Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







quinta-feira, 17 de junho de 2010

Perseguição a Garotinho deve ser denunciada internacionalmente

As entidades internacionais de Direitos Humanos deveriam ser chamadas pelo Garotinho (ou o seu partido) para acompanhar a campanha eleitoral deste ano no Rio de Janeiro. Repriso aqui uma das primeiras postagens deste blog, porque o complô contra Garotinho é tão violento que fere o direito do cidadão, inclusive com o uso do Judiciário e anuência (ou conivência? do Governo Federal. Vamos à postagem: "A perseguição sofrida pelo ex-governador Garotinho é tamanha que não seria de estranhar que ele, a exemplo do que fez o Brizola em algumas ocasiões, solicitasse acompanhamento das instituições de Direito Internacional das eleições deste ano no Estado do Rio. Sim, porque agora, além de toda a mídia estar contra ele, o Tribunal Regional Eleitoral mostra claramente que aliou-se às forças da direita mais desprezível para evitar que ele concorra ao pleito. Podem achar que estou exagerando (como diziam em relação às denúncias do Brizola), mas o fato é que, num regime democrático, é inadmissível que um cidadão sofra um cerco tão violento como o que GArotinho está sofrendo. Além do cerco político (as alianças feitas por Cabral, nada gratuitas nem ideológicas, envolvendo, inclusive a Presidência da República e seu poder de barganha), da mídia, assistimos a conivência da Polícia Federal e da Justiça Eleitoral, que torna-o inelegível por causa de uma entrevista, num programa de rádio, com sua esposa, então pré-candidata à Prefeitura de Campos, em 2008. E o TRE ainda cassa a prefeita eleita naquele ano, porque concedeu a entrevista extemporânea. Tamanho absurdo não se sustenta juridicamente. O dinheiro do Estado investido para aliciar lideranças políticas e prefeitos é um crime eleitoral que sequer mereceu do judiciário algum questionamento. O estardalhaço da imprensa contra Garotinho, que não tem mandato há oito anos é criminoso. Nunca se viu um candidato da oposição ser achincalhado com base em simples suspeitas de propaganda extemporânea (ao presidente Lula, pelo mesmo motivo, a ameaça é de multa) sem que o cidadão tenha o mesmo espaço para resposta. Ainda mais quando esse cidadão é uma pessoa respeitável, ex-governador que elegeu seu sucessor, mesmo não estando no governo, no primeiro turno (lembremos que ele afastou-se em abril, assumiu a vice, Benedita da Silva, do PT, que era candidata à reeleição e que sua esposa, Rosinha, é que foi sua sucessora). Ou seja, um político e governante respeitado pelo povo, reconhecido nacionalmente e que obteve mais de 15 milhões de votos para a Presidência da República num pequeno partido. Não há necessidade de uma reflexão mais aprofundada para chegar à conclusão ora exposta acima. Afinal, o Estado do Rio é o segundo mais importante do país e o único conhecido no mundo inteiro. O cerco a Garotinho é igual ou maior que o cerco ao Brizola. Ameaçam cassar a prefeita Rosinha por ter concedido a tal entrevista e, agora, a sugestão (que deve ser acatada por Cabral) é cassar o mandato de Clarissa Garotinho, sua filha e vereadora na capital. Tudo isso para forçar o Garotinho a desistir de sua candidatura ao governo do Estado. Quando fui preso em 2003 por "crime de opinião", segundo o juiz de primeira instância e o Tribunal de Justiça do Estado, a Comissão de Direitos Humanos da ONU, da OEA e do Reporter Sem Fronteiras (entidade que defende a liberdade de imprensa no mundo) exigiram minha libertação imediata e denunciaram o fato internacionalmente. E digo, com toda sinceridade, que minha prisão, por causa de um artigo considerado "simplório", escrito num jornal do interior (o Dois Estados, de Miracema), é um fato insignificante diante do que ocorre com Garotinho. Por isso, creio que as instituições de Direito Internacional deveriam ser chamadas para observar (e denunciar) a perseguição ao ex-governador Garotinho."

11 comentários:

Anônimo disse...

Avelino Fiquei me perguntando por que ainda não fizeram isso, pois o princípio constitucional é claro e diz que a "lei e a justiça é igual para todos", e não estamos vendo isso acontecendo, muito pelo contrário, não se sabe que aconteceu perda de mandato e nem inegibilidade para ninguém. Esperamos que o TRE reverta esse quadro, porque é uma afronta a democracia, e isso abre precendentes, que o diga a Venezuela, que começou assim. Como diria Boris Casoy: "É necessário que se passe judiciário a limpo".

