,7 para 14,6 --medição considerada grave.


De um total de 122 países pesquisados, os quatro que apresentam um índice muito alarmante são os africanos Burundi, Chade, Eritreia e República Democrática do Congo.

 
Em seis países a fome piorou entre 1990 e 2011: RDC, Burundi, Coreia do Norte, Comores, Suazilândia e Costa do Marfim. No sentido oposto, 19 países saíram das categorias alarmante e muito alarmantes, entre eles, Angola, Bangladesh, Etiópia, Moçambique, Nicarágua, Níger e Vietnã.

 
"A situação geral da fome no mundo continua grave. O recente aumento e a volatilidade dos preços agrícolas constituem, como em 2008, uma ameaça para a segurança alimentar mundial e expõe vários lugares e grupos vulneráveis a um risco crescente de padecer de fome", diz o relatório.

 
Entre as causas apontadas estão a "utilização crescente de produtos agrícolas para a fabricação de biocombustíveis, os fenômenos meteorológicos extremos e as mudanças climáticas, bem como o aumento excessivo do volume das transações nos mercados agrícolas".

 
Na ausência de dados suficientes, a classificação não leva em conta a situação do Afeganistão, Iraque, Papua, Nova Guiné e Somália, e reflete o impacto da crise alimentar de 2010 e 2011 ou a fome que atinge atualmente o Chifre da África.
(Matéria extraída da Folha de São Paulo)

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