Bíblia sempre foi uma escola de perversão e culpa
da colaboradora Lukretia
A suruba de Ló com suas filhas
Sem querer entrar no mérito da questão (e já entrando, pois quem fala isso pretende justamente o contrário), eu penso que a Bíblia, como livro espiritual, de uma tradição consagrada, como no Ocidente, por conta da origem judaico-cristiana.
É um livro que merece respeito como qualquer outro, por ser literatura, ter autores, etc. E também por respeito aos leitores. Não vejo com bons olhos o ataque à literatura, pois imediatamente associo às fogueiras, aos Index Librorum Prohibitorum, etc. Seria o caso de queimar as Bíblias em grandes fogueiras?
Por outro lado vejo com bom-humor a troca dos ateus de Bíblias por revistas pornográficas, pelo menos "o espírito" da coisa devia ser esse; ironia, certo sarcasmo, até, em fazer por analogia uma recordação que a Bíblia também contém pornografia, e da mais arcaica que pode existir.
Vide os casos homossexuais de David e Jonathan, Ruth e Noemi; ou a suruba de Ló com as filhas; o incesto de Judá e Tamar; o adultério homicida de Davi e Betsabá e a origem espúria adulterina e assassina de Salomão; as mil mulheres deste e seus eunucos, sua idolatria; a pedofilia de David velho com cobertores de meninas jovens; a prostituição de Sara, mulher de Abraão, prostituída aos egípcios pelo próprio marido (!).
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A Bíblia é uma escola de perversão e culpa, e ninguém precisa nos dizer que novidade é isso!
Temos a história do Ocidente pra nos lembrar. Os reis de Inglaterra e França, suas guerras e cobiças por sexo, dinheiro e terras. Os abusos sexuais de crianças mesmo régias, e adolescentes sodomizados por adultos inescrupulosos. Vide o caso de Ricardo Coração de Leão e Felipe de França.
Não vejo contraprodutividade nenhuma na troca de Bíblia por revista pornográfica. A inteligência é sempre produtiva. Eu faria o seguinte: não trocaria a Bíblia, acrescentaria ao exemplar trazido outro, educativo, questionando suas aparentes verdades sob outro prisma, não de palavra divina, mas humano, e, como tal, merecedora de crítica, porém de respeito.
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