(Fotos do jornal virtual Campos 24 Horas)
Em defesa dos royalties, cerca de 500 pessoas fecharam a BR-101
próximo ao Aeroporto e, sobre um trio elétrico, discursaram
presidentes de entidades e vereadores (na foto, Fábio Ribeiro)
A paralisação da BR causou engarrafamento gigante
Mais tarde, um ato público em defesa dos royalties
foi realizado na Praça São Salvador
A possibilidade de perder os royalties do petróleo da Bacia de Campos na votação do veto da Presidente Dilma Roussef à emenda que redistribui o dinheiro para todos os municípios e estados brasileiros, que está sendo realizada no Congresso Nacional, motivou cerca de 500 pessoas a fechar a BR-101, no quilômetro 5, próximo ao Aeroporto Bartholomeu Lyzandro, em Guarus.
Um trio elétrico foi colocado na pista para que os representantes da entidades falassem, assim como dirigentes partidários e vereadores que para lá se dirigiram ao saberem da manifestação, Às 10 horas da manhã desta quarta-feira. A BR ficou interditada por cerca de 2 horas.
Na parte da tarde, outra manifestação foi realizada na Praça São Salvador. Os jornais virtuais Ururau e Campos 24 horas cobriram os eventos e, amanhã, os jornais impressos devem trazer matérias sobre as duas manifestações. Rádios e TVs também deram cobertura ao fechamento da BR.
Em Brasília, os deputados do Rio de Janeiro, principalmente o líder do PR, Anthony Garotinho, tentaram impedir a votação. Renan Calheiros, que presidia a sessão cortou o som dos microfones para não ouvir o Garotinho, que acabou discutindo acirradamente com ele. Mas o fato parece consumado: a maioria do Congresso quer a partilha dos royalties e vai conseguir. Caberá recurso ao Supremo Tribunal Federal, mas não se sabe o resultado.
Às prefeituras da região, que têm na receita oriunda dos royalties a maior parte de seu orçamento, terão que se adequar à nova e terrível realidade, demitindo pessoas, fechando programas sociais e investimentos em infra-estrutura,. além de postos de saúde e o encerramento dos convênios firmados com hospitais, universidades e outras instituições. No início, será o caos, até que se acostumem com os apertados orçamentos da minguada receita própria.
Mas, claro, o STF pode entender que não se pode atropelar a Constituição da maneira como estão fazendo a maioria dos deputados e senadores, infringindo a ética, ferindo a Federação e desrespeitando contratos firmados e em vigor. E, obviamente, manter os royalties e deixar aberto ao debate os contratos a serem firmados sobre os royalties a serem pagos pela extração do petróleo na chamada camada do pré-sal.
Porém, quem garante?
E por falar em royalties e possibilidade de quebradeira de municípios produtores e perdas extraordinárias de receita para o Rio de Janeiro, por onde anda Sérgio Cabral?
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