Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.
sábado, 12 de junho de 2010
Sugestão ao Fernando Leite
Fernando Leite,
Ao criticar permanentemente o Garotinho, você reconhece que ele é a principal liderança hoje do Estado do Rio. Em Campos, nem se fala. Todavia, quando você desdenha da perseguição sofrida pelo Garotinho, é porque não fez uma reflexão sobre a campanha sórdida contra o ex-governador.
Sem que cite o Brizola, responda: qual o político que sofreu as pressões que Garotinho sofre hoje? Lembre-se que estamos nos referindo a um político sem mandato há oito anos. Quando você defende Cabral, eu entendo. Mas enquanto governador, compare o que ele fez com o que fez Garotinho. É isso que conta. Na maneira de conduzir o processo político, que você discorda de Garotinho, cite um exemplo (Arnaldo, Mocaiber, Cabral...) que seja melhor.
Sabemos que, em geral, os partidos se unem para derrotar quem está no governo. Nessa eleição, o que vemos é a união das "oposições" para defender o governo (e um governo ruim, você sabe) contra um candidato da oposição sem mandato. Isso sim, merece uma reflexão sua.
Não estou sugerindo que você fique do lado do Garotinho. Sugiro que faça uma análise crítica da realidade. Constatará que a perseguição a Garotinho é algo para ser deplorado por você que, além de bom senso, conhece política como poucos. Tornar inelegível um ex-governador porque usou extemporaneamente um programa de rádio para supostamente favorecer a sua mulher que, então era candidata, é um ato de covardia sim. É perseguição política sim. Cassar uma prefeita por ter supostamente sido favorecida por programas de rádio e matérias de jornal é absurdo. Reconheça isso.
Aliás, você sabe que tudo isso que está ocorrendo é para que o Garotinho desista da candidatura ao Governo do Estado. Quando ele foi candidato à Presidência, sofreu horrores culminando com sua greve de fome. Foi só o PMDB decidir negociar com Lula e ele não sair candidato que as perseguições pararam como passe de mágica. Agora não é diferente. Anos depois, o Judiciário reconhece que aquelas denúncias contra Garotinho não procediam.
Então, repito: o que Garotinho sofre é perseguição e as pessoas de bem devem reagir. É o que estamos fazendo. A mesma coisa em relação a possível perda dos royalties. Temos que ir às ruas, senão, não nos ouvem. E o governador, que deveria liderar a luta, cala-se, esconde-se, chora revelando impotência.
Abraços,
Avelino
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3 comentários:
Esse saco é bem grande! Mais pode estourar a qualquer momento.
Caro Alvanir
Li, de forma bem atenta, sua postagem e confesso que temo por Brizola, se dela tiver conhecimento, que se revire no túmulo, afinal, comparar Garotinho com ele é um pouco demais, hás de convir. Mas, cabe a cada um analisar a conjuntura política, de acordo com as suas conveniências, sejam elas políticas ou até mesmo pecuniárias, o que, obviamente não é o seu caso.
Não enxergo (e talvez se trate de algum tipo de miopia política da minha parte) nenhuma ação política no sentido de haver uma orquestração contra a possível candidatura do Garotinho ao governo do estado e sim, vislumbro mais um pouco de paranóia que parece estar se disseminando entre os que defendem a candidatura dele, legítima, diga-se de passagem, quando falam em perseguição, covardia e "otras cositas mas".
Agora, comparando um governo com o outro, não consigo enxergar (e volto a repetir, deve ser algum tipo de miopia política da minha parte) diferenças distintas entre um governo e outro, classifico-os como governos conservadores, muito aquém do que eu, um dinossauro da política almejo, que é um governo que tenha uma feição mais socialista, na direção de promover justiça social e não um ou governos que promovem o populismo como forma de manter o povo inerte e assim exercer o controle social sobre a maioria dos cidadãos, dando migalhas aqui, ali e acolá, numa política rasa de "pão e circo" como era em Roma antiga.
E tu, Alvanir, letrado e culto como és, sabes muito bem do que estou falando. Falo de um governo que se proponha a romper com todo esse conservadorismo existente na política. Pode parecer utopia da minha parte, mas acho que estarei vivo para presenciar isso.
Não acho, ou melhor, tenho certeza de quer não existe essa campanha de perseguição que sugeres em sua postagem, o que existe, voltoa a repetir, é mais paranóia, uma espécie de teoria da conspiração às avessas, surge dentro da estrutura de campanha do ex-governador e se dissemina como um tumor por todo o organismo político da campanha e, acaba por atrapalhá-la. Fico aqui a pensar com meus botões: será que não há, infiltrados na campanha, pessoas com o objetivo de desestabilizá-la, alimentando esse tipo de paranóia, afinal de contas, o povo não é nenhuam massa de manobra e saberá muito bem escolher em quem votar, nessa e nas futuras eleições e cabe a cada um de nós respeitar essa decisão, até mesmo porque, sabemos, eu e você, que "todo poder emana do povo e em nome dele será exercido", o resto é pura balela.
Saudações sempre socialistas.
avelino você é o fim da picada!
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