Nas investigações que apuram envolvimento de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, em falcatruas, consta a empresa Ailanto Marketing, que teria, entre outras coisas, superfaturado o amistoso da seleção brasileira e a seleção de Portugal, em 2008.
Acontece que, em seu depoimento, Teixeira negou qualquer relacionamento com a Ailanto, que recebeu R$ 9 milhões do governo do Distrito Federal para organizar o jogo.
Agora, o repórter Sérgio Rangel, da Folha de São Paulo, publica matéria que comprova a ligação de Ricardo Teixeira com a Ailanto Marketing. Teixeira mentiu e, claro, o único motivo para tanto é esconder ilícitos.
O repórter da Folha conseguiu documento que prova que a Ailanto foi dona, por 26 meses, da empresa VSV Agropecuária Empreendimentos Ltda, que tinha como endereço, pasmem, uma fazenda de Ricardo Teixeira, situada na Estrada Hugo Portugal, 23.330, em Piraí, distante do Rio de Janeiro 80 quilômetros.
Agora, a partir das provas conseguidas pela Folha, Ricardo Teixeira "mudou o canti" e disse que a relação da empresa criada pela Ailanto tendo sua fazenda como endereço "é legal" e consta em sua declaração de Imposto de Renda. Por que, então, Teixeira negou ligação com a Ailanto? E, se é "legal", é no mínimo estranho que a Ailanto monte uma empresa agrícola usando endereço de uma fazenda de Teixeira.
Como tem denunciado o Garotinho em seu blog, tem muita coisa obscura, nebulosa, nos negócios de Ricardo Teixeira. Essa anunciada renúncia dele da CBF é, a meu ver, um modo de sair do foco. Todavia, quanto mais se investiga seus negócios e de empresas com as quais ele se relaciona politica e juridicamente, mais podridão aparece.
Infelizmente o sistema protege gente como ele e, mesmo quando perdem, saem ganhando, pois viveram nababescamente e, além de não mofarem na cadeia, continuam com seus bens; senão todos, a maior parte. Eles e suas famílias.
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