O jornalista Thiago Freitas autografa hoje, no estande da Associação de Imprensa Campista, na Bienal do Livro de Campos, seu livro Opinião e Crime, contando minuciosamente a história da minha prisão em 2003, que ficou caracterizada internacionalmente como "crime de opinião".
A obra é ilustrada com dezenas de fotos - na OAB/Rio, na ABI, no Congresso Nacional, na Câmara de Vereadores e de manifestações populares - no desfile do Sete de Setembro, no Calçadão, em frente ao presídio - e com participação de Edson Batista, Garotinho, Sérgio Diniz, Renato Barbosa, intelectuais, poetas, atores de teatro, fotógrafos e jornalistas.
Vale a pena um bate-papo com o autor do livro que me conheceu justamente na ocasião em que fui preso e, 10 ano depois, insistiu para registrar o que ele considera um momento histórico e único na minha vida e na cidade de Campos. Logo depois, a Lei de Imprensa, na qual fui enquadrado, foi extinta e a cadeia tornou-se um presídio feminino.
A pesquisa de Thiago traz à tona os fatos, as versões dos atores envolvidos, o apoio recebido pela minha esposa e Di Donato e Sofia Vece, que estavam à frente do movimento, a repercussão nacional e internacional (com a ONU, OEA, Repórteres Sem Fronteiras), com matérias de jornais e sites de notícias os mais diversos.
Aproveito para dizer que aquela condenação e prisão fazem parte da minha vida de derrotas na luta por uma sociedade mais justa, baseada nos princípios do Direito, da Ética, e não unicamente da Lei, pois esta, quase sempre, favorece o statu quo e mantém o sistema que sustenta a burguesia desde as revoluções dos séculos XVII e XVIII, quando os burgueses assumiram o poder.
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