Li uma nota na Folha da Manhã contendo uma declaração do vereador do PT, Marcão, informando que propôs, na última quarta--feira, na sessão legislativa, um orçamento participativo. Como não ouvi a proposta, perguntei ao presidente. Edson Batista, se o vereador havia colocado em pauta algum requerimento nesse sentido. Ou, mesmo, se havia dito que desejava um orçamento participativo.
Edson Batista respondeu que não havia requerimento. Foi apenas um pronunciamento do vereador Marcão. Todavia, informou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO - tramitou na Câmara por mais de um mês e o vereador Marcão não propôs nenhuma emenda. Ninguém propôs orçamento participativo e, após discussão e aprovação da LDO, o vereador Marcão faz a proposta.
Na verdade, Marcão joga para a galera, tentando agradar os seus. Mas estes devem saber que, no fórum legítimo para o debate sobre a LDO, ele se calou. E o fez porque concordou com o texto da lei encaminhada à Câmara. Óbvio. Agora, sugere à Folha que paute o movimento popular com mais esse ítem, quando teve um mês para debater e sugerir alterações na lei e não fez.
É a farsa tentando parecer real. Mesmo caso da sugestão de voto secreto na Câmara, quando toda votação no legislativo é aberta. O mesmo se aplica à sugestão de redução de salários de vereadores, quando a lei é federal e, além do mais, o corte nos salários já foi feito.
A Folha, como tem a pretensão de ser regional, deveria cobrar das demais Câmaras um portal da transparência. Direi mais: a própria Folha poderia dar o exemplo e publicar quais as Câmaras, Prefeituras e demais entes públicos que pagam publicações em suas páginas, em suas rádios e TVs. Quais foram (são) os valores recebidos por entidade pública.
A Câmara está em sintonia com os novos tempos. Todos os entes que recebem dinheiro público deveriam seguir o exemplo, incluindo os meios de comunicação.
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