Dr. Edson Batista, presidente do Legislativo e responsável
pelo retorno ao povo de Campos do acervo do Monitor Campista
“São 180 anos de história, cujo primeiro registro é datado de 1834. Aqui
temos registros de fatos como Estado Novo de Getulio Vargas e tantos
outros importantes para nossa história. É muito importante poder dar
esse presente para a população”, disse Edson Batista, acrescentando
ainda:
“Já estamos entrando em contato com a Biblioteca Nacional, pois
ficaram de fazer um trabalho de higienização, recuperação, digitalização
e microfilmagem do arquivo e vamos fazer isso aos poucos, pois o custo é
muito alto e sozinha a Câmara não tem como arcar, mas vamos buscar
parcerias que possibilitem o trabalho”, completou o presidente da
Câmara.
“Na exposição estaremos apresentando o Monitor Campista, através do
próprio Monitor já que conseguimos recuperar todos os cadernos especiais
do jornal, inclusive os editados a partir de 2007 a 2009, que contam a
história de 173, 174 e 175 anos do jornal”, disse Wellington, que é o
curador da exposição do Memorial.
Wellington Cordeiro, curador da exposição
“Se a felicidade absoluta não foi possível, já que seria o não
fechamento da empresa Monitor Campista, pelo menos um alento de ter o
rico acervo de volta”. A frase foi dita pelo fotógrafo Wellington
Cordeiro que, ao lado do presidente da Câmara Municipal de Campos, Edson
Batista, e o diretor de Multimídia da Casa de Leis, Wilson
Heindenfelder, acompanhou a chegada do acervo do terceiro jornal mais
antigo do país, Monitor Campista, em sua volta para casa, fato este
ocorrido na tarde desta terça-feira (15/04).
Quando perguntado sobre a importância do retorno do acervo do Monitor
para Campos, Wellington Cordeiro disse que: “Tirando a questão emocional
que quando soube que o caminhão tinha chegado e corri pra cá, pois
queria ter certeza isso realmente tava acontecendo, o que era o grande
sonho da gente, principalmente quem trabalhou lá, por outro lado dá uma
satisfação de estar reparando um grande erro.
Desde quando foi fechado
em 2009, imediatamente lançamos a campanha Viva Monitor, fizemos duas
manifestações na cidade, mas infelizmente não tivemos a força suficiente
para reparar essa perda para cidade e agora com a adesão da Câmara
nessa luta, juntos conseguimos trazer o acervo e não só isso, mas
garantir que ele seja cuidado da maneira correta, principalmente com a
promessa da Câmara de fazer um trabalho de digitalização de todos os
jornais.
Isso é muito importante para que o acesso chegue a todos
arquivos, pois o jornal não dá já que são páginas de quase duzentos
anos, são muito frágeis. A digitalização vai permitir um acesso
ilimitado, talvez até mais tarde no próprio site da Câmara”, finalizou.
Os volumes do Monitor quando chegaram à Câmara
São 273 edições que
temporariamente vão ficar abrigadas em uma sala da Câmara preparada
especialmente para receber o Memorial Monitor Campista, que será
apresentado às autoridades do município, jornalistas e representantes de
movimentos sociais nesta quarta-feira (16/04), às 17h, ao som da banda
da Polícia Militar e da Orquestrando a Vida. No Memorial ficará exposto o
acervo do jornal, peças como a primeira máquina impressora (prelo), um
prelo de rolo e uma máquina de escrever e imagens fotográficas doadas
pelo Museu Barbosa Guerra, do arquivo pessoal de Wellington Cordeiro e
do historiador e ex-funcionário do Monitor Campista, Hélvio Cordeiro.
Edição de 1839
Registre-se que a redação do Monitor Campista foi a primeira a ser beneficiada com a luz
elétrica, em 24 de junho de 1883, antes das empresas do Brasil e da
América do Sul.
(Extraído do jornal virtual Ururau - Fotos: Gerson Gonçalo)
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