Chego à casa e, ao ler os jornais virtuais do Rio e São Paulo, sou abalado com a notícia da morte de Jair Rodrigues. Artista, para nós, parece imortal. Não é gente, mas sim, deus. Todavia, só parece, pois o artista é gente e é mortal. E Jair já estava com 75 anos.
"É a vida", penso. Porém, quem conheceu Jair e foi seu fã (continuarei sendo) não consegue deixar a tristeza de lado, embora lembrando da alegria do cantor. Alegria que ele espargia na vida particular e nos palcos.
Um dos maiores intérpretes da MPB, juntamente com Elis Regina, de quem era amigo, Jair Rodrigues ganhou notoriedade com Disparada, de Geraldo Vandré. Nessa época, 1966, Jair já era sucesso cantando com Elis Regina (1965, em O Fino da Bossa). Ganhou notoriedade, inclusive, como intérprete de sambas enredo.
Gravava um disco por ano e realizou turnês pela Europa, Estados Unidos da América e Japão. E teve discos lançados no Japão, países asiáticos e sul americanos. Foi considerado o Rei da Música Negra. Seu último show foi com o filho, Jarzinho (Jair de Oliveira) no dia 30 de abril. Seus dois filhos, Jair e Luciana Mello também são cantores de relativo sucesso.
Seu corpo está sendo velado na Assembléia Legislativa de São Paulo e será sepultado, apenas com a presença da família e amigos, no cemitério Gethsemani, no Morumbi. Ele morreu de um infarto do miocárdio, na sauna de sua casa, em Cotia (SP).
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