Elba Rosa Pérez Montoya, ministra da Ciência e Tecnologia e meio Ambiente
Reunião com a ministra no Hotel Ambos Mundos em Habana Vieja
De Campos na reunião: Avelino e Edson Correa e Annabell (UENF)
Em recente reunião de representantes de universidades e governos estaduais brasileiros com a ministra da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Cuba, Elba Rosa Pérez Montoya e representantes da Academia de Ciências e Universidade de Havana (Cuba), em Habana Vieja, o problema que impede o desenvolvimento econômico de Cuba foi colocado mais uma vez: o embargo econômico imposto pelo governo americano àquele país desde 1962.
A reunião dos brasileiros e cubanos com a ministra ocorreu durante o Congresso Cuba/Brasil, que visa acordos entre os dois países em diversas áreas para as próximas duas décadas deste século. Os debates, ocorridos em diversas universidades (cada um para área específica) e nas plenárias esbarravam sempre no mesmo obstáculo: o bloqueio econômico imposto pelos EUA.
Representante da Organização das Nações Unidas (ONU) participou das plenárias e disse que a ONU tenta, há duas décadas, acabar com o embargo. Consegue até o voto de quase todos os países, mas os EUA têm poder de veto. Reconhece, como quase todo mundo, que não há sentido em se manter o embargo, que objetiva sufocar Cuba e forçar a mudança de regime e o fim do castrismo, após a queda do muro de Berlim e o fim da União Soviética. Mas os governos dos EUA não admitem o fim do bloqueio.
Ontem, mais uma vez, a Assembléia Geral da ONU aprovou, com 188 votos a favor, 03 contra, ( Estados Unidos, Israel e Ilha de Palau - localizada no Oceano Pacífico) e 02 abstenções (Ilhas Marshall e Micronésia), a resolução que recomenda o fim do embargo econômico, comercial e financeiro a Cuba. Foi repetido que o embargo é imposto pelos Estados Unidos desde 1962. Há 21 anos, a ONU condena a medida.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, disse que não há motivo legítimo ou moral para manter o embargo. "É apenas a arma de uma minoria cada vez mais escassa, isolada, e da arrogância violenta”, disse ele. “É uma violação ao direito internacional.”
O chanceler cubano reiterou o compromisso do país de avançar em direção à normalização das relações com os Estados Unidos. Rodrigues Parrilla propôs uma agenda para o diálogo bilateral sobre uma base de reciprocidade e igualdade soberana.
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