Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







domingo, 15 de janeiro de 2012

Deslizamento de terra em Miracema

(Fotos: Nelson Barros/Jornal Dois Estados)

Mais dois deslizamentos aconteceram ontem (13/01), em Miracema. Um foi atrás da Borracharia (do Zequinha), na chegada do município, via Santo de Pádua; e o outro, na Rua Pedro Elpídio, Bairro Nossa Senhora de Fátima. (Nota do Dois Estados)




Miracema, como a maioria das cidades, situa-se entre  morros (elevações baixas e médias) e muitas casas são construídas nas encostas, muitas vezes artificiais, após a retirada de barrancos. Quando a chuva é forte, as encosas cedem e toneladas de barro precipitam-se sobre as casas e ruas próximas, destruindo bens materiais e, muitas vezes, ceifando vidas.

Claro que a escolha é de quem se arrisca a construir e/ou morar nas encostas. No entanto, o poder público poderia proibir, já que, nas catástrofes, quem paga o preço político e, também, financeiro, é o poder público. Claro que a questão social é sempre mais forte e raramente consegue-se impedir construções em locais inadequados, de risco.

Quem resideem locais planos, como Campos, por exemplo, reclama quando a água invade casas e ruas, mas os problemas são sempre menores e, quase sempre, não há perdas de vidas. O problema consiste muito mais em permitir-se construir nas margens dos rios e em locais muito abaixo dos níveis dos rios e canais. Mas os problmas são infinitamente menores que aqueles registrados em locais de serra.

As tragédias provocadas pelas enchemtes são sempre constatadas em locais de serra, como foram em Santa Catarina, Região Serrana do Rio e nas cidades mineiras, com muitas mortes registradas e, no caso da Região Serrana, centenas de desaparecidos.

O Jornal Dois Estados, com sede em Miracema, registrou deslizamento de terra, que atingiu várias casas em dois locais, na última sexta-feira. Em alguns locais, toneladas de barro deslizam pelas encostas e cobrem trechos de ruas e quintais das casas próximas. O mesmo ocorre em outras cidades próximas que não é notícia porque não há mortes. Mas os estragos são grandes.

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