Corinthians e Palmeiras homenageiam Sócrates antes do jogo deste domingo (foto: Danilo Verpa/Folhapress)
Estava numa missão política no interior quando soube da morte de Sócrates, ídolo corinthiano. Quando cheguei à casa os blogueiros já haviam noticiado o fato. Fiquei triste com sua morte, porque o admirava, como grande parte de seus admiradores, não apenas porque era um bom jogador de futebol, mas porque era um dos poucos atletas de onta deste país que tinha senso crítico e uma visão ampla de mundo. Um dos poucos atletas politizados que expunha suas opiniões, sempre abalisadas.
A vida é assim mesmo. A gente vive sabendo que morrerá um dia. As justificativas são várias: fulano fumava muito: não se cuidava; bebia demais; era viciado, etc.. A verdade, todavia, é que a gente morre de um ou outro motivo. E, ao passarmos dos 50, o organismo está enfraquecido. Uns mais e outros menos. Tem gente que bebe muito e vive muito. Tem gente que fuma muito e vive muito. Tem gente que usa drogas a vida inteira e vive muito.
Sócrates tinha 57 anos. Gianechinni, 38. Só para citar dois exemplos de homens que foram acometidos por doenças. Uma cirrose e um câncer. Claro que devemos evitar os abusos, mas não são eles as causas das mortes. Morre-se novo ou velho, por acidente ou doença. Gostaríamos que Sócates vivesse mais. Para nós, ele merecia, por tudo que representou como pessoa, como atleta, como cidadão. Mas não deu. E todos sentimos sua perda, como sentimos a perda de todosque amamos ou que admiramos.
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