O TRE, como era esperado, rejeita embargo de Rosinha

Como estava previsto (e dito ontem, durante a pré-convenção do PR por Garotinho e Rosinha), o TRE não acatou o embargo da prefeita de Campos e manteve, portanto, a decisão do seu afastamento. O fato, pelo motivo alegado, é inédito no país, pois chega às raias do absurdo um prefeito ser cassado porque concedeu entrevista em emissora de rádio. No caso de Rosinha, quando ela concedeu a entrevista, nem era candidata ainda. Nesses casos, caso a Justiça Eleitoral detecte abuso, os candidatos pagam multa e as emissoras ou pagam multa ou ficam horas ou dias fora do ar. Aliás, é o que ocorre agora em relação à Serra e Dilma. Os dois perderam espaço na TV, foram multados, assim como o presidente Lula, mas em nenhum momento cogitou-se de cassação de mandato (para Lula, no caso) ou de Inelegibilidade (para Serra e Dilma), como querem fazer com Garotinho que, em 2008, cumpria sua função como radialista. Ou seja, o TRE julgou politicamente. Até porque, como já foi exaustivamente dito, o julgamento não tem base jurídica. Por isso que será revisto em instância superior. Todavia, o estrago já estará feito. Querem colocar na vala comum uma prefeita séria como Rosinha, um político sério como Garotinho, confundindo a opinião pública com a inelegibilidade e o afastamento, fazendo crer que "político é tudo igual" ou que os processos contra Arnaldo e Mocaiber ou Maluf e Jader Barbalho são similares aos de Rosinha e Garotinho. As pessoas de bem deveriam reagir. Não apenas em defesa de Rosinha e Garotinho, mas em defesa do Direito, da Justiça. O que estão querendo fazer é um linchamento político de Garotinho, pois temem que ele, sendo candidato, vença a eleição de Cabral, um sujeito que revelou-se medíocre, oportunista e que nada fez pelo nosso Estado do Rio. Inclusive acabou com os programas sociais, embora elogie os do governo federal.