Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sábado, 7 de janeiro de 2012

Aos que não querem enxergar o óbvio


Li no blog do professor Roberto Moraes uma postagem do PC do B e outra do meu amigo, do qual sou admirador de carteirinha desde 1979, Aristides Arthur Soffiati Neto. A do PC do B critica a falta de planejamento para evitar os problemas com as enchentes e a falta de casas populares para retirada das famílias das áreas de risco. A do Soffiati diz respeito a Três Vendas, onde ele conclui que a solução é retirar toda a comunidade, construindo casas do Morar Feliz numa parte alta da localidade. Só que ele refere-se ao Morar Feliz como "Morar Infeliz".

Não consigo entender a acidez de Soffiati, porque o Morar Feliz é um grande projeto. Excelente, porque são boas casas em locais saneados, asfaltados, iluminados e nunca é um "mundo" de casas num mesmo local. Não consigo entender a acidez de Soffiati porque não vejo absolutamente nada de errado com o projeto de casas. Com as casas, a perspectiva do fim das favelas, de casebres em áreas de risco.

No caso do PC do B, só pode ser cegueira e falta de informação ao mesmo tempo. Rosinha assumiu o governo e a primeira providência (ela assumiu e, na mesma noite da posse, vestiu uma camisa da Defesa Civil e saiu em direção a Três Vendas e, depois, foi a outras localidades atingidas pelas cheias daquele verão de 2009) foi determinar a desapropriação de áreas para a construção de casas populares. Seriam 10 mil, mas os problemas foram muitos (a burocracia não permite a agilização necessária nas desapropriações e ela ficou afastada do cargo por quase sete meses) e serão entregues 5.100 casas. O restante será feito no próximo governo.

O que há de errado? A cegueira e a falta de informação de alguns. Claro que a maldade de muitos que perderam a boquinha na Prefeitura provoca raiva e opiniões descabidas. Não é o caso de Soffiati, mas ele também parece não querer entender que jamais vamos conseguir 100% do que desejamos. Primeiro, porque um governo democrático é constituído das forças políticas que o apoiam; segundo, porque os interesses nossos não são necessaruiamente os intderesses das comunidades; terceiro, nossa opinião pessoal não coincide com as demais, também pessoais. Qualquer opção terá seu lado contrário. O que não podemos deixar de reconhecer é que Rosinha está fazendo bem o que nunca antes foi feito.

Digo sempre que não se pode julgar um governo antes de seu término. A não ser que seja um desgoverno ou um governo cujas ações prejudicam a comunidade. Não é o caso do governo Rosinha, que tem a aceitação da maioria da população, incluindo desde os mais pobres até as representações empresariais, industriais e intelectuais. Não há governo que agrade 100% das pessoas. Mas com Rosinha, há governo, com ações que têm melhorado a qualidade de vida da população. Desconhecer esse fato é não querer enxergar o óbvio.

Abaixo, uma postagem do blog do Pudim que merece ser lida:

O secretário de Governo, Geraldo Pudim, informou que a intenção da Prefeita Rosinha Garotinho é retirar todas as famílias de áreas de risco e contemplá-las com as casas do Programa Morar Feliz. Segundo ele, o Morar Feliz é o maior programa habitacional do país e a cidade também poderá se tornar referência no Brasil, com a possível eliminação de moradias em áreas de risco ainda este ano. Ele contou que quando Rosinha assumiu o governo, em 2009, mais de 22 mil pessoas estavam desalojadas ou desabrigadas e 40 áreas estavam atingidas pela enchente. Hoje, esses números reduziram para 802 pessoas desalojadas, de cinco pontos atingidos pela cheia do Rio Paraíba do Sul.

 
“A prioridade da prefeitura é retirar as pessoas que moram em áreas de risco e que foram contempladas pelo Programa Aluguel Social, já que ficaram desabrigadas nas enchentes passadas. A prefeita Rosinha vai continuar entregando novas moradias para estas pessoas, que realmente necessitam, bem como as que estão em situações de vulnerabilidade social”, comentou.

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