Moradores de Três Vendas fecham BR com pneus queimados

A BR-356 foi fechada por grupo de moradores,

provocando engarrafamento

Eram aproximadamente 12:30h (hoje, quinta, dia 16) quando um grupo de cerca de 15 homens interrompeu a passagem de veículos na BR-356, no início do desvio feito pelo DNIT para possibilitar a ligação da 356 com a BR-101 (Três Vendas/Travessão). 

Com pneus e pedaços de madeira, aos quais ateou fogo, o grupo permitiu apenas a passagem de ambulâncias. Os demas veículos fizeram fila nos dois sentidos da estrada. Não tenho informações sobre a situação neste momento (15 horas), mas o que sei é que o grupo deseja que autoridades visitem o local e constatem que a BR-356 foi reconstituída pelo DNIT há cinco dias e, todavia, não permite o tráfego no trecho sem uma ordem oficial.

Os manifestantes estavam indignados porque, além do que sofreram com a enchente, provocada pelo rompimento da estrada no dia 05 de janeiro, devido a cheia do rio Muriaé, causando o alagamento da localidade de Três Vendas, ainda têm que esperar "ordem oficial" para abrir a BR ao tráfego, quando a obra já está pronta. 

Antes do desvio de cerca de 8 quilômetros, o sofrimento

O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) começou a fazer um desvio, no início de janeiro, como alternativa para os motoristas que passarem pela BR-356 (que liga Campos dos Goytacazes a Itaperuna), em Campos, no norte do Estado. O trânsito foi interrompido na altura do km 118.

Até a conclusão do desvio, os motoristas que seguiam de Itaperuna em direção a Campos passavam por  Bom Jesus do Itabapoana, via RJ-186  (que liga o município a Santo Antônio de Pádua), pegavam a RJ-230 (Porciúncula - Campos) até o km 12,7, para retornar à BR-101. Quem fazia o caminho contrário, pegava a BR-101, até próximo a divisa com o Espírito Santo, depois a RJ-230 até a RJ-186, saindo na BR-356 no trevo de Bom Jesus.

Polêmica com o ministro

Foto: Gerson Gomes

Após declarar à imprensa que o rompimento da BR-356 foi "uma ação programada", o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, explicou que cometeu um equívoco ao afirmar tal coisa. Na verdade, um absurdo que jornalistas e blogueiros contrários à Rosinha e Garotinho aproveitaram para criar animosidade entre eles e o ministro. 

Mas o ministro, três dias depois, em visita ao Espírito Santo, se corrigiu. Disse ele: "errei ao dizer que o rompimento foi programado. Sei que o rompimento foi pela força das águas. O que eu quis dizer é que houve uma ação planejada para a retirada das pessoas. A Defesa Civil fez um belo trabalho de remover as pessoas do local com rapidez", explicou o ministro.