Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sexta-feira, 25 de abril de 2014

Prodígio da literatura portuguesa em palestra na Estação

Na véspera dos 40 anos da Revolução dos Cravos, que libertou Portugal da ditadura salazarista (25 de abril de 1974), o escritor português Gonçalo Tavares proferiu palestra para um grupo seleto de escritores e alunos dos cursos de literatura da Estação das Letras (que comemorava 18 anos de existência). 

Eu e Nana Rangel estávamos lá, convidados que fomos para o evento pela proprietária da Estação, a reconhecida poeta e escritora Suzana Vargas. Gonçalo Tavares não falou sobre a Revolução dos Cravos, mas sim sobre a Europa hoje que tem como palavra de ordem a "eficácia", o que leva os donos do poder a considerar o outro não como um ser humano, mas sim um meio para faturamento.

Nesse sentido, a arte valorizada é a utilitária,  causando prejuízo à criação e aos criadores. Gonçalo Tavares é um romancista com mais de 30 livros, traduzido em 46 países e, no Brasil, boa parte de sua obra foi publicada pela Cia. das Letras. Angolano de Luanda, nascido em 1970, Gonçalo Tavares mudou-se ainda criança para Portugal. Ganhador de vários prêmios, destacando-se o José Saramago, em 2005, Gonçalo também venceu diversos concursos literários de nível internacional.

Sobre ele, José Saramago escreveu: "já previ que em 30 anos, se não antes, ele vai ganhar o Prêmio Nobel e tenho certeza de que minha previsão vai se tornar realidade. Só lamento que não estarei aqui para lhe dar um abraço de congratulação".  O Le Monde refere-se a ele como "prodígio da literatura portuguesa". 

Nenhum comentário: