Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







quarta-feira, 16 de junho de 2010

O jogo sujo da ONU

A ONU pretende criar sérios problemas para a Coréia do Norte, acusada pela Coréia do Sul e pelos Estados Unidos de naufragar a corveta sul-coreana, episódio no qual morreram 42 marinheiros. O Conselho de Segurança da ONU quer condenar o pequeno país comunista apenas a partir de análise de fragmentos de um torpedo feita pelos sul-coreanos, que garantem ter sido fabricado no país vizinho. A Coréia do Norte quer participar da perícia dos fragmentos, pois desconfia que o torpedo que naufragou a corveta seja americano, pois a Coréia do Sul e os americanos faziam manobras nas proximidades com submarinos bem mais armados e potentes que os da Coreía do Norte. Ou seja, é provável que, nas manobras, como ocorreu muitas vezes na II Guerra, no Vietnã e no Iraque, os americanos atinjam a si e seus aliados com suas potentes armas. Mas a ONU (leia-se EUA) não quer dar ouvidos a Coréia do Norte e pretende forçar a condenação daquele país. Comento o fato apenas para perguntar (e buscar a reflexão dos leitores nesse sentido) o por que da ONU fraquejar em relação aos ataques de Israel aos palestinos. Israel faz o que quer na região, atacou há poucos dias um navio que levava mantimentos para o povo da Faixa de Gaza, prendeu a matou pessoas e o Conselho de Segurança da ONU não fez (nem fará) nada. Aliás, o Iraque foi invadido, torpedeado, seu presidente foi assassinado etc., tudo por conta de armas químicas que nunca foram encontradas. E tudo ficou por isso mesmo. Nós sabemos a verdadeira razão, mas o que importa aqui é mostrar que, mais uma vez, os EUA mandam e os demais obedecem. A ONU desmoraliza-se a cada episódio desses. E os fracos continuam pagando o preço por não se submeterem (aqueles poucos que não se submetem) ao poder dos EUA. Aliás, os que se submetem não sofrem ataques assassinos, mas pagam tambémum alto preço. No Oriente Médio, os americanos querem o petróleo. No caso da Coréia do Norte, quer a base de Okinawa, segundo as declarações do embaixador daquele país na ONU, Sin Son Ho: "Os Estados Unidos aumentaram a ideia de ameaça da Coreia do Norte para forçar o Partido Democrático, governista no Japão, a abandonar seus planos de tirar a base de Okinawa dos americanos", disse. (baseada em matéria do JB de hoje)

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