Os imortais também morrem, é claro. E Garcia Marquez deu adeus a todos nós, aos 87 anos. É colombiano, mas estava no México, onde pediu asilo político na década de 1980. Prêmio Nobel em 1982, suas obras fizeram e fazem sucesso em boa parte do mundo, desde o fim dos anos 1960. Só no início da década de 1970 é que tive acesso a elas e li e reli "Ninguém escreve ao coronel".
Quis produzir um texto teatral do romance, mas não tive competência. Aliás, nem tentei.Só pensei. Como ele dizia, também não sei inventar. Sua obra, tida e havida como "realismo fantástico", na verdade, era só "realismo", sua concepção, porque, "confessava", não era competente para criar. Pode?
Mas o fato é que o autor de Cem Anos de Solidão morreu e nós, latinos, sentimos muito. Mas assim é a vida: finita. Fica sua obra, que é maior que o autor. Jornalista, Garcia Marquez confessou que era um bom escritor por ser jornalista. Homem de esquerda, foi premiado pela Academia Sueca por sua obra e destaque na luta em favor dos pobres e humilhados e ofendidos.
Aliás, ele e Mário Vargas Llosa brigaram e pararam de se falar, creio eu, justamente por isso, tendo Vargas Llosa dito que ele era escudeiro de Fidel. Águas passadas, mas Garcia Marquez é maior que Vargas Llosa. Enfim, uma grande perda. Mesmo sabendo que ele já estava senil e não conseguiu terminar suas memórias.
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