Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







domingo, 12 de fevereiro de 2012

Estado do Rio pune grevistas, mas não os políticos corruptos

Punir gevistas com todo rigor, com mais violência e dureza do que nos temos da ditadura no caso dos militares, parece normal para alguns órgãos do Judiciário, conniventes com as decisões arbitrárias do executivo estadual. Todavia, punir servidores públicos, com mandatos eleitivos ou funcionários efetivos, não é uma prática do Estado do Rio. Paradoxo que deve ser analisado e divulgado amplamente.


Reportagem da Folha de São Paulo deste domingo revela que o Rio e a Bahia são dois estados que menos punem políticos e servidotres por atos de improbidade. Leia trecho da matéria da Folha:


"Apesar de contar com grande contingente de funcionários públicos, o Rio de Janeiro e a Bahia ocupam, respectivamente, a 21ª e a 24ª posições no ranking nacional de penalidades impostas a políticos e servidores por conta de desvio ou mau uso de dinheiro público, informa reportagem de Flávio Ferreira, publicada na Folha deste domingo (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).


Os dois Estados têm só 17 condenações definitivas por improbidade administrativa em vigor atualmente, número que corresponde a apenas 0,37% do total de 4.584 punições desse tipo no país. O líder do ranking é São Paulo, com 1.725 penalidades --37% do total. Depois, aparecem Rio Grande do Sul (558), Rondônia (454), Minas Gerais (450) e Paraná (400).


O TJ (Tribunal de Justiça) do Rio alegou que o grande número de recursos previstos em lei e a complexidade das ações atrasa o desfecho das causas. Já o TJ da Bahia afirmou apenas que as punições não têm relação com dados populacionais.

Fato estranho e explicações mais estranhas ainda. E a gente de bem pergunta: até quando? Enquanto isso, a ditadura Cabral, com apoio da mídia amestrada com dinheiro e a presidente Dilma que só falta dizer, como Fernando Henrique: "esqueçam o que eu disse num passado recente". Fernando Henrique disse: "esqueçam o que escrevi". Vergonhoso e passível de repúdio do povo brasileiro que preza a Democracia e o Estado de Direito.

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