“O século 20 foi um período terrível porque nos
ensinou que as pessoas se apegam facilmente em certezas”. Leandro Konder
O corpo do filósofo Leandro Konder está sendo velado no Memorial do Carmo, no Caju, e será cremado amanhã, em cerimônia para amigos e familiares. Morto nesta quarta-feira, aos 78 anos, o filósofo foi autor de livros ligados a diferentes áreas do conhecimento, como filosofia, sociologia e educação, e é reconhecido como um dos autores brasileiros mais presentes nos estudos sobre Karl Marx.
Konder sofria de Mal de Parkinson e morreu em decorrência das complicações da doença, em sua casa. Professor da PUC-Rio e da UFF, formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e, em 1984, obteve o título de doutor em Filosofia pela UFRJ. Atuou como advogado criminalista e, depois, trabalhista, até ser demitido dos sindicatos em que trabalhava, em função do golpe militar de 1964.
Em 1972, forçado a sair do Brasil, foi para a Alemanha, onde trabalhou na Universidade de Bonn, e para a França. Retornou ao país em 1978 e, de 1984 a 1997, foi professor no Departamento de História da UFF. Desde 1985, lecionava no Departamento de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).
Tem 21 livros publicados, e os que mais se destacam são "A derrota da dialética", "Flora Tristan – Uma vida de mulher, uma paixão socialista", "Walter Benjamin – O marxismo da melancolia", "Fourier – O socialismo do prazer – Vida e obra", "O que é dialética", "O futuro da filosofia da práxis". Publicou também os romances "A morte de Rimbaud" e "Bartolomeu". Em 2008 publicou "Memórias de um intelectual comunista".
Leandro Konder nasceu em 1936, em Petrópolis, Região Serrana, filho de Valério Konder, médico sanitarista e líder comunista.
(Matéria do JB online)
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