Anônimo disse...

Meu caro, você deveria por um contador de visitas no seu blog. E não se esqueça de um bom inseticida.

Anônimo disse...

Avelino, pede licença pra cagar e sai devagarinho.

Juan Carlos disse...

poxa, to frustrado; entrei aqui pensando q/ fosse ler centenas e centenas de comentários favoráveis a Garotinho e Rosinha e só encontro dois? apenas dois? pelo visto nem o pessoal do próprio governo de Rosinha tem coragem p/ vir aqui defender ela, ou seja, pelo visto nem mesmo os DAS dela acreditam na inocência dela e do marido; que decepção!

Anônimo disse...

Avelino,

Não foi por acaso que o Ministro do Supremo Tribunal Federal, o Sr. Joaquim Barbosa proferiu a seguinte frase: " O judiciário brasileiro deve ser reinventado". Abraços.

Anônimo disse...

Conta outra. O DAS tem que defender os seus pagadores, mesmo que eles não o sejam originariamente, pois quem te paga é o mesmo povo que está sendo massacrado e roubado por este Exército que está no poder.

Anônimo disse...

Avelino,

Como que a turma da bandidagem que perdeu o poder recentemente é baixa. Manda você utilizar inseticida no su Blog. Que absurdo!!! Cuidado grupelho que afanou extraordinárias somas de dinheiro da prefeitura, os seus dias estão contados. A polícia federal continua trabalhando no caso de vocês. Preparem os advogados!!!

Anônimo disse...

ESCLAREÇA PARA ALGUNS BLOGUEIROS INICIANTES , QUE, NO PALÁCIO DA CULTURA JÁ TEM TELECENTRO, SUGIRO, RS,

Anônimo disse...

Sr. Avelino, gostaria de lembrar que o Garotinho não foi condenado só por um programa na rádio...
Foi também por utilizar o jornal "O Diário" para fazer propaganda política...

Anônimo disse...

Ao comentário de 18 de junho de 2010 18:58

Em que momento fiz referência ao governo passado?
Ou vc é mto idiota ou inescrupuloso! Você não está lidando com um dos analfabetos dos quais se aproveitam com cinquentinha ou com um emprego terceirizado de merendeira somado a uma igreja dos grandes milagres
Evolua, Campos nunca irá crescer enquanto houver gente como você, que acha que só existem dois grupos políticos (que na realidade são iguais). Ñ, Campos ñ é São Fidélis, Cardoso ou Itaocara!
Na sua igreja este tipo de ataque reacionário pode surtir algum efeito. Vá buscar seu cinquentinha pela tentativa de defesa do imperador!



Avelino, censura nunca mais!

Avelino Ferreira disse...

Como o leitor pode constatar, os comentários, em geral, não contribuem para o debate. Não que todos tenham que ser postados com a intenção de debater, mas baixar o nível não acrescenta nada. No máximo, ofende. Não a mim, porque esse tipo de palavreado não me atinge. Os comentários que não publiquei (e são muitos) cotêm apenas agressões verbais, ofensas impublicáveis.
Ao último comentário quero dizer que não acho que Campos tem dois grupos políticos. São muitos. Com força, apenas um. O anônimo talvez queira referir-se a Arnaldo Vianna, mas este não é liderança. Não tem grupo. Tem grupelho. O que une essa gente é o dinheiro e o poder. O grupo de Garotinho, ao contrário, está unido, a despeito das defecções sofrida ao longo dos anos. Poucos saíram do grupo por questões políticas e/ou ideológicas. A quase totalidade saiu em busca de dinheiro fácil. Sem nenhum cargo há oito anos, Garotinho manteve a liderança e estivemos com ele em todos os momentos. Lembra-se que disseram que ele estava morto? Pois é. Agora, fazem uma campanha violenta contra ele para evitar que ele seja candidato. O Lula comprou o PMDB para que ele não fosse candidato a Presidência da República. Que medo é esse de alguém que está morto?

Existe um grupo político em Campos, que é o liderado por Garotinho e que conta com apoio popular. O resto é unido por dinheiro, afora alguns poucos ideológicos, que não têm grupos.

O que o anônimo sente (e lhe corrói) as entranhas, é despeito.