As vendas de computadores no Brasil estão estagnadas, segundo a Abinee (associação do setor). De janeiro a setembro, a comercialização de PCs cresceu apenas 1% ante igual período de 2011, com 11,8 milhões de unidades que incluem produção nacional e uma pequena parte importada.
"Já chegamos a ter crescimentos de 15% e até de 20% nos últimos anos. Isso é reflexo do sentimento de cautela do consumidor devido à crise internacional", diz Hugo Valerio, diretor da Abinee. A indústria já sente o avanço modesto, mas espera reação do comércio no Natal, segundo o executivo.
A queda está concentrada nos computadores de mesa (-12%), com apenas 5 milhões de unidades vendidas. Os notebooks registraram aumento de 13%.
"Os desktops recuaram, mas isso é uma tendência em razão da mobilidade dos notebooks que estão com capacidade cada vez maior", diz. O mercado de tablets, por outro lado, avançou 188%.
"O crescimento é grande porque é um produto novo. Muitos compram achando que vai substituir o PC, mas depois percebem que é um dispositivo com funções mais restritas", afirma.
Os celulares tradicionais também tiveram retração, de 29%, enquanto os smartphones cresceram 74% e passaram a representar 26% do total de telefones móveis.
(Coluna Mercado Aberto da Folha de São Paulo)
